É neste período que as fogueiras, comidas típicas, brincadeiras, balões, bandeirinhas e as quadrilhas tomam conta dos salões, praças e igrejas para celebrar a festa dos santos católicos. O festejo que une o religioso e a cultura popular é comemorado nos quatro cantos do país. Em cada região, a festa assume uma particularidade seja no passo da música ou na preparação das comidas. Mas, o que garante unidade do festejo é a alegria do povo.
Luiz Gonzaga ilustra muito bem esses momentos em sua música “Noites Brasileiras”: “Ai que saudades que eu sinto/ Das noites de São João/ Das noites tão brasileiras na fogueira/ Sob o luar do sertão./ Meninos brincando de roda/ Velhos soltando balão/ Moços em volta à fogueira/ Brincando com o coração/ Eita, São João dos meus sonhos/ Eita, saudoso sertão”.
O frei Mário Sérgio dos Santos Souza pároco da paróquia Santo Antônio, na arquidiocese de Feira de Santana (BA), ressalta que o tempo passa e essa expressão cultural se preserva sobretudo no Nordeste do Brasil.
“Por isso, o sertão é tão cantado, o grande flagelo da seca, os namoros ingênuos e apaixonados, os santos também, as letras com certas denúncias da fome e da miséria em que vivia esse povo, mas nunca perdeu a fé a capacidade de se divertir. São João é esperado com toda a expectativa pelos nordestinos. É a festa que marca a identidade desse povo”.
O Nordeste é a região que ainda concentra as grandes festas juninas como a de Caruaru (PE) e a de Campina Grande (PB), que é considerada o maior São João do Mundo. Dom Manoel Delson Pedreira da Cruz, arcebispo da Paraíba, destacou em artigo publicado no site da diocese Campina Grande, quando ainda era bispo de lá, que a natividade de São João Batista é comemorada pelo povo com reza, forró, quadrilhas, confraternização, comida, bebida e fogos.
“As cidades se enfeitam e se transformam em grandes arraiás. Esta alegria contagiante tem razão de ser: João Batista nasce para anunciar Jesus Cristo e apresentá-lo ao mundo. Ele está associado a esta grande alegria, que invadiu o mundo a mais de dois mil anos atrás”, ressalta o arcebispo no texto.
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