Salesianidade
Sexta, 01 Fevereiro 2013 12:25

Santos salesianos do calendário litúrgico

Escrito por
  O postulador geral da Família Salesiana, padre Pierluigi Cameroni, apresenta as ocorrências litúrgicas dos santos salesianos do mês de fevereiro, com a lembrança dos Salesianos defuntos, repetindo a ação realizada no mês de janeiro. Leia abaixo sobre as figuras de santidade salesiana que o calendário litúrgico traz em fevereiro. 1° de fevereiro: salesianos defuntos A lembrança dos salesianos defuntos une, na “caridade que não passa”, aqueles que são ainda peregrinos com aqueles que já descansam no Senhor. É na fé do Senhor Ressuscitado que vivemos esta comemoração, que se faz ação de graças, memória viva, custódia de uma preciosa herança carismática. Ser com eles discípulos de Dom Bosco e partilhar o mesmo projeto evangélico das Constituições é para nós estímulo e auxílio na caminhada de santificação e no propósito decidido e eficaz, de continuar firmes na vocação até a morte.   7 de fevereiro: beato Pio IX   O papa com o qual Dom Bosco teve de tratar durante a maior parte da sua vida foi o beato Pio IX, que foi papa entre os anos de 1846 a 1878. O amor de Dom Bosco pelo Papa nascia de uma profunda visão de fé. É típica a sua insistência com os meninos: “Não griteis “Viva Pio IX”; gritai antes  “Viva o Papa!”. As verdades da fé que Pio IX com força reafirmou foram fundamentalmente três: a proclamação da Imaculada Conceição de Maria (1854); a centralidade da pessoa de Cristo no documento conhecido como Sílabo (1864); a missão do Papa como supremo mestre da fé (1870 – Concílio Vaticano I). São verdades especialmente atuais, porque estão na base do reconhecimento da dignidade da pessoa humana, feita à imagem e semelhança de Deus.   9 de fevereiro: beata irmã Eusébia Palomino   A fé dessa Filha de Maria Auxiliadora (FMA) é gigantesca e transparece de modo especial no eficacíssimo apostolado desenvolvido sobretudo nos anos de Valverde del Camino (Espanha) com um empenho formidável na catequese, colhendo a presença de Deus na natureza e celebrando-lhe o amor providencial; na difusão da prática do Rosário das Chagas; e em um amor filial a Maria, inspirando-se no Tratado da verdadeira devoção, de São Luís Grignon de Monfort. Sentia-se um como “Cristóvão Colombo” da fé e da evangelização, que sulca os mares para a salvação das Gentes: “Comovia-me ao ver aquele herói zarpar daquela costa e levar, a terras desconhecidas, operários do evangelho, para difundir a Semente evangélica e estender o Reino de Jesus Cristo por sobre toda a terra. Naquele momento sentia-me como de fogo e nada me teria custado pôr-me em uma pequena barca e ir-me àquelas terras em busca de ovelhas de Cristo”. A vida e o testemunho da irmã  Eusébia foram uma verdadeira semente, florescida em vigorosa árvore, em cujos ramos tantos encontraram e encontram descanso e vigor.   25 de fevereiro: festa dos Santos Luís Versíglia e Calisto Caravário   No dia do seu martírio, celebramos a festa dos protomártires salesianos que realizaram a visão profética de Dom Bosco, que, sonhando os seus filhos empenhados no Extremo Oriente, vaticinou frutos maravilhosos,  mas também falou de “cálices cheios de sangue”. Os dois Mártires Salesianos deram a sua vida pela salvação e a integridade moral do próximo, colocando-se na defesa de três jovens alunas da missão: eles defenderam com o seu sangue a opção responsável da castidade, operada naquelas jovens, em perigo de cair nas mãos de quem não as teriam respeitado. A oferta suprema da vida amadureceu na cotidianidade de uma existência vivida na presença de Deus e no sacrifício generoso de si. O padre Calisto, partindo de Timor para a China, repetiu mais de uma vez aos seus colegas: “Vamos, preparemo-nos para morrer mártires na China”. E uma vez em sua nova missão, apesar de enfraquecido pelas febres e cansado pela viagem, pôs-se logo a trabalhar, empenhando-se na assistência aos meninos. Dom Versíglia manifestou o seu grande espírito de fé sobretudo no desenvolvimento da missão a ele confiada. Perante as dificuldades, a falta de meios e a exiguidade de forças, exclamava: “Deus está conosco, temos a Virgem Auxiliadora e temos além disso um grande tesouro e uma inexaurível riqueza: o espírito de Dom Bosco”.   Na seção de sdb.org dedicada à santidade estão disponíveis outras informações e subsídios sobre os santos salesianos.   Leia também: Santos salesianos do calendário litúrgico   InfoANS  
Quinta, 31 Janeiro 2013 18:09

