A equipe Bosson de Higgs, formada pelos alunos Marcus Vinícius Oliveira, Júlio de Brito, Daniel Lima e Pedro Sérgio, do 3º ano do ensino médio, foi a vencedora na categoria Nível 2, que engloba diversas escolas de ensino médio e técnico do estado. O segundo lugar ficou com a equipe Ohm, formada por Luciano Queiroga, Maria Luiza Cordeiro, João Pedro Santos e Moisés Penha, também alunos do 3º ano do Colégio Dom Bosco. Com a conquista, a equipe Bosson de Higgs garantiu uma vaga na etapa nacional na Olimpíada Brasileira de Robótica, que será realizada entre os dias 19 e 22 de outubro, em São Carlos-SP.
Para vencer a competição estadual, o robô bombeiro contornou obstáculos e resgatou uma vítima de incêndio de um lugar de difícil acesso. A missão, proposta pelos examinadores, foi concluída com sucesso. O robô foi completamente montado e programado pelo grupo de alunos sob a supervisão do professor de Física, Alexandre Amaral.
O educador, idealizador do projeto, atribui o bom resultado na competição ao empenho dos alunos participantes do grupo. “Mesmo com a dificuldade de horários, porque todos os alunos fazem o pré-vestibular, conseguimos fazer uma boa preparação com aulas à tarde e à noite”. A preparação foi realizada com aulas extras semanais. Durante os encontros, os estudantes receberam noções de robótica e programação, fizeram experiência e testaram o equipamento. Recentemente, o professor construiu uma réplica da pista utilizada na competição para aperfeiçoar o treinamento. O projeto funciona com base em três importantes pilares. Primeiro, o aluno recebe as instruções para a montagem e funcionamento do robô e adapta o virtual para o concreto. Em um segundo momento, passam pela fase de questionamento e investigação. Por último, iniciam a programação para o funcionamento efetivo do robô.
Para o professor de física, a troca de conhecimentos e o trabalho em grupo são pontos importantes que estão sendo desenvolvidos pelo grupo de robótica. “Os alunos também têm acesso a uma nova tecnologia e podem aprender mais sobre programação”, explica. Para alguns alunos do grupo, a experiência com robôs significa o início de uma carreira profissional. A maioria pretende continuar estudando robótica e fazer vestibular para cursos de áreas relacionadas à ciência e tecnologia.
Sobre a OBR
A Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) é uma das olimpíadas científicas brasileiras apoiadas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) que utiliza-se da temática e da robótica para estimular os jovens às carreiras científico-tecnológicas, identificar talentos e promover debates e atualizações no processo de ensino e aprendizagem brasileiro. A OBR possui duas modalidades que procuram adequar-se tanto ao público que nunca viu robótica quanto ao público de escolas que já têm contato com a área. Anualmente, a Olimpíada elabora e gere a aplicação de provas teóricas e práticas em todo o Brasil utilizando essa temática. A OBR destina-se a todos os alunos de qualquer escola pública ou privada do ensino fundamental, médio ou técnico em todo o território nacional, e é uma iniciativa pública, gratuita e sem fins lucrativos.