Nascida em Pozzomaggiore, Sardenha, Itália, em 3 de maio de 1880, queria ser religiosa, mas teve que ficar ao lado da mãe doente. Desde então, levou uma vida doméstica sóbria e recolhida, alternando os afazeres da casa com a oração. No dia 14 de julho de 1911, lhe manifestaram no corpo os sinais da Paixão de Jesus. Esse e outros fenômenos místicos, que lhe eram atribuídos, foram indagados no processo canônico de 1925, a que ela se submeteu com total obediência. Transferiu-se, em seguida, para Roma com a família, exatamente nos anos em que estava para explodir a II Guerra Mundial.
Desde que se domiciliou em Roma até a morte (1938-1952), Edvige pertenceu à paróquia dos salesianos, “Santa Maria Auxiliadora”, da Via Tusculana: ali, quase todas as manhãs, ia para a missa e comunhão. Também ali se recolhia em oração, normalmente na Capela de Sant’Ana. Lá ocorreram grande parte dos êxtases e fatos prodigiosos. No dia 25 de setembro de 1941, se fez Salesiana Cooperadora.
Devotíssima de Nossa Senhora, que lhe apareceu várias vezes, dEla obteve numerosas graças. Foram muitos os Santos que lhe apareceram, especialmente Dom Bosco e Domingos Sávio. No seu diário constam 20 aparições de Dom Bosco (com frequência com Maria Auxiliadora ou com Domingos Sávio). Em tais aparições Dom Bosco lhe dava sugestões, convidava-a às devoções a Nossa Senhora, encorajava-a nas dificuldades, pedia orações e sacrifícios, mostrava o grande bem que faziam os Salesianos - de muitos dos quais elogiava a santidade - e a convidava a amar as irmãs salesianas.
Na homilia do rito de beatificação o cardeal Becciu afirmou: “A bem-aventurada Edvige encarna as mais belas virtudes da mulher sarda da época. Entretanto, é da sua vida cotidiana que emergem dados que lhe tornam mais do que nunca atual o testemunho… A sua experiência espiritual – simples e profunda, marcada por uma ‘caridade’ sem limites, uma ‘humildade’ incomensurável e uma ‘oração’ incessante – é um modelo sempre atual, porque demonstra que também numa vida simples e ordinária é possível experimentar uma sólida comunhão com Deus e um apostolado caracterizado pela dedicação à humanidade ferida e necessitada”.
