“Minha vida como missionário em Papua-Nova Guiné” Destaque

Segunda, 09 Setembro 2024 11:05 Escrito por  Andrea Tornielli e Franco Piroli – Vatican News
“Minha vida como missionário em Papua-Nova Guiné” O bispo salesiano, dom Francesco Panfilo Reprodução: Vatican news
Por ocasião da visita do Papa Francisco a Papua-Nova Guiné, o Vatican News, órgão de comunicação do Vaticano, realizou algumas entrevistas com missionários da região. Entre eles estão o bispo salesiano Francesco Panfilo e o padre salesiano Angelo Fazzini.

 

Dom Francesco Panfilo

“Duc in altum”, avançar para águas mais profundas: essas palavras de Jesus foram escolhidas para o lema episcopal de Francesco Panfilo, bispo salesiano, que serviu como missionário nas Filipinas por 32 anos e depois foi para Papua-Nova Guiné, onde esteve primeiro em Alotau e depois guiou a arquidiocese de Rabaul, tornando-se também presidente da conferência episcopal do país. A missão, disse ele, é uma questão de coração, “paixão por Cristo” e “paixão por seu povo”. Esse é o testemunho de dom Francesco Panfilo, arcebispo emérito de Rabaul:

 

“Alguém me perguntou como foi minha experiência, porque recentemente celebrei meus 50 anos de ordenação. Passei 32 anos nas Filipinas, depois vim para Papua-Nova Guiné como delegado Provincial dos Salesianos por quatro anos, depois o Papa João Paulo II me nomeou Bispo de Alotau, depois fui transferido para Rabaul: e quando recordava esses anos de missão, fiquei um pouco emocionado, porque sempre me senti um missionário, mesmo nas Filipinas, onde eu estava nas escolas, era um formador. Quando vim para Papua-Nova Guiné, pude ser missionário, como sempre sonhei, mesmo quando era menino. Foi uma vida difícil. Quando eu estava em Alotau - eram só ilhas, só mar - eu tinha de viajar de barco, comia onde podia...

Em Rabaul, tive que caminhar muito, tive que ir para as montanhas... Lá, eu realmente me senti como um missionário e um pastor. Quando o Papa Francisco se tornou Papa em 2013, ele escreveu a Evangelii gaudium no final do ano e no número 268 ele diz que a missão é tanto “paixão por Cristo” quanto “paixão por seu povo”. Ali, essas palavras (me) tocaram. Como bispo, eu havia escolhido como lema “Duc in altum”, que significa “avançar para águas mais profundas”: essas são as palavras de Jesus a Pedro... Eu vivi (isso), sinto que vivi minha vida como missionário. O que o Papa diz ali: missão é, ao mesmo tempo, paixão por Cristo e paixão por seu povo; se não houver esse amor, não há (missão)... Missão é amor, é doar-se pelo povo e pelo Senhor. Se amarmos o Senhor, isso nos ajudará a ajudar as pessoas, e se amarmos as pessoas, isso nos levará de volta a Jesus.”

Assista ao vídeo testemunho: Vatican News

 

Padre Angelo Fazzini

Óculos unidos com fita adesiva e uma energia avassaladora. “O meu superior me disse: 'Papua Nova Guiné será o seu paraíso' e assim foi. Era 1982”. O Pe. Angelo Fazzini, um salesiano, partiu de um vilarejo de 2 mil pessoas na província de Milão, na Itália, para levar sua missão primeiro para as Filipinas e depois para o país da Oceania que recebe o Papa nestes dias.

 

Em Kundiawa, uma cidade na região montanhosa da província de Chimbu, ele seguiu os meninos da escola técnica “Dom Bosco”. Agora, na capital Port Moresby, no Santuário Arquidiocesano de Maria Auxiliadora, ele confessa os fiéis e os jovens da Escola Técnica Dom Bosco. “Como uma escola católica, estamos abertos a todos, mesmo àqueles que pertencem a uma Igreja diferente”, diz ele. “Aqui o Papa está em casa”, conclui o missionário, que aos fiéis, felizes pela chegada do Pontífice, indica com clareza desarmante que ”o Papa nos convida a rezar e o Senhor está conosco. O que mais vocês querem?”.

Assista ao vídeo testemunho: Vatican News

Avalie este item
(0 votos)

Deixe um comentário

Certifique-se de preencher os campos indicados com (*). Não é permitido código HTML.


