No cenário da cultura midiática, presenciamos uma aceleração contínua de novos comportamentos. Os jovens propõem uma nova linguagem na educação e na cultura, e novos meios de se relacionar com a família, com os amigos e com a sociedade.   Os jovens cresceram com a internet, com as novas tecnologias, e estão tendo controle das redes sociais. Deixam de ler os jornais impressos para navegar nos sites, para criar, remodelar, montar, editar, socializar em rede. Têm dificuldade de pensar de modo linear e cartesiano. Os jovens utilizam linguagens digitais (imagem, som, interatividade) e as redes como novos conceitos e enciclopédias de informação. Não existe protagonismo juvenil sem o reconhecimento da nova linguagem usada por eles. Esse novo modo de criar e recriar linguagens está relacionado também com a articulação das linguagens nos diversos âmbitos da sociedade. Eles estão, por exemplo, criando uma nova linguagem na educação, demonstrando que é preciso um modelo interativo, participativo e inovador no modo de produzir conhecimento e empregá-lo na vida prática.  

  A Igreja Católica, por meio da Campanha da Fraternidade 2013, renova sua esperança na geração digital   Os jovens, nativos da internet, querem muito mais que acesso à informação e tempo nas redes sociais. Eles querem que seus pais, educadores e a Igreja acreditem neles. Neste sentido, a Campanha da Fraternidade (CF 2013) é um ato de fé e de apoio às novas gerações digitais. Educar e evangelizar no continente digital significa acreditar profundamente nessa nova geração. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) escolheu a Juventude e Comunicação como tema da CF 2013, já que há uma relação necessária e profunda entre comunicação, juventude e nova evangelização. O Documento da Conferência de Aparecida diz que a comunicação é fundamental para a nova evangelização e a coloca entre os areópagos dos novos tempos (491). E oPapa Bento XVI alerta para o fato de estamos vivendo hoje no Continente Digital e que as transformações profundas no campo da comunicação e das novas tecnologias não são passageiras nem superficiais. Elas atingem o tecido das relações humanas e as plataformas das estruturas sociais e culturais: “As novas tecnologias estão a mudar não só o modo de comunicar, mas a própria comunicação em si mesma”.