Dia Mundial das Missões é celebrado em todo mundo

Sexta, 18 Outubro 2013 16:07 Escrito por  Editorial Boletim Salesiano
Desde 1926, a Igreja reserva o terceiro domingo do mês de outubro para oração e ofertas em favor da evangelização dos povos. A data é celebrada em todas as dioceses, paróquias e instituições do mundo católico e foi instituída pelopapa Pio XI, chamado de “papa missionário”.   A importância do Dia Mundial das Missões para a Igreja é destacada pelo papa Francisco, pela premência, segundo o pontífice, de levar a Boa Nova a todos que ainda não têm acesso à Palavra de Deus. “Este ano celebramos o Dia Mundial das Missões enquanto se está concluindo o Ano da Fé, ocasião importante para reforçar o nosso caminho como Igreja que anuncia com coragem o Evangelho”, declarou o papa em seu pronunciamento, no início de agosto, no Vaticano, Itália.

Dom da fé

“A fé é um dom precioso de Deus, o qual abre a nossa mente para que possamos conhecê-Lo e amá-Lo. Deus nos ama! A fé, porém, pede para ser acolhida, pede a nossa resposta pessoal. É um dom que tem oferecido aos homens com generosidade. Todos deveriam experimentar a alegria de sentir-se amados por Deus! O anúncio do Evangelho faz parte do ser discípulos de Cristo – ‘O zelo missionário é um sinal claro da maturidade de uma comunidade eclesial’ (Bento XVI, Exort. Apost. Verbum Domini, 95).”

 

Propósitos da missão

O Ano da Fé, desde o início do Concílio Vaticano II, há 50 anos, é de estímulo para que toda a Igreja tenha uma renovada consciência da sua presença no mundo contemporâneo, da sua missão entre os povos e as nações. “A missionariedade não é somente uma questão de territórios geográficos, mas de povos, de culturas e de indivíduos, propriamente porque os ‘confins’ da fé atravessam o coração de cada homem e de cada mulher. O Concílio Vaticano II destacou de modo especial, como a tarefa missionária seja própria de cada batizado e de todas as comunidades cristãs porque o povo de Deus vive nas comunidades, especialmente naquelas diocesanas e paroquiais, e nessas de todo modo aparece de forma visível, cabe também a estas comunidades dar testemunho de Cristo diante das nações”, enaltece o papa. “Convido os bispos, os presbíteros, os conselhos presbiteriais e pastorais, toda pessoa e grupos responsáveis na Igreja a dar ênfase à dimensão missionária nos programas pastorais e formativos, sentindo que o próprio compromisso apostólico não é completo se não contém o propósito de ‘dar testemunho de Cristo diante das nações’, diante de todos os povos”.

 

Os obstáculos

A obra de evangelização encontra obstáculos até mesmo dentro da própria comunidade eclesial. Às vezes o fervor, a alegria, a coragem, a esperança são frágeis no anunciar a todos a Mensagem de Cristo e no ajudar os homens de nosso tempo a encontrá-Lo. Papa Francisco invoca Paulo VI com palavras iluminadoras quanto a isso: “Seria um erro impor qualquer coisa à consciência dos nossos irmãos. Mas propor a esta consciência da verdade evangélica e a salvação de Jesus Cristo com plena clareza e no respeito absoluto das livres opiniões que essa fará… é uma homenagem a esta liberdade” (Exort. Apost. Evangelii nuntiandi, 80).

Paulo VI escrevia que “quanto mais desconhecido for o pregador, missionário, catequista ou pastor que anuncia o Evangelho, reúne a comunidade, transmite a fé, administra um Sacramento, mesmo se está sozinho, cumpre um ato de Igreja”. Ele não age “por uma missão atribuída a si mesmo, nem em força de uma inspiração pessoal, mas em união com a missão da Igreja e em nome desta” (ibidem).

