Certamente foi isso que aconteceu no encontro de Maria com Isabel e de Jesus com seus apóstolos. Encontros que mudaram e transformaram vidas para sempre. Assim foi o encontro do padre Ángel com o adolescente Sean. E, comentando o fato, o Reitor-Mor escreveu: “a vida de Dom Bosco está cheia de encontros significativos, de palavras ditas ao ouvido, de olhares que trespassaram o coração e a alma. Por exemplo os do jovem Álbera (que foi o segundo sucessor de Dom Bosco), ou de Luís Variara (que prometeu naquele momento, naquela troca de olhares de rapazinho de 10 anos, que nunca mais se separaria de Dom Bosco). E tornou-se salesiano, missionário, fundador de uma congregação para a caridade e para o cuidado dos leprosos e já foi beatificado”.
Tradicionalmente neste mês temos nosso “encontro” com o Sagrado Coração de Jesus. Quando nos encontramos com Jesus, tudo muda para sempre. Para os primeiros discípulos, a experiência deste encontro foi tão marcante, que João deixou registrado no Evangelho a hora do encontro. E a devoção ao Sagrado Coração de Jesus não deve constar somente por momentos devocionais. Segundo São Francisco de Sales, a devoção ao Coração de Jesus consiste em colocar o Salvador dentro do coração do discípulo. Tudo isso feito com muito amor.
Nesta edição do Boletim Salesiano publicamos muitos textos que nos falam disso. Cito, por exemplo, o texto do padre Gildásio Mendes dos Santos, que trata de Francisco de Sales como comunicador. Também o resumo da Estreia escrita em Cordel, pelo padre Valdemar Pereira dos Santos, apresenta elementos importantes destes encontros que acontecem no dia a dia da nossa vida.
Gostaria de terminar esta apresentação citando uma frase de Sales, escrita numa carta para a Baronesa de Chantal, e que reflete muito sobre a significatividade do encontro entre o discípulo e o Mestre Jesus: “Nesta manhã pensei muitas coisas boas, enquanto lia, no Evangelho do dia, estas palavras: Aquele que permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto; pois sem mim você não poderia fazer nada. Para mim é aconselhável que não permaneçamos mais em nós mesmos, e que, de coração, intenção e confiança, nos alojaremos para sempre no lado trespassado do Salvador. Sem Ele, não só não podemos, mas, mesmo que pudéssemos, não gostaríamos de fazer nada. Tudo nele, tudo por ele, tudo com ele, tudo para ele, tudo Ele”.