A mágica de Dom Bosco

Escrito por
Hoje se fala muito de comunicação moderna, marketing de relacionamento, de atividades lúdicas para aproximar as pessoas, o famoso “quebra-gelo”, de técnica de animação. Tudo isso é atual, mas Dom Bosco, no século XIX, de certa forma, usava o ilusionismo para chegar às pessoas. “Matar um pássaro, esmagá-lo e pô-lo a voar vivo e sadio era uma das brincadeiras que sabia fazer com frequência. Da mesma garrafa, tirava vinho branco e tinto, a pedido dos presentes. Um dia, enfrentou o desafio de fazer desaparecer um grande prato de ravióli preparado na cozinha e fazê-lo aparecer numa outra casa da vila” (MB I, p. 348). Esse era São João Bosco que, para educar, evangelizar e atrair a atenção dos jovens, principalmente os menos favorecidos, tinha uma didática diferenciada. Ele usava a arte do ilusionismo como forma de expressão de liberdade, de convite à amizade e de valorização da pessoa. A “mágica” foi a primeira demonstração de amor para com a juventude. O objetivo de João Bosco era fazer com que houvesse interesse por suas mensagens e, assim, os jovens fossem atraídos para a igreja, a escola ou para uma conversa edificadora. Ele tinha um espírito eminentemente contagiante, uma pedagogia dinâmica, em ação. E as pessoas se apaixonavam por ele e por suas ações. Isso devia acontecer sem que se quebrassem o encanto, a vivacidade e a espontaneidade próprios da “mágica”. Era um recurso para conquistar amigos. Tinha a capacidade de atrair, serviam para persuadir seus amigos a frequentarem as práticas de piedade e a encaminhá-los para um mundo de valores. Com a “mágica”, ele aguçava a curiosidade de todos.   Em todos os lugares, Dom Bosco era portador de uma alegria contagiante. Seus modos gentis e cordiais cativavam a todos. Nas ruas, nas praças, nos lugares onde podia, encontrava os jovens, todos disputavam sua presença, inclusive pelos belos espetáculos que sabia fazer. Isso era levado pela sua paixão de querer conquistar a confiança dos jovens e o desejo de, por meio do lúdico, comunicar valores.   Esse é o papel do bom educador, comunicador que deseja transmitir valores. Ele sabia muito bem qual o objetivo a ser alcançado. Hoje essas práticas poderão ser usadas em qualquer ambiente, seja em uma empresa, na escola, na sociedade em geral: usar de meios lúdicos e saudáveis para criar sinergia na equipe. Dom Bosco, como foi conhecido mais tarde, é um dos maiores líderes educadores, e podemos tê-lo como exemplo de liderança. Um líder que, ao relacionar-se diretamente com seus liderados, fale a linguagem deles, e mais, que esteja efetivamente com seus colaboradores. Padroeiro dos Ilusionistas São João Bosco é um dos santos mais populares da Igreja Católica e do mundo e, além de ser aclamado “Pai e Mestre da Juventude”, é também padroeiro dos ilusionistas. A homenagem surgiu de alguns “mágicos” da Espanha que, conhecendo as histórias dele com o ilusionismo, o aclamaram padroeiro universal dos ilusionistas. Na infância, João Bosco era considerado um “menino prodígio” da educação e, por meio das mágicas e das histórias narradas por sua mãe, mantinha os seus colegas afastados do mal. Para ganhar a estima e a confiança dos amigos, percorria mercados e feiras para observar “os jogos de prestidigitação e de habilidade”, descobrir truques e, em seguida, tornar-se capaz de realizá-los. Segundo a história, João Bosco até pagava mais caro para ter o direito de ficar bem na frente, a fim de observar melhor os espetáculos. Em casa, esforçava-se para conseguir o material necessário para praticar (MB I, p. 104-106). Sua especialidade consistia em fazer desaparecer objetos e trazê-los de volta. Muitas vezes, após ter enchido a garrafa de vinho, ao derramá-la no copo, dava-se conta de que era pura água. Quando queria beber água, deparava com o copo cheio de vinho [...]. João Bosco organizava brincadeiras com jogos de ilusionismo, e todos se divertiam (Ibidem). Nas casas de família e nas reuniões de jovens, havia disputa por sua presença. Portador de uma alegria contagiante, sua gentileza e cordialidade eram cativantes. Graças ao interesse de Dom Bosco pelos jogos de prestidigitação e de habilidade, em 31 de janeiro, data do falecimento do santo (1888), comemora-se o Dia do Ilusionista. REFERÊNCIAS BOSCO, Giovanni. (org. Eugenio Ceria). Epistolario. v. 1: de 1835 a 1868 (1955. p. XII-624); v. 2: de 1869 a 1875 (1956. p. IV-556): v. 3: de 1876 a 1880 (1958, p. IV-671); v. 4: de 1881 a 1888 (1959. pp. VI-647). Torino: SEI, 1955-1959.
  Com a realização do 3º Congresso Sistema Preventivo e Direitos Humanos, a Inspetoria Nossa Senhora da Paz, com sede em Cuiabá, MT, fecha o ciclo de estudos iniciado com seus educadores em 2010.     A Inspetoria Nossa Senhora da Paz (Inspaz), das Filhas de Maria Auxiliadora em Cuiabá, MT, levou a fundo a proposta de estudar a relação entre o sistema preventivo e os direitos humanos. Durante três anos, os educadores da inspetoria foram chamados a refletir sobre o tema, aprofundar-se no conhecimento sobre os fundamentos da pedagogia salesiana e repensar suas práticas educativas. O grande movimento que houve em torno do estudo do sistema preventivo foi feito processualmente, sendo iniciado em 2010, sob a gestão de irmã Francisca como inspetora, com uma série de estudos regionais. O processo teve continuidade, já com irmã Mariluce Dorilêo como inspetora, com a realização das oficinas e encontros em 2011, sendo finalizado com o 3º Congresso Sistema Preventivo e Direitos Humanos. Realizado dias 12 e 13 de outubro de 2012, o Congresso foi o ponto alto de integração dos educadores quanto à proposta de Dom Bosco e Madre Mazzarello para os jovens.  
Terça, 15 Janeiro 2013 18:46

