“Há vontade de renascer, de sentar num bar e tomar um chá ou um sorvete, para contrastar as horas quentes do dia. Há desejo de dançar, de gritar, de correr... (Desmedidamente talvez...) Mas é normal depois de uma guerra que violou e ofendeu todas as medidas e parâmetros”, relata padre Lucas.
Uma guerra que dura anos, mas que não abalou a fé dos cristãos que vivem ali: “Estou me enriquecendo com a profundidade e a fé dos cristãos de Alepo. Aqui a fé não é uma etiqueta, um slogan, uma máscara para pôr e tirar, segundo as circunstâncias. Aqui a fé é vida. Os cristãos sabem o que significa crer em Deus quando sua vida está por um fio, com uma bomba que poderia cair perto ou mesmo em cima da cabeça”, prossegue padre Lucas.
Os salesianos em Alepo continuam de fato a alimentar a fé e a esperança, continuando o seu trabalho, como o fizeram nos dias mais difíceis e turvos: “Muitos fecharam, trancaram as portas. Os salesianos não! Dom Bosco estaria contente com a fidelidade e o amor aos jovens alepinos”, acrescenta.
Os rapazes de Dom Bosco, em Alepo, têm muita sorte: a de contar com tantos jovens, pelo mundo todo, que rezam constantemente por eles: “Continuemos a ofertar este presente da oração, que é a única coisa realmente útil para uma verdadeira e radical renovação espiritual de Alepo”, conclui o salesiano.
Fonte: ANS