Nova encíclica do Papa Francisco é apresentada

Segunda, 05 Outubro 2020 13:47 Escrito por  ACI Digital
A Santa Sé apresentou oficialmente no domingo, 4 de outubro, a encíclica “Fratelli tutti”, a terceira do pontificado do Papa Francisco, subtitulada “Sobre a fraternidade e a amizade social”.


O Santo Padre assinou a encíclica no Convento de São Francisco de Assis, em 3 de outubro, junto à tumba do santo cuja festa a Igreja celebra na mesma data.

Na apresentação, que teve lugar no Sala Nova do Sínodo, o secretário de estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, explicou que o Papa Francisco põe de relevo em sua encíclica que “a fraternidade não é uma moda que se desenvolve no tempo, mas a manifestação de atos concretos”.

O cardeal, em sua exposição, fez um chamado a pôr as “relações internacionais ao serviço da fraternidade” e “favorecer o desenvolvimento de uma cultura da fraternidade”.

O secretário de estado contrapôs a guerra ao diálogo e argumentou que “se as armas destroem vidas humanas, destroem o ambiente, destroem a esperança; o diálogo destrói as barreiras do coração e da mente, abre espaço ao perdão e favorece a reconciliação”.

O diálogo, assinalou, “quando é perseverante, não gera notícias como os conflitos, mas ajuda discretamente a fazer o mundo melhor”.

“O diálogo exige paciência e aproxima do martírio, por isso a encíclica o evoca como instrumento da fraternidade”, sublinhou.

O cardeal Parolin indicou que o objetivo desta encíclica assinada em Assis pelo Papa Francisco é um percurso ascendente que “partindo da individualidade, abraça a família, a sociedade”.

“É necessário fazer crescer não só uma espiritualidade da fraternidade, mas uma estrutura internacional eficaz”, insistiu.

Também destacou que o Papa na encíclica não é alheio aos desafios que expõe a atual pandemia de coronavírus. De fato, o Papa emprega como argumento “a experiência da pandemia, que pôs em evidência nossas carências”.

O cardeal Parolin destaca que na encíclica se mostra a “aberta contradição entre o bem comum e a atitude de dar prioridade aos Estados”.

Frente a isso, “a fraternidade se converte no instrumento para realizar um bem comum verdadeiramente universal”. “Faz um chamado à responsabilidade individual e coletiva” e recorda que “nos proclamarmos irmãos não basta”, é preciso ações concretas.

Do mesmo modo, o cardeal Parolin fez insistência que “por meio da cultura da fraternidade, o Papa Francisco chama a amar a outros povos, as demais nações como a própria”.

Além do cardeal secretário de estado participaram da conferência de imprensa o presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Interreligioso, cardeal Miguel Angel Ayuso, o secretário geral do Alto Comitê para a Fraternidade Humana, Mohamed Mahmoud Abdel Salam, a professora da universidade do Durham (Reino Unido), Anna Rowlands, e o fundador da Comunidade do Sant’Egidio, Andrea Riccardi.


O texto completo da encíclica está disponível em várias idiomas no site do Vaticano.

 

Fonte: ACI Digital

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Última modificação em Segunda, 24 Junho 2024 18:16

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Nova encíclica do Papa Francisco é apresentada

Segunda, 05 Outubro 2020 13:47 Escrito por  ACI Digital
A Santa Sé apresentou oficialmente no domingo, 4 de outubro, a encíclica “Fratelli tutti”, a terceira do pontificado do Papa Francisco, subtitulada “Sobre a fraternidade e a amizade social”.


O Santo Padre assinou a encíclica no Convento de São Francisco de Assis, em 3 de outubro, junto à tumba do santo cuja festa a Igreja celebra na mesma data.

Na apresentação, que teve lugar no Sala Nova do Sínodo, o secretário de estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, explicou que o Papa Francisco põe de relevo em sua encíclica que “a fraternidade não é uma moda que se desenvolve no tempo, mas a manifestação de atos concretos”.

O cardeal, em sua exposição, fez um chamado a pôr as “relações internacionais ao serviço da fraternidade” e “favorecer o desenvolvimento de uma cultura da fraternidade”.

O secretário de estado contrapôs a guerra ao diálogo e argumentou que “se as armas destroem vidas humanas, destroem o ambiente, destroem a esperança; o diálogo destrói as barreiras do coração e da mente, abre espaço ao perdão e favorece a reconciliação”.

O diálogo, assinalou, “quando é perseverante, não gera notícias como os conflitos, mas ajuda discretamente a fazer o mundo melhor”.

“O diálogo exige paciência e aproxima do martírio, por isso a encíclica o evoca como instrumento da fraternidade”, sublinhou.

O cardeal Parolin indicou que o objetivo desta encíclica assinada em Assis pelo Papa Francisco é um percurso ascendente que “partindo da individualidade, abraça a família, a sociedade”.

“É necessário fazer crescer não só uma espiritualidade da fraternidade, mas uma estrutura internacional eficaz”, insistiu.

Também destacou que o Papa na encíclica não é alheio aos desafios que expõe a atual pandemia de coronavírus. De fato, o Papa emprega como argumento “a experiência da pandemia, que pôs em evidência nossas carências”.

O cardeal Parolin destaca que na encíclica se mostra a “aberta contradição entre o bem comum e a atitude de dar prioridade aos Estados”.

Frente a isso, “a fraternidade se converte no instrumento para realizar um bem comum verdadeiramente universal”. “Faz um chamado à responsabilidade individual e coletiva” e recorda que “nos proclamarmos irmãos não basta”, é preciso ações concretas.

Do mesmo modo, o cardeal Parolin fez insistência que “por meio da cultura da fraternidade, o Papa Francisco chama a amar a outros povos, as demais nações como a própria”.

Além do cardeal secretário de estado participaram da conferência de imprensa o presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Interreligioso, cardeal Miguel Angel Ayuso, o secretário geral do Alto Comitê para a Fraternidade Humana, Mohamed Mahmoud Abdel Salam, a professora da universidade do Durham (Reino Unido), Anna Rowlands, e o fundador da Comunidade do Sant’Egidio, Andrea Riccardi.


O texto completo da encíclica está disponível em várias idiomas no site do Vaticano.

 

Fonte: ACI Digital

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