Ação Fraterna Salesiana: 25 anos

Escrito por
  Em 2013 comemoram-se os 25 anos da Ação Fraterna Salesiana, grupo formado por ex-salesianos da Inspetoria São Luiz Gonzaga, do Nordeste do Brasil, com sede no Recife, PE. A iniciativa da primeira reunião deste grupo partiu do padre Orsini Nuvens Linard, então inspetor, que em 1988 lançou a ideia junto a alguns ex-salesianos residentes na Capital. Assim realizou-se o primeiro encontro em Jaboatão Colônia, casa de formação salesiana das mais antigas do Nordeste.  
Terça, 15 Janeiro 2013 18:34

Educar como Dom Bosco

Escrito por
  “Como Dom Bosco educador, ofereçamos aos jovens o Evangelho da alegria mediante a pedagogia da bondade” (Estreia 2013).   A Estreia, no contexto salesiano, tem uma importância solene. Criada por Dom Bosco, trata-se de um documento no qual são traçadas as diretrizes que pautarão as ações da Família Salesiana no ano que se inicia. A Estreia é apresentada no último dia do ano pelo Reitor-mor e endereçada a cada salesiano e salesiana, leigo, educador e aluno das escolas, obras sociais e instituições que seguem os passos de Dom Bosco, no Brasil e no mundo.  
Quarta, 02 Janeiro 2013 08:05