“Minha vida como missionário em Papua-Nova Guiné” Destaque

Segunda, 09 Setembro 2024 11:05 Escrito por  Andrea Tornielli e Franco Piroli – Vatican News
“Minha vida como missionário em Papua-Nova Guiné” O bispo salesiano, dom Francesco Panfilo Reprodução: Vatican news
Por ocasião da visita do Papa Francisco a Papua-Nova Guiné, o Vatican News, órgão de comunicação do Vaticano, realizou algumas entrevistas com missionários da região. Entre eles estão o bispo salesiano Francesco Panfilo e o padre salesiano Angelo Fazzini.

 

Dom Francesco Panfilo

“Duc in altum”, avançar para águas mais profundas: essas palavras de Jesus foram escolhidas para o lema episcopal de Francesco Panfilo, bispo salesiano, que serviu como missionário nas Filipinas por 32 anos e depois foi para Papua-Nova Guiné, onde esteve primeiro em Alotau e depois guiou a arquidiocese de Rabaul, tornando-se também presidente da conferência episcopal do país. A missão, disse ele, é uma questão de coração, “paixão por Cristo” e “paixão por seu povo”. Esse é o testemunho de dom Francesco Panfilo, arcebispo emérito de Rabaul:

 

“Alguém me perguntou como foi minha experiência, porque recentemente celebrei meus 50 anos de ordenação. Passei 32 anos nas Filipinas, depois vim para Papua-Nova Guiné como delegado Provincial dos Salesianos por quatro anos, depois o Papa João Paulo II me nomeou Bispo de Alotau, depois fui transferido para Rabaul: e quando recordava esses anos de missão, fiquei um pouco emocionado, porque sempre me senti um missionário, mesmo nas Filipinas, onde eu estava nas escolas, era um formador. Quando vim para Papua-Nova Guiné, pude ser missionário, como sempre sonhei, mesmo quando era menino. Foi uma vida difícil. Quando eu estava em Alotau - eram só ilhas, só mar - eu tinha de viajar de barco, comia onde podia...

Em Rabaul, tive que caminhar muito, tive que ir para as montanhas... Lá, eu realmente me senti como um missionário e um pastor. Quando o Papa Francisco se tornou Papa em 2013, ele escreveu a Evangelii gaudium no final do ano e no número 268 ele diz que a missão é tanto “paixão por Cristo” quanto “paixão por seu povo”. Ali, essas palavras (me) tocaram. Como bispo, eu havia escolhido como lema “Duc in altum”, que significa “avançar para águas mais profundas”: essas são as palavras de Jesus a Pedro... Eu vivi (isso), sinto que vivi minha vida como missionário. O que o Papa diz ali: missão é, ao mesmo tempo, paixão por Cristo e paixão por seu povo; se não houver esse amor, não há (missão)... Missão é amor, é doar-se pelo povo e pelo Senhor. Se amarmos o Senhor, isso nos ajudará a ajudar as pessoas, e se amarmos as pessoas, isso nos levará de volta a Jesus.”

Assista ao vídeo testemunho: Vatican News

 

Padre Angelo Fazzini

Óculos unidos com fita adesiva e uma energia avassaladora. “O meu superior me disse: 'Papua Nova Guiné será o seu paraíso' e assim foi. Era 1982”. O Pe. Angelo Fazzini, um salesiano, partiu de um vilarejo de 2 mil pessoas na província de Milão, na Itália, para levar sua missão primeiro para as Filipinas e depois para o país da Oceania que recebe o Papa nestes dias.

 

Em Kundiawa, uma cidade na região montanhosa da província de Chimbu, ele seguiu os meninos da escola técnica “Dom Bosco”. Agora, na capital Port Moresby, no Santuário Arquidiocesano de Maria Auxiliadora, ele confessa os fiéis e os jovens da Escola Técnica Dom Bosco. “Como uma escola católica, estamos abertos a todos, mesmo àqueles que pertencem a uma Igreja diferente”, diz ele. “Aqui o Papa está em casa”, conclui o missionário, que aos fiéis, felizes pela chegada do Pontífice, indica com clareza desarmante que ”o Papa nos convida a rezar e o Senhor está conosco. O que mais vocês querem?”.

Assista ao vídeo testemunho: Vatican News

Avalie este item
(0 votos)

Deixe um comentário

Certifique-se de preencher os campos indicados com (*). Não é permitido código HTML.