Alunos da RSE pedem paz no mundo em ato simbólico

Quinta, 14 Agosto 2014 12:12 Escrito por  RSE Informa
Alunos da RSE pedem paz no mundo em ato simbólico RSE Informa
O grou, também conhecido como tsuru, está presente em várias regiões do mundo. É uma ave de grande porte, geralmente com plumagem em tons cinzento, branco e castanho. Segundo a cultura japonesa, aquele que fizer 1.000 tsurus de origami terá um pedido realizado. Consternados com os conflitos bélicos no mundo, e atentos ao pedido do Papa, do reitor-mor Salesiano e da madre geral, os alunos do Colégio Salesiano de Belo Horizonte, MG, fizeram 1.000 tisurus para pedir paz no mundo.

A ação mobilizou a comunidade da escola e surgiu de uma ideia da aluna Juliana Andrade, do 9º ano, que sentiu a necessidade de unir os colegas e educadores em um ato pela paz. O trabalho foi realizado com os educandos dos ensinos fundamental II e médio. Os tsurus foram expostos nos murais, em móbiles e apresentados em momento cívico no teatro do colégio.

Para o educador Amin Feres, de Ensino Religioso, atos como esse são oportunidades de despertar os valores cristãos no jovem e fazer com que ele se posicione contra toda e qualquer guerra ou violência.  “No cenário atual, acompanhamos os conflitos no Oriente Médio e os mais recentes embates na Faixa de Gaza entre israelenses e palestinos. Serve também de questionamento a respeito da grave situação da segurança pública no Brasil, cujo número de mortos anualmente chega a ser superior ao de tais conflitos”, afirma o educador.

Sobre a iniciativa do ato no Colégio Salesiano, Amin conta os detalhes de como surgiu: “O projeto ‘Paz no mundo’ é um ato concreto que envolve toda a comunidade educativa em torno de um bem comum. A partir da solicitação de uma aluna de confissão judaica a um professor católico maronita, pela paz entre judeus e palestinos, muçulmanos e cristãos, aproveitamos a lenda japonesa dos tsurus”.

Maria Amélia Fernandes, orientadora educacional da escola, lembra também que a ação trabalha o protagonismo e a consciência cidadã dos jovens. “Esse trabalho foi muito importante para desenvolver nos educandos o sentido da cidadania, olhar para o outro, mesmo que esse outro esteja longe, a cooperação na construção de um mundo mais solidário e humano. Esse propósito nos ajuda a refletir sobre a importância do nosso projeto de vida, das nossas escolhas futuras, com vistas ao bem comum."

A estudante Juliana Andrade, que sugeriu o ato aos educadores, conta que a ideia surgiu de um momento de reflexão. “Os conflitos que o mundo vivencia atualmente me fizeram refletir sobre a paz e a questionar os verdadeiros motivos que levam as pessoas a terem essas atitudes. A guerra prejudica as pessoas fisica e psicologicamente”, afirma.

Juliana destaca que cada um pode também fazer sua parte, a começar pela boa convivência no cotidiano. “A partir do momento em que todos aprendermos a conviver pacificamente com o diferente, respeitando-nos uns aos outros, construiremos uma sociedade melhor”, ressalta.

 

A tradição de enviar tsurus
 

Todos os anos, no dia 6 de agosto, pessoas de todo o mundo enviam tsurus para Hiroshima clamando por paz. Elas fazem isso em memória da pequena Sadako Sasaki.
 

Sadako foi uma garota japonesa que vivia em Hiroshima durante a Segunda Guerra, mas distante do epicentro da bomba. Junto com seus familiares, conseguiu escapar do ataque. No entanto, durante a fuga eles foram atingidos pela chuva radioativa que caiu sobre a cidade naquele dia. Ela tinha apenas 2 anos de idade quando se tornou uma vítima da bomba atômica.
 

No ano de 1955, Chizuko Hamamoto, amiga de Sadako, visitou-a no hospital e fez para ela um origami de um tsuru. Sua amiga lhe contou a lenda na qual quem faz mil tsurus de origami tem direito a um desejo. Desde então, todo dia Sadako passou a fazer seus tsurus, sempre com o mesmo pedido, curar-se e voltar a viver normalmente. Em razão de ser uma vítima da guerra, ela pedia também pela paz da humanidade.
 

Sadako conseguiu fazer 646 tsurus de papel e, após sua morte, seus amigos fizeram mais 354, para que ela fosse enterrada com os mil tsurus. Sadako morreu no dia 15 de outubro de 1955, e foi erguido um monumento em sua memória no Parque da Paz, em Hiroshima. No local, estão gravadas as palavras: “Este é o nosso grito, esta é a nossa oração. Paz na terra!”.
 