 

Tempos modernos

Papa Francisco alerta para as características da modernidade: “Famílias inteiras se deslocam de um continente a outro, o turismo e fenômenos análogos empurram a um amplo movimento de pessoas. Não raramente, então, alguns batizados fazem escolhas de vida que lhes conduzem para longe da fé, tornando-se assim necessitados de uma ‘nova evangelização’”. A convivência humana, segundo o pontífice, é marcada por tensões e conflitos que provocam insegurança e cansaço de encontrar o caminho para uma paz estável. “Torna-se ainda mais urgente levar com coragem em toda realidade o Evangelho de Cristo, que é anúncio de esperança, de reconciliação, de comunhão, anúncio da proximidade de Deus”, argumenta. A missionariedade da Igreja é testemunho de vida que ilumina o caminho, que leva esperança e amor. É propriamente o Espírito Santo que guia a Igreja neste caminho.

 

O mensageiro missionário

A missão implica em levar a Boa Notícia de Cristo e isso se faz pelas mãos dos missionários e das missionárias. “As próprias jovens Igrejas estão se empenhando generosamente no envio de missionários às Igrejas que se encontram em dificuldade, levando o frescor e o entusiasmo com o qual vivem a fé que renova a vida e doa esperança. Viver este respiro universal, respondendo ao mandato de Jesus ‘ide, portanto, e fazei discípulos todos os povos’ (Mt 28, 19), é uma riqueza para toda Igreja”.

Destaca ainda o papa Francisco as palavras de seu antecessor, o papa Bento XVI, que exortava: “A Palavra do Senhor se propague e seja glorificada” (2Ts 3, 1): possa este Ano da Fé tornar sempre mais equilibrado o relacionamento com Cristo Senhor, porque somente Nele está a certeza para olhar para o futuro e a garantia de um amor autêntico e duradouro”. “É o meu desejo para o Dia Mundial das Missões deste ano”, encerra o Sumo Pontífice.

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Última modificação em Quinta, 27 Junho 2024 19:16

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Dia Mundial das Missões é celebrado em todo mundo

Sexta, 18 Outubro 2013 16:07 Escrito por  Editorial Boletim Salesiano
Desde 1926, a Igreja reserva o terceiro domingo do mês de outubro para oração e ofertas em favor da evangelização dos povos. A data é celebrada em todas as dioceses, paróquias e instituições do mundo católico e foi instituída pelopapa Pio XI, chamado de “papa missionário”.   A importância do Dia Mundial das Missões para a Igreja é destacada pelo papa Francisco, pela premência, segundo o pontífice, de levar a Boa Nova a todos que ainda não têm acesso à Palavra de Deus. “Este ano celebramos o Dia Mundial das Missões enquanto se está concluindo o Ano da Fé, ocasião importante para reforçar o nosso caminho como Igreja que anuncia com coragem o Evangelho”, declarou o papa em seu pronunciamento, no início de agosto, no Vaticano, Itália.

Dom da fé

“A fé é um dom precioso de Deus, o qual abre a nossa mente para que possamos conhecê-Lo e amá-Lo. Deus nos ama! A fé, porém, pede para ser acolhida, pede a nossa resposta pessoal. É um dom que tem oferecido aos homens com generosidade. Todos deveriam experimentar a alegria de sentir-se amados por Deus! O anúncio do Evangelho faz parte do ser discípulos de Cristo – ‘O zelo missionário é um sinal claro da maturidade de uma comunidade eclesial’ (Bento XVI, Exort. Apost. Verbum Domini, 95).”

