República Centro Africana: a segurança da população é a preocupação dos Salesianos

Sexta, 25 Julho 2014 12:04 Escrito por  InfoANS
República Centro Africana: a segurança da população é a preocupação dos Salesianos InfoANS
A República Centro-Africana continua estagnada por entre o caos administrativo, legislativo e social. Na próxima semana fará 16 meses do golpe de estado, dado pela coalizão Séléka. O conflito, longe de se resolver, piora. Os missionários salesianos afirmam que “o país não existe: não há lei e nada funciona”. Perante os problemas cotidianos, os salesianos na capital, Bangui, só têm uma preocupação: “continuar cuidando da população que se refugia em nossos ambientes”,  como referem-se em uma entrevista concedida a Procuradoria Missionária Salesiana, de Madri, Espanha.

Nos humildes bairros de Damala e Galabadja, em Bangui, centenas de pessoas estão,  há sete meses, sob a proteção oferecida pelos salesianos em suas duas obras. A maior parte dos refugiados é formada por mulheres e crianças que fugiram da violência que explodiu na capital no dia 5 de dezembro. Sem saber a quem recorrer, com um exército desarticulado, presos entre o fogo cruzado de dois brutais grupos armados, ‘Séléka’ e ‘Anti-balaka’, muitas pessoas buscaram refúgio nos ambientes religiosos. “Até ali não tínhamos acolhido ninguém porque estavam apavorados em suas casas”, reconta o padre Agustín Cuevas, SDB, missionário há 42 anos na África, pároco em Galabadja.

Os salesianos da comunidade de Galabadja, que há anos se esforçam por construir nesse bairro de periferia um pequeno oásis de serviços, com uma escola e um dispensário médico, viram-se obrigados a abrir as portas e acolher a população refugiada: ali “fazemos de pais, juízes, médicos, até de polícia, para dar assistência humanitária à população” , afirma o padre Cuevas. Nos ambientes e pátios da obra de Galabadja estiveram até 22.000 pessoas, que dormiam amontoados, também “sobre os bancos e no chão da igreja”, enquanto fora os disparos e o estrondo dos morteiros não cessavam. Hoje estão umas poucas centenas de pessoas, provenientes das províncias e dos distritos que mais sofreram: “O nosso empenho continua sendo o de dar-lhes segurança e incentivá-los a retornar à normalidade da vida” – explica o padre Cuevas.

 

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Última modificação em Sábado, 26 Julho 2014 14:01

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A República Centro-Africana continua estagnada por entre o caos administrativo, legislativo e social. Na próxima semana fará 16 meses do golpe de estado, dado pela coalizão Séléka. O conflito, longe de se resolver, piora. Os missionários salesianos afirmam que “o país não existe: não há lei e nada funciona”. Perante os problemas cotidianos, os salesianos na capital, Bangui, só têm uma preocupação: “continuar cuidando da população que se refugia em nossos ambientes”,  como referem-se em uma entrevista concedida a Procuradoria Missionária Salesiana, de Madri, Espanha.

Nos humildes bairros de Damala e Galabadja, em Bangui, centenas de pessoas estão,  há sete meses, sob a proteção oferecida pelos salesianos em suas duas obras. A maior parte dos refugiados é formada por mulheres e crianças que fugiram da violência que explodiu na capital no dia 5 de dezembro. Sem saber a quem recorrer, com um exército desarticulado, presos entre o fogo cruzado de dois brutais grupos armados, ‘Séléka’ e ‘Anti-balaka’, muitas pessoas buscaram refúgio nos ambientes religiosos. “Até ali não tínhamos acolhido ninguém porque estavam apavorados em suas casas”, reconta o padre Agustín Cuevas, SDB, missionário há 42 anos na África, pároco em Galabadja.

Os salesianos da comunidade de Galabadja, que há anos se esforçam por construir nesse bairro de periferia um pequeno oásis de serviços, com uma escola e um dispensário médico, viram-se obrigados a abrir as portas e acolher a população refugiada: ali “fazemos de pais, juízes, médicos, até de polícia, para dar assistência humanitária à população” , afirma o padre Cuevas. Nos ambientes e pátios da obra de Galabadja estiveram até 22.000 pessoas, que dormiam amontoados, também “sobre os bancos e no chão da igreja”, enquanto fora os disparos e o estrondo dos morteiros não cessavam. Hoje estão umas poucas centenas de pessoas, provenientes das províncias e dos distritos que mais sofreram: “O nosso empenho continua sendo o de dar-lhes segurança e incentivá-los a retornar à normalidade da vida” – explica o padre Cuevas.

 

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