Estreia 2013: como Dom Bosco educador

Escrito por
Respeitando a tradição, o Reitor-Mor lançou oficialmente a Estreia 2013 indo visitar a Casa Geral das Filhas de Maria Auxiliadora no início da tarde de 31 de dezembro. A tradição iniciada em 1849 pelo mesmo Dom Bosco prossegue com um tema dedicado ao conhecimento e aprofundamento da sua pedagogia, que é o segundo tema da caminhada trienal de preparação à celebração do bicentenário de seu nascimento (1815-2015). Na solene simplicidade do clima de família, o P. Pascual Chávez reuniu-se no Auditorium da Casa Geral das FMA com a Madre Yvonne Reungoat, mais uma densa representação de FMA e alguns Membros da FS. A eles apresentou, brevemente, o tema e a estrutura da Estreia 2013 expressa no já conhecido lema: “Como Dom Bosco educador, ofereçamos aos jovens o Evangelho da alegria mediante a pedagogia da bondade”. O verdadeiro “presente” (de que advém a palavra ‘estreia’), entretanto, é o texto que o Reitor-Mor publica e oferece a toda a Família Salesiana. São páginas que devem ser lidas, estudadas, aprofundadas, pessoalmente e nos vários organismos de animação de cada grupo, local e territorial. “A nossa abordagem, também agora, não é só intelectual. De um lado, é certamente necessário o estudo profundo da Pedagogia Salesiana a fim atualizá-la segundo a sensibilidade e as exigências do nosso tempo. Hoje, os contextos sociais, econômicos, culturais, políticos, religiosos, nos quais estamos a viver a vocação e a realizar a missão salesiana, estão profundamente alterados. Por outro lado, para a fidelidade carismática ao nosso Pai, é igualmente necessário fazer nosso o conteúdo e o método da sua oferta educativa e pastoral. No contexto da sociedade de hoje, somos chamados a ser santos educadores como ele, entregando a nossa vida como ele, trabalhando com e pelos jovens”. A par de algumas reflexões sobre os princípios consolidados do Sistema Preventivo (Razão, Religião, Bondade (ou'Amorevolezza'), Bom cristão e honesto cidadão), o Reitor-Mor oferece grandes pontos de referência, e empenhos, à FS. É um autêntico percurso de conhecimento e avaliação, com estímulos para uma formação e programação mais eficientes. Intenso é o acento – como sugere o versículo que acompanha o lema: «Alegrai-vos sempre no Senhor; repito: alegrai-vos» (Fl 4,4) – sobre o Evangelho da alegria, que deve ser entendido não como um “sentimento efêmero, mas como uma energia interior, que resiste também às dificuldades da vida”. “O Evangelho da alegria caracteriza toda a história de Dom Bosco e é a alma das suas múltiplas obras. Captou Dom Bosco o desejo de felicidade presente nos jovens e demonstrou a sua alegria de viver, com expressões quais alegria, pátio, festa; mas jamais deixou de indicar a Deus como fonte da verdadeira alegria” – escreve o Reitor-Mor em seu comento. Para encerrar, o padre Pacual Chávez focaliza Mamãe Margarida, a Venerável Mãe de Dom Bosco: “Foi dela que Dom Bosco aprendeu aqueles valores e atitudes que praticou com os seus meninos e que, com o passar dos anos, deixou aos Salesianos, tornando-se a base da sua pedagogia”. Um modo simples e direto que lembra como a eficácia de uma boa pedagogia salesiana está intrinsecamente ligada ao educador que inevitavelmente, por assimilação vital, transmite os valores, em que acredita, a quem lhe está perto num continuado relacionamento e diálogo.  O texto integral da Estreia está à disposição no site < sdb.org > junto com seu videocomentário. O texto da Estreia encontra-se também nos Atos do Conselho Geral (ACG), n. 415.
Salesianidade
Sexta, 01 Fevereiro 2013 12:25

