Uma mulher não pode perder a vida doando a vida

Quarta, 09 Outubro 2013 09:06 Escrito por  ANS - Congo
Segundo o relatório da ONG “Save the children”, publicado em maio de 2013, a República Democrática do Congo (RDC) é “o pior país para ser mãe”. O Centro Dom Bosco, de Goma-Ngangi, desde sempre vizinho às mães pobres e doentes, e às crianças órfãs, empenha-se por enfrentar também esta realidade.

No relatório “Situação das mães no mundo” depreendeu-se que na RDC uma mulher entre 30 corre o risco de morrer por problemas ligados à maternidade; em Goma e no Norte-Kivu estima-se que seja nada menos que 13% a porcentagem de mulheres que arriscam a vida durante o parto, enquanto na Finlândia, país no vértice na classificação, a casuística refere uma mulher sobre 12.200.

O Centro Dom Bosco dispõe, há mais de 10 anos, de um orfanato para crianças de 0 a 2-3 anos – chamado “Casa Ushindi”, isto é, ‘Casa da Vitória’, na língua suaíli. Se uma mãe morre durante o parto ou se a família não tem meios para alimentar e cuidar do recém-nascido, o pai, depois de ter obtido o parecer favorável da Polícia Especial para a Proteção das Crianças (PSPE), leva-o ao Centro Dom Bosco, onde os assistentes sociais analisam o que seja melhor para a criança: ou ajudar a família com o leite, se puder conservá-lo em casa; ou acolher a criança até que atinja a idade de 2 ou 3 anos, sendo em seguida reconduzida à família.

Além disso, para lutar contra as causas que dão origem à mortalidade materna, o Centro Dom Bosco introduziu um projeto voltado à formação do pessoal médico, realizado junto com a ONG salesiana ‘Voluntariado Internacional para o Desenvolvimento’ (VIS) e também aprovado pela CEI – Conferência Episcopal Italiana.

Iniciado há um ano  com a colaboração do Programa Nacional de Saúde Reprodutiva (PNSR) e do Médico Inspetor Provincial do Norte-Kivu, o curso oferece seis sessões formativas para mais de 100 profissionais de saúde, entre médicos e enfermeiros de Goma, especialistas em maternidade.

Os responsáveis pelo curso debateram temas, como pré-natal, acompanhamento das mulheres grávidas, parto, cuidados neonatais…; e também convidaram o pessoal médico a colocar sempre o paciente no centro da estrutura médica, acrescentando que a luta contra a morbi-mortalidade materna e neonatal está em linha com a missão do Senhor Jesus, vindo para que todos tenham a vida. E a tenham em abundância.

“Uma mulher não pode perder a vida doando a vida” – resumiu a porta-voz dos cursistas na última sessão.

 

Fonte: ANS - Congo

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Última modificação em Sexta, 28 Junho 2024 19:44

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Uma mulher não pode perder a vida doando a vida

Quarta, 09 Outubro 2013 09:06 Escrito por  ANS - Congo
Segundo o relatório da ONG “Save the children”, publicado em maio de 2013, a República Democrática do Congo (RDC) é “o pior país para ser mãe”. O Centro Dom Bosco, de Goma-Ngangi, desde sempre vizinho às mães pobres e doentes, e às crianças órfãs, empenha-se por enfrentar também esta realidade.

No relatório “Situação das mães no mundo” depreendeu-se que na RDC uma mulher entre 30 corre o risco de morrer por problemas ligados à maternidade; em Goma e no Norte-Kivu estima-se que seja nada menos que 13% a porcentagem de mulheres que arriscam a vida durante o parto, enquanto na Finlândia, país no vértice na classificação, a casuística refere uma mulher sobre 12.200.

O Centro Dom Bosco dispõe, há mais de 10 anos, de um orfanato para crianças de 0 a 2-3 anos – chamado “Casa Ushindi”, isto é, ‘Casa da Vitória’, na língua suaíli. Se uma mãe morre durante o parto ou se a família não tem meios para alimentar e cuidar do recém-nascido, o pai, depois de ter obtido o parecer favorável da Polícia Especial para a Proteção das Crianças (PSPE), leva-o ao Centro Dom Bosco, onde os assistentes sociais analisam o que seja melhor para a criança: ou ajudar a família com o leite, se puder conservá-lo em casa; ou acolher a criança até que atinja a idade de 2 ou 3 anos, sendo em seguida reconduzida à família.

Além disso, para lutar contra as causas que dão origem à mortalidade materna, o Centro Dom Bosco introduziu um projeto voltado à formação do pessoal médico, realizado junto com a ONG salesiana ‘Voluntariado Internacional para o Desenvolvimento’ (VIS) e também aprovado pela CEI – Conferência Episcopal Italiana.

Iniciado há um ano  com a colaboração do Programa Nacional de Saúde Reprodutiva (PNSR) e do Médico Inspetor Provincial do Norte-Kivu, o curso oferece seis sessões formativas para mais de 100 profissionais de saúde, entre médicos e enfermeiros de Goma, especialistas em maternidade.

Os responsáveis pelo curso debateram temas, como pré-natal, acompanhamento das mulheres grávidas, parto, cuidados neonatais…; e também convidaram o pessoal médico a colocar sempre o paciente no centro da estrutura médica, acrescentando que a luta contra a morbi-mortalidade materna e neonatal está em linha com a missão do Senhor Jesus, vindo para que todos tenham a vida. E a tenham em abundância.

“Uma mulher não pode perder a vida doando a vida” – resumiu a porta-voz dos cursistas na última sessão.

 

Fonte: ANS - Congo

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