 

Propósitos da missão

O Ano da Fé, desde o início do Concílio Vaticano II, há 50 anos, é de estímulo para que toda a Igreja tenha uma renovada consciência da sua presença no mundo contemporâneo, da sua missão entre os povos e as nações. “A missionariedade não é somente uma questão de territórios geográficos, mas de povos, de culturas e de indivíduos, propriamente porque os ‘confins’ da fé atravessam o coração de cada homem e de cada mulher. O Concílio Vaticano II destacou de modo especial, como a tarefa missionária seja própria de cada batizado e de todas as comunidades cristãs porque o povo de Deus vive nas comunidades, especialmente naquelas diocesanas e paroquiais, e nessas de todo modo aparece de forma visível, cabe também a estas comunidades dar testemunho de Cristo diante das nações”, enaltece o papa. “Convido os bispos, os presbíteros, os conselhos presbiteriais e pastorais, toda pessoa e grupos responsáveis na Igreja a dar ênfase à dimensão missionária nos programas pastorais e formativos, sentindo que o próprio compromisso apostólico não é completo se não contém o propósito de ‘dar testemunho de Cristo diante das nações’, diante de todos os povos”.

 

Os obstáculos

A obra de evangelização encontra obstáculos até mesmo dentro da própria comunidade eclesial. Às vezes o fervor, a alegria, a coragem, a esperança são frágeis no anunciar a todos a Mensagem de Cristo e no ajudar os homens de nosso tempo a encontrá-Lo. Papa Francisco invoca Paulo VI com palavras iluminadoras quanto a isso: “Seria um erro impor qualquer coisa à consciência dos nossos irmãos. Mas propor a esta consciência da verdade evangélica e a salvação de Jesus Cristo com plena clareza e no respeito absoluto das livres opiniões que essa fará… é uma homenagem a esta liberdade” (Exort. Apost. Evangelii nuntiandi, 80).

Paulo VI escrevia que “quanto mais desconhecido for o pregador, missionário, catequista ou pastor que anuncia o Evangelho, reúne a comunidade, transmite a fé, administra um Sacramento, mesmo se está sozinho, cumpre um ato de Igreja”. Ele não age “por uma missão atribuída a si mesmo, nem em força de uma inspiração pessoal, mas em união com a missão da Igreja e em nome desta” (ibidem).

 

Tempos modernos

Papa Francisco alerta para as características da modernidade: “Famílias inteiras se deslocam de um continente a outro, o turismo e fenômenos análogos empurram a um amplo movimento de pessoas. Não raramente, então, alguns batizados fazem escolhas de vida que lhes conduzem para longe da fé, tornando-se assim necessitados de uma ‘nova evangelização’”. A convivência humana, segundo o pontífice, é marcada por tensões e conflitos que provocam insegurança e cansaço de encontrar o caminho para uma paz estável. “Torna-se ainda mais urgente levar com coragem em toda realidade o Evangelho de Cristo, que é anúncio de esperança, de reconciliação, de comunhão, anúncio da proximidade de Deus”, argumenta. A missionariedade da Igreja é testemunho de vida que ilumina o caminho, que leva esperança e amor. É propriamente o Espírito Santo que guia a Igreja neste caminho.

 

O mensageiro missionário

A missão implica em levar a Boa Notícia de Cristo e isso se faz pelas mãos dos missionários e das missionárias. “As próprias jovens Igrejas estão se empenhando generosamente no envio de missionários às Igrejas que se encontram em dificuldade, levando o frescor e o entusiasmo com o qual vivem a fé que renova a vida e doa esperança. Viver este respiro universal, respondendo ao mandato de Jesus ‘ide, portanto, e fazei discípulos todos os povos’ (Mt 28, 19), é uma riqueza para toda Igreja”.

Destaca ainda o papa Francisco as palavras de seu antecessor, o papa Bento XVI, que exortava: “A Palavra do Senhor se propague e seja glorificada” (2Ts 3, 1): possa este Ano da Fé tornar sempre mais equilibrado o relacionamento com Cristo Senhor, porque somente Nele está a certeza para olhar para o futuro e a garantia de um amor autêntico e duradouro”. “É o meu desejo para o Dia Mundial das Missões deste ano”, encerra o Sumo Pontífice.

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