RSE Informa

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Última modificação em Quinta, 14 Agosto 2014 23:53

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Alunos da RSE pedem paz no mundo em ato simbólico

Quinta, 14 Agosto 2014 12:12 Escrito por  RSE Informa
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O grou, também conhecido como tsuru, está presente em várias regiões do mundo. É uma ave de grande porte, geralmente com plumagem em tons cinzento, branco e castanho. Segundo a cultura japonesa, aquele que fizer 1.000 tsurus de origami terá um pedido realizado. Consternados com os conflitos bélicos no mundo, e atentos ao pedido do Papa, do reitor-mor Salesiano e da madre geral, os alunos do Colégio Salesiano de Belo Horizonte, MG, fizeram 1.000 tisurus para pedir paz no mundo.

A ação mobilizou a comunidade da escola e surgiu de uma ideia da aluna Juliana Andrade, do 9º ano, que sentiu a necessidade de unir os colegas e educadores em um ato pela paz. O trabalho foi realizado com os educandos dos ensinos fundamental II e médio. Os tsurus foram expostos nos murais, em móbiles e apresentados em momento cívico no teatro do colégio.

Para o educador Amin Feres, de Ensino Religioso, atos como esse são oportunidades de despertar os valores cristãos no jovem e fazer com que ele se posicione contra toda e qualquer guerra ou violência.  “No cenário atual, acompanhamos os conflitos no Oriente Médio e os mais recentes embates na Faixa de Gaza entre israelenses e palestinos. Serve também de questionamento a respeito da grave situação da segurança pública no Brasil, cujo número de mortos anualmente chega a ser superior ao de tais conflitos”, afirma o educador.

Sobre a iniciativa do ato no Colégio Salesiano, Amin conta os detalhes de como surgiu: “O projeto ‘Paz no mundo’ é um ato concreto que envolve toda a comunidade educativa em torno de um bem comum. A partir da solicitação de uma aluna de confissão judaica a um professor católico maronita, pela paz entre judeus e palestinos, muçulmanos e cristãos, aproveitamos a lenda japonesa dos tsurus”.

Maria Amélia Fernandes, orientadora educacional da escola, lembra também que a ação trabalha o protagonismo e a consciência cidadã dos jovens. “Esse trabalho foi muito importante para desenvolver nos educandos o sentido da cidadania, olhar para o outro, mesmo que esse outro esteja longe, a cooperação na construção de um mundo mais solidário e humano. Esse propósito nos ajuda a refletir sobre a importância do nosso projeto de vida, das nossas escolhas futuras, com vistas ao bem comum."

A estudante Juliana Andrade, que sugeriu o ato aos educadores, conta que a ideia surgiu de um momento de reflexão. “Os conflitos que o mundo vivencia atualmente me fizeram refletir sobre a paz e a questionar os verdadeiros motivos que levam as pessoas a terem essas atitudes. A guerra prejudica as pessoas fisica e psicologicamente”, afirma.

Juliana destaca que cada um pode também fazer sua parte, a começar pela boa convivência no cotidiano. “A partir do momento em que todos aprendermos a conviver pacificamente com o diferente, respeitando-nos uns aos outros, construiremos uma sociedade melhor”, ressalta.

 

A tradição de enviar tsurus
 

Todos os anos, no dia 6 de agosto, pessoas de todo o mundo enviam tsurus para Hiroshima clamando por paz. Elas fazem isso em memória da pequena Sadako Sasaki.
 

Sadako foi uma garota japonesa que vivia em Hiroshima durante a Segunda Guerra, mas distante do epicentro da bomba. Junto com seus familiares, conseguiu escapar do ataque. No entanto, durante a fuga eles foram atingidos pela chuva radioativa que caiu sobre a cidade naquele dia. Ela tinha apenas 2 anos de idade quando se tornou uma vítima da bomba atômica.
 

No ano de 1955, Chizuko Hamamoto, amiga de Sadako, visitou-a no hospital e fez para ela um origami de um tsuru. Sua amiga lhe contou a lenda na qual quem faz mil tsurus de origami tem direito a um desejo. Desde então, todo dia Sadako passou a fazer seus tsurus, sempre com o mesmo pedido, curar-se e voltar a viver normalmente. Em razão de ser uma vítima da guerra, ela pedia também pela paz da humanidade.
 

Sadako conseguiu fazer 646 tsurus de papel e, após sua morte, seus amigos fizeram mais 354, para que ela fosse enterrada com os mil tsurus. Sadako morreu no dia 15 de outubro de 1955, e foi erguido um monumento em sua memória no Parque da Paz, em Hiroshima. No local, estão gravadas as palavras: “Este é o nosso grito, esta é a nossa oração. Paz na terra!”.
 

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