Dom Damasceno lembrou que o encontro da imagem da Virgem de Aparecida ocorreu em 1717, quando os pescadores Domingos Garcia, João Alves e Felipe Pedroso foram incumbidos de conseguir certa quantidade de peixes no rio Paraíba, por causa da passagem do Conde de Assumar por Guaratinguetá, em viagem para a tomada de posse como governador de São Paulo e Minas.
O presidente da CNBB recordou também as palavras do papa Francisco, quando esteve no Santuário Nacional, em julho deste ano. “Em Aparecida, Deus ofereceu ao Brasil a sua própria Mãe e Ela quis manifestar-se nessa região do Vale do Paraíba de maneira simples, sem fato espetacular, sem mensagem especial. Solidária, porém, com aqueles pobres pescadores e na sua cor negra, identificada com os escravos da época e os excluídos de hoje. Ela quis escolher essa terra para derramar as bênçãos de Deus sobre o Brasil e o povo devoto que aqui vem para venerar a milagrosa imagem e para proclamar seus louvores e graças”, disse.
Dom Damasceno lembrou, ainda, que Francisco chamara a atenção para três posturas que devem ser cultivadas: Conservar a esperança, deixar-se surpreender por Deus e viver na alegria. Segundo o cardeal, mesmo diante das dificuldades na vida de cada um, Deus nunca deixa que o ser humano seja submergido. “Tenham sempre no coração esta certeza. Deus caminha a seu lado, nunca lhes deixa desamparados! Nunca percamos a esperança! Nunca deixemos que ela se apague nos nossos corações!”, acrescentou.
Missas, procissões, novenas e vigília precederam esta celebração em homenagem à padroeira do Brasil. A programação teve início no último dia 3 e reuniu milhares de fiéis e voluntários que trabalharam na organização do evento. Durante as novenas, as pessoas foram convidadas a realizar um gesto concreto, com ofertas de alimentos e itens de higiene que serão doados às instituições sociais de Aparecida e região.
Fonte:CNBB