Logo no início, o cardeal tentou abordar conceitos de Vida Consagrada, serviço, caridade, paz, justiça e humanidade. Ele também defendeu a necessidade de definir melhor esses conceitos para torná-los mais compreensíveis às pessoas de hoje e principalmente para que sejam compreendidos em seu sentido original, uma vez que, com o tempo, eles adquiriram algumas interpretações errôneas e distantes da proposta cristã.
Em seguida, o cardeal dedicou suas palavras à Vida Consagrada, argumentando que ela deve ser continuamente configurada em Cristo e precisa ser chamada a responder às necessidades atuais da humanidade. De acordo com o cardeal hondurenho, o consagrado que se dedica a praticar a caridade para com a humanidade aproxima-se cada vez mais de Cristo.
Enfim, ele exortou todos os participantes a perguntassem-se de que maneira desenvolveram o carisma recebido e mencionou a necessidade de lembrar o passado para confrontá-lo com a própria vida e viver o presente com paixão. O cardeal, então, citou o Papa Francisco ressaltando que o futuro da vida religiosa não é reclamar ou focar no número de religiosos, mas basear-se na alegria, fraternidade e esperança. Mediante esta tripla dimensão, o cardeal explicou que o serviço da caridade é uma das chaves para viver um futuro cheio de esperança. Depois disso, destacou a necessidade de ir para as periferias externas, também pessoais, e argumentou que a Vida Consagrada é credível na paz e na justiça apenas quando é vivida na alegria e na humanização.
Por fim, o cardeal Rodriguez lembrou que a caridade é a única coisa que pode mudar o ser humano e que os consagrados devem se tornar especialistas em caridade. Em nome do ano de Vida Consagrada, ele deu a sua bênção a todos e mostrou suas habilidades musicais em um canto sobre a Alegria do Evangelho.
No Congresso "Terra Justa", realizado em Portugal, o cardeal Rodríguez Maradiaga discursou novamente, afirmando que "para a Igreja, a opção pelos pobres é uma categoria teológica". (Veja artigo na agência de notícias ZENIT).