Os salesianos, que atuam em uma obra social da cidade, ouviram durante todo o dia os disparos e acolheram em sua missão numerosas famílias amedrontadas com os confrontos. Entretanto, os voluntários estrangeiros que operam na missão salesiana foram convidados a deixar o país. Alguns já o fizeram.
A situação no país atualmente é de silêncio e instabilidade. Se anteriormente os confrontos ocorriam ao norte, nos confins com o Sudão - do qual o país se separou em julho de 2011, os combates, nesta quarta-feira, ocorreram principalmente na Capital – no Sul da nação – e o motivo do conflito parece residir em uma luta entre o atual presidente, Salva Kiir, e o seu ex-vice, Riek Mashare.
Confrontos
As hostilidades iniciaram ainda segunda-feira, 16 de dezembro, com vários confrontos a fogo, entre as facções, em várias zonas de Juba. Não se tratou apenas de armas leves: testemunhas referem ter ouvido disparos de morteiros e de bombas. Por isso, a missão salesiana ficou fechada todo o dia. Houve também dificuldades nas comunicações: qualquer chamada nacional por celular tornou-se impossível. E à noite se impôs o toque de recolher.
Alguns religiosos salesianos que haviam programado viajar tiveram de anular seus planos.Embora a maior parte dos combates diga respeito apenas a facções militares, toda a população está tomada por um grande sentimento de medo. A noite, entre terça e quarta-feira, foi especialmente turbulenta para a comunidade salesiana: foram acolhidas na obra numerosas famílias em busca de proteção e ajuda, ocupando tanto a escola quanto a capela.