A Semana Missionária deste ano envolveu 197 jovens missionários, 39 assessores leigos e 19 Irmãs Salesianas e formandas, e aconteceu em nove comunidades situadas em três estados: São Paulo, Santa Catarina e Paraná. Em São Paulo, os jovens missionários estiveram em Rio Grande da Serra, Igaratá (2), Santa Rita do Passa Quatro, Santo André, Peruíbe e Lorena. Em Santa Catarina, na cidade de Massaranduba, e no Paraná, em Curitiba.
Como se desenvolve uma Semana Missionária?
O grupo todo é dividido em equipes, acompanhados por assessores, designados com os nomes dos Santos Salesianos. Assim, as equipes se encaixam nas escalas, dividindo os trabalhos na casa, na organização dos oratórios, nas orações e na preparação das celebrações.
A rotina dos dias de experiência missionária é dividida em três períodos, iniciando a parte da manhã com o café, a mística e oração para meditar a Palavra de Deus. Em seguida, os grupos indicados para dar a bênção nas casas se organizam para a saída, passando pelas ruas da comunidade e realizando bênçãos nas residências e estabelecimentos dos moradores, que os recebem sempre com grande alegria.
Depois do almoço, a tarde fica por conta dos oratórios salesianos que animam as crianças e jovens da comunidade, com brincadeiras, esportes e oficinas para as crianças e as mães. E para encerrar, um tradicional “Boa-tarde” salesiano, apresentando às crianças o Carisma, por meio da vida dos Santos e Beatos da Família Salesiana.
A noite é sempre acompanhada de alguma Celebração com a comunidade local, preparada pelos jovens missionários e assessores. São Missas, Adoração, Celebração Penitencial, Celebração de Salesianidade, Terços Luminosos e até festas julinas que aproximam os missionários do povo.
A Semana conta também com o dia do missionário, momento de agradecimento e confraternização entre o grupo, avaliando e encerrando também a experiência da missão.
O que dizem os missionários?
A jovem Rafaela G., do grupo do Colégio do Carmo de Guaratinguetá, SP, destaca: “Foi uma experiência repleta de momentos únicos, e embora eu nunca tivesse nem ouvido falar de Igaratá antes, tenho certeza de que esse nome nunca vai sumir de minha memória. As crianças, a comunidade, as casas amorosas, a capela e a escola que nos acolheram sempre vão estar em meu coração com carinho. E por fim, sobre as pessoas que já conhecíamos e que partilharam este momento comigo, ficou claro como o dia o que significa o carisma salesiano. Pessoas que eu nem imaginava me conectar foram como família nesses dias que estivemos mais próximos, e os amigos por quem eu já sentia muito amor, só mostraram um lado ainda mais bonito e devoto que me cativou ainda mais. Nossas dinâmicas, momentos de cooperação, o anjo, as refeições, tudo isso foram momentos em que eu não me sentia apenas entre bons colegas, mas também entre uma família grande que reuniu até os primos mais distantes. O sentimento que fica em mim é o de gratidão e serviço completo, tudo foi exatamente como deveria ter sido, com a intercessão de Nossa Senhora Auxiliadora e com o Espírito Santo instaurado em nossas vidas”.
Outras experiências marcantes são partilhadas, como a de Talia, do CEMARI de Lorena, SP: “Essa experiência foi um verdadeiro presente, uma oportunidade de servir, aprender e crescer em comunhão com o próximo. A semana missionária não apenas impactou positivamente a minha vida, mas também reforçou a minha fé e a certeza de que o amor ao próximo é o caminho para uma existência plena e significativa. As atividades com as crianças durante a semana missionária foram enriquecedoras, proporcionando sorrisos, afeto e carinho que tocaram profundamente os corações. O cuidado dedicado refletiu a preocupação genuína com o bem-estar das crianças, criando um ambiente acolhedor. A conexão estabelecida foi além das palavras, gerando aprendizados mútuos e deixando lembranças inesquecíveis. Essa experiência reforçou a importância do amor, do cuidado e da dedicação ao próximo, iluminando o caminho e fortalecendo a fé no poder da solidariedade”.
Giovana, de Cambé, PR, que participou pela primeira vez, conta: “A AMJ (Animação Missionária Juvenil) para mim foi algo incrível, algo que mudou a minha vida completamente e que eu nunca mais vou esquecer porque foi algo que realmente me marcou, eu conheci muitas pessoas que eu vou levar pro resto da minha vida, que me ensinaram muita coisa durante essa uma semana de missão. Eu saí da minha realidade, da minha bolha, do meu ciclo de amizades pra conhecer novas coisas, e essas coisas eu vou levar comigo pra sempre. Não me arrependo nem um pouco de ter dito meu sim pra essa missão”.
E do Colégio de Santa Inês, SP, o jovem Gabriel fala sobre a sua segunda missão: “Vim contar sobre a Semana Missionária, esta é minha segunda Semana Missionária, a primeira foi lá em Itapevi, e esta em Peruíbe. É uma experiência que me toca muito, porque a gente cria pontes, né? É uma experiência onde a gente vai em um lugar distante daqui da escola e acaba tendo contato com pessoas de realidade diferente, tantos jovens, tantos adultos. É uma experiência muito bacana, própria que a gente tem. Então, de poder ouvir as pessoas que normalmente não são ouvidas, de poder brincar com as crianças e despertar o sorriso nos rostos delas. Então, é uma experiência que eu trago muito para a vida e de ser missionário, não só nessa semana, mas também poder trazer isso para o ambiente escolar e para o ambiente local onde a gente vive. Ser a diferença e ser protagonista da nossa história e ter esse olhar atento sobre as coisas e sobre como a gente pode ajudar a construir um mundo melhor”.
As Semanas Missionárias acontecem anualmente e são sempre momentos fortes de vivência da Espiritualidade Salesiana, sempre em saída e indo ao encontro do povo. Seja como JMS (Juventude Missionária Salesiana), no estado de São Paulo, ou como AMJ, na região sul, a missão acontece na simplicidade de um cotidiano dedicado ao próximo, na comunidade que acolhe os missionários. São experiências únicas, que os jovens e os assessores fazem na individualidade do coração e do encontro com Deus, ao mesmo tempo que marca profundamente a vivência do grupo e a relação do coletivo. Por isso se torna tão especial, na medida que se entende que a relação com Deus está na relação consigo mesmo e com o outro.
Fonte: Inspetoria Nossa Senhora Aparecida – BAP