Santos salesianos do calendário litúrgico

Escrito por
  O postulador geral da Família Salesiana, padre Pierluigi Cameroni, apresenta as ocorrências litúrgicas dos santos salesianos do mês de fevereiro, com a lembrança dos Salesianos defuntos, repetindo a ação realizada no mês de janeiro. Leia abaixo sobre as figuras de santidade salesiana que o calendário litúrgico traz em fevereiro. 1° de fevereiro: salesianos defuntos A lembrança dos salesianos defuntos une, na “caridade que não passa”, aqueles que são ainda peregrinos com aqueles que já descansam no Senhor. É na fé do Senhor Ressuscitado que vivemos esta comemoração, que se faz ação de graças, memória viva, custódia de uma preciosa herança carismática. Ser com eles discípulos de Dom Bosco e partilhar o mesmo projeto evangélico das Constituições é para nós estímulo e auxílio na caminhada de santificação e no propósito decidido e eficaz, de continuar firmes na vocação até a morte.   7 de fevereiro: beato Pio IX   O papa com o qual Dom Bosco teve de tratar durante a maior parte da sua vida foi o beato Pio IX, que foi papa entre os anos de 1846 a 1878. O amor de Dom Bosco pelo Papa nascia de uma profunda visão de fé. É típica a sua insistência com os meninos: “Não griteis “Viva Pio IX”; gritai antes  “Viva o Papa!”. As verdades da fé que Pio IX com força reafirmou foram fundamentalmente três: a proclamação da Imaculada Conceição de Maria (1854); a centralidade da pessoa de Cristo no documento conhecido como Sílabo (1864); a missão do Papa como supremo mestre da fé (1870 – Concílio Vaticano I). São verdades especialmente atuais, porque estão na base do reconhecimento da dignidade da pessoa humana, feita à imagem e semelhança de Deus.   9 de fevereiro: beata irmã Eusébia Palomino   A fé dessa Filha de Maria Auxiliadora (FMA) é gigantesca e transparece de modo especial no eficacíssimo apostolado desenvolvido sobretudo nos anos de Valverde del Camino (Espanha) com um empenho formidável na catequese, colhendo a presença de Deus na natureza e celebrando-lhe o amor providencial; na difusão da prática do Rosário das Chagas; e em um amor filial a Maria, inspirando-se no Tratado da verdadeira devoção, de São Luís Grignon de Monfort. Sentia-se um como “Cristóvão Colombo” da fé e da evangelização, que sulca os mares para a salvação das Gentes: “Comovia-me ao ver aquele herói zarpar daquela costa e levar, a terras desconhecidas, operários do evangelho, para difundir a Semente evangélica e estender o Reino de Jesus Cristo por sobre toda a terra. Naquele momento sentia-me como de fogo e nada me teria custado pôr-me em uma pequena barca e ir-me àquelas terras em busca de ovelhas de Cristo”. A vida e o testemunho da irmã  Eusébia foram uma verdadeira semente, florescida em vigorosa árvore, em cujos ramos tantos encontraram e encontram descanso e vigor.   25 de fevereiro: festa dos Santos Luís Versíglia e Calisto Caravário   No dia do seu martírio, celebramos a festa dos protomártires salesianos que realizaram a visão profética de Dom Bosco, que, sonhando os seus filhos empenhados no Extremo Oriente, vaticinou frutos maravilhosos,  mas também falou de “cálices cheios de sangue”. Os dois Mártires Salesianos deram a sua vida pela salvação e a integridade moral do próximo, colocando-se na defesa de três jovens alunas da missão: eles defenderam com o seu sangue a opção responsável da castidade, operada naquelas jovens, em perigo de cair nas mãos de quem não as teriam respeitado. A oferta suprema da vida amadureceu na cotidianidade de uma existência vivida na presença de Deus e no sacrifício generoso de si. O padre Calisto, partindo de Timor para a China, repetiu mais de uma vez aos seus colegas: “Vamos, preparemo-nos para morrer mártires na China”. E uma vez em sua nova missão, apesar de enfraquecido pelas febres e cansado pela viagem, pôs-se logo a trabalhar, empenhando-se na assistência aos meninos. Dom Versíglia manifestou o seu grande espírito de fé sobretudo no desenvolvimento da missão a ele confiada. Perante as dificuldades, a falta de meios e a exiguidade de forças, exclamava: “Deus está conosco, temos a Virgem Auxiliadora e temos além disso um grande tesouro e uma inexaurível riqueza: o espírito de Dom Bosco”.   Na seção de sdb.org dedicada à santidade estão disponíveis outras informações e subsídios sobre os santos salesianos.   Leia também: Santos salesianos do calendário litúrgico   InfoANS  
Quinta, 31 Janeiro 2013 18:09

