Perante milhares de jovens, durante a Vigília da Jornada Mundial da Juventude no Panamá (JMJ Panamá 2019), o Santo Padre falou – com linguagem muito simples, profunda, mas acessível – de temas de atualidade juvenil. Disse-lhes que “a vida com que Jesus nos brinda é uma história de amor, uma história de vida: vida que deseja ser incorporada à nossa e enraizada na terra de cada um”, como o fizeram os santos.
Referindo-se a estes, apresentou-lhes a figura de um dos santos patronos da JMJ Panamá 2019. “Penso, por exemplo, em Dom Bosco. Ele não foi à cata de jovens em nenhum lugar... (Vamos ver, agora, com um aplauso, se há alguém aqui que queira bem a Dom Bosco...!) Dom Bosco, dizia, não foi à cata de jovens em nenhum lugar distante ou especial. Aprendera simplesmente a ver tudo o que se passava na cidade, com os olhos de Deus. E, assim, seu coração ficou aflito à vista de centenas de meninos, adolescentes e jovens abandonados, sem escola, sem trabalho, sem a mão amiga de uma comunidade. Eram muitos os que, vivendo na mesma cidade, criticavam tais jovens... E por quê? Porque não sabiam vê-los com os olhos de Deus. Aos jovens é preciso olhar com os olhos de Deus!”.
Francisco apresentou-lhes a figura do “Santo dos Jovens”, que deu passos firmes em favor dos jovens abandonados: “Animou-se Dom Bosco e deu o primeiro passo, o passo de assumir a vida como se apresenta. A partir daí, não teve medo de dar o outro passo: o de criar, com eles, uma comunidade, uma família, na qual, com trabalho e estudo, se sentissem amados. (Era preciso) enraizá-los, para que, sendo alguém na sociedade, pudessem se relançar pelo rumo dos Céus. Era preciso enraizá-los para que os ventos borrascosos que estavam por se aproximar não os abatessem... Isso fez Dom Bosco! Isso fazem os santos! E isso fazem as comunidades que sabem olhar os jovens com os mesmos olhos de Deus!”.
Fonte: ANS