A ocasião, coordenada pela Agência das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) e por outras organizações internacionais, visa chamar a atenção para a situação de milhões de refugiados e deslocados internos que foram forçados a fugir de suas casas.
Milhões de refugiados
Segundo estimativas do ACNUR, o deslocamento forçado global atingiu 103 milhões de pessoas: 53,2 milhões de deslocados internos e 32,5 milhões de refugiados. Mais de 72% vêm de apenas cinco países, incluindo Síria, Ucrânia, Afeganistão e Sudão do Sul. O ACNUR prevê que este número pode subir para 117,2 milhões ainda este ano, incluindo pessoas deslocadas à força e apátridas.
Programas de auxílio para refugiados e deslocados internos
“Na crise dos refugiados, os Salesianos atuam na linha de frente. Eles fornecem apoio e serviços a refugiados e deslocados internos, cujas vidas foram afetadas por guerras, perseguições, fome e desastres naturais, como enchentes, secas e terremotos”, afirma o padre Timothy Ploch, diretor interino das Missões.
Os programas Salesianos oferecem educação e formação técnica, desenvolvimento da força de trabalho, cuidados de saúde e nutrição. Confira alguns:
República Democrática do Congo
Na República Democrática do Congo os Filhos de Dom Bosco seguem com seu trabalho mesmo durante os confrontos no país. Boas notícias chegam do Centro Médico Don Bosco Ngangi de Goma, onde uma mulher recentemente deu à luz a trigêmeos, um menino e duas meninas. A mulher se chama Ndibungo, tem 36 anos e se encontra no Don Bosco Ngangi desde que foi deslocada, em novembro de 2022. Ela fugiu da aldeia de Kibumba, no território de Nyiragongo, a Norte de Goma, com seus oito filhos. Buscou refúgio no centro e teve a sorte de poder contar com o centro médico para auxiliá-la durante a gravidez e o parto.
Inicialmente criado para oferecer assistência aos jovens residentes do Don Bosco Ngangi, o centro médico também começou a prestar serviços de outros tipos. Nestes meses de assistência a deslocados, já atendeu 1.702 pessoas, prestou socorro a 766 vulneráveis e fez o parto de 16 mulheres.
Egito
O Don Bosco Zeitoun, localizado no Cairo, Egito, oferece educação e apoio aos refugiados sudaneses no país. O trabalho com refugiados começou em 2000 e, desde então, a comunidade salesiana acolhe de braços abertos os refugiados que chegam. Como o espaço é limitado, o oratório Don Bosco Zeitun organiza atividades para refugiados três dias por semana. Durante os três dias em que não trabalha com os refugiados sudaneses, o oratório anima as atividades para o maior número possível de jovens do bairro.
Ucrânia
Os Salesianos que permaneceram na Ucrânia e nos países vizinhos, como a Polônia e a Eslováquia, continuam ocupados em ajudar as vítimas da guerra. Mais de 8,1 milhões de cidadãos da Ucrânia, principalmente mulheres, idosos e crianças, vivem como refugiados em outros países. Na Eslováquia, os Salesianos ajudaram os refugiados ucranianos, fornecendo necessidades básicas como alimentação, abrigo e assistência médica. Eles também garantiram educação para jovens e cursos de idiomas para adultos. Nem mesmo as necessidades psicológicas dos refugiados foram negligenciadas: os Salesianos ofereceram momentos de alegria e paz aos jovens. Durante as férias de Natal, por exemplo, eles levaram algumas crianças para que pudessem esquiar e passar um período tranquilo juntos.
Sudão do Sul
Em Juba, no Sudão do Sul, os Salesianos da Paróquia de São Vicente de' Paoli dirigem o acampamento Don Bosco Gumbo para deslocados internos. O acampamento, estabelecido em janeiro de 2014, após o início da guerra civil de dezembro de 2013, atualmente abriga 10 mil pessoas, a maioria mulheres, crianças e idosos. Os salesianos fornecem abrigo, alimentação, educação, assistência médica e respostas imediatas a outras necessidades básicas.
Ali também é oferecida educação a mais de quatro mil menores, graças à presença de jardins de infância, escolas primárias e secundárias e outros centros educativos, entre os quais um centro de formação profissional. Além disso, durante a pandemia, os Salesianos trabalharam arduamente pelos refugiados para obter assistência médica, máscaras, desinfetantes e vacinas.