A mágica de Dom Bosco

Escrito por
Hoje se fala muito de comunicação moderna, marketing de relacionamento, de atividades lúdicas para aproximar as pessoas, o famoso “quebra-gelo”, de técnica de animação. Tudo isso é atual, mas Dom Bosco, no século XIX, de certa forma, usava o ilusionismo para chegar às pessoas. “Matar um pássaro, esmagá-lo e pô-lo a voar vivo e sadio era uma das brincadeiras que sabia fazer com frequência. Da mesma garrafa, tirava vinho branco e tinto, a pedido dos presentes. Um dia, enfrentou o desafio de fazer desaparecer um grande prato de ravióli preparado na cozinha e fazê-lo aparecer numa outra casa da vila” (MB I, p. 348). Esse era São João Bosco que, para educar, evangelizar e atrair a atenção dos jovens, principalmente os menos favorecidos, tinha uma didática diferenciada. Ele usava a arte do ilusionismo como forma de expressão de liberdade, de convite à amizade e de valorização da pessoa. A “mágica” foi a primeira demonstração de amor para com a juventude. O objetivo de João Bosco era fazer com que houvesse interesse por suas mensagens e, assim, os jovens fossem atraídos para a igreja, a escola ou para uma conversa edificadora. Ele tinha um espírito eminentemente contagiante, uma pedagogia dinâmica, em ação. E as pessoas se apaixonavam por ele e por suas ações. Isso devia acontecer sem que se quebrassem o encanto, a vivacidade e a espontaneidade próprios da “mágica”. Era um recurso para conquistar amigos. Tinha a capacidade de atrair, serviam para persuadir seus amigos a frequentarem as práticas de piedade e a encaminhá-los para um mundo de valores. Com a “mágica”, ele aguçava a curiosidade de todos.   Em todos os lugares, Dom Bosco era portador de uma alegria contagiante. Seus modos gentis e cordiais cativavam a todos. Nas ruas, nas praças, nos lugares onde podia, encontrava os jovens, todos disputavam sua presença, inclusive pelos belos espetáculos que sabia fazer. Isso era levado pela sua paixão de querer conquistar a confiança dos jovens e o desejo de, por meio do lúdico, comunicar valores.   Esse é o papel do bom educador, comunicador que deseja transmitir valores. Ele sabia muito bem qual o objetivo a ser alcançado. Hoje essas práticas poderão ser usadas em qualquer ambiente, seja em uma empresa, na escola, na sociedade em geral: usar de meios lúdicos e saudáveis para criar sinergia na equipe. Dom Bosco, como foi conhecido mais tarde, é um dos maiores líderes educadores, e podemos tê-lo como exemplo de liderança. Um líder que, ao relacionar-se diretamente com seus liderados, fale a linguagem deles, e mais, que esteja efetivamente com seus colaboradores. Padroeiro dos Ilusionistas São João Bosco é um dos santos mais populares da Igreja Católica e do mundo e, além de ser aclamado “Pai e Mestre da Juventude”, é também padroeiro dos ilusionistas. A homenagem surgiu de alguns “mágicos” da Espanha que, conhecendo as histórias dele com o ilusionismo, o aclamaram padroeiro universal dos ilusionistas. Na infância, João Bosco era considerado um “menino prodígio” da educação e, por meio das mágicas e das histórias narradas por sua mãe, mantinha os seus colegas afastados do mal. Para ganhar a estima e a confiança dos amigos, percorria mercados e feiras para observar “os jogos de prestidigitação e de habilidade”, descobrir truques e, em seguida, tornar-se capaz de realizá-los. Segundo a história, João Bosco até pagava mais caro para ter o direito de ficar bem na frente, a fim de observar melhor os espetáculos. Em casa, esforçava-se para conseguir o material necessário para praticar (MB I, p. 104-106). Sua especialidade consistia em fazer desaparecer objetos e trazê-los de volta. Muitas vezes, após ter enchido a garrafa de vinho, ao derramá-la no copo, dava-se conta de que era pura água. Quando queria beber água, deparava com o copo cheio de vinho [...]. João Bosco organizava brincadeiras com jogos de ilusionismo, e todos se divertiam (Ibidem). Nas casas de família e nas reuniões de jovens, havia disputa por sua presença. Portador de uma alegria contagiante, sua gentileza e cordialidade eram cativantes. Graças ao interesse de Dom Bosco pelos jogos de prestidigitação e de habilidade, em 31 de janeiro, data do falecimento do santo (1888), comemora-se o Dia do Ilusionista. REFERÊNCIAS BOSCO, Giovanni. (org. Eugenio Ceria). Epistolario. v. 1: de 1835 a 1868 (1955. p. XII-624); v. 2: de 1869 a 1875 (1956. p. IV-556): v. 3: de 1876 a 1880 (1958, p. IV-671); v. 4: de 1881 a 1888 (1959. pp. VI-647). Torino: SEI, 1955-1959.
  Com a realização do 3º Congresso Sistema Preventivo e Direitos Humanos, a Inspetoria Nossa Senhora da Paz, com sede em Cuiabá, MT, fecha o ciclo de estudos iniciado com seus educadores em 2010.     A Inspetoria Nossa Senhora da Paz (Inspaz), das Filhas de Maria Auxiliadora em Cuiabá, MT, levou a fundo a proposta de estudar a relação entre o sistema preventivo e os direitos humanos. Durante três anos, os educadores da inspetoria foram chamados a refletir sobre o tema, aprofundar-se no conhecimento sobre os fundamentos da pedagogia salesiana e repensar suas práticas educativas. O grande movimento que houve em torno do estudo do sistema preventivo foi feito processualmente, sendo iniciado em 2010, sob a gestão de irmã Francisca como inspetora, com uma série de estudos regionais. O processo teve continuidade, já com irmã Mariluce Dorilêo como inspetora, com a realização das oficinas e encontros em 2011, sendo finalizado com o 3º Congresso Sistema Preventivo e Direitos Humanos. Realizado dias 12 e 13 de outubro de 2012, o Congresso foi o ponto alto de integração dos educadores quanto à proposta de Dom Bosco e Madre Mazzarello para os jovens.  
Terça, 15 Janeiro 2013 18:46

Ação Fraterna Salesiana: 25 anos

Escrito por
  Em 2013 comemoram-se os 25 anos da Ação Fraterna Salesiana, grupo formado por ex-salesianos da Inspetoria São Luiz Gonzaga, do Nordeste do Brasil, com sede no Recife, PE. A iniciativa da primeira reunião deste grupo partiu do padre Orsini Nuvens Linard, então inspetor, que em 1988 lançou a ideia junto a alguns ex-salesianos residentes na Capital. Assim realizou-se o primeiro encontro em Jaboatão Colônia, casa de formação salesiana das mais antigas do Nordeste.  
Terça, 15 Janeiro 2013 18:34

Educar como Dom Bosco

Escrito por
  “Como Dom Bosco educador, ofereçamos aos jovens o Evangelho da alegria mediante a pedagogia da bondade” (Estreia 2013).   A Estreia, no contexto salesiano, tem uma importância solene. Criada por Dom Bosco, trata-se de um documento no qual são traçadas as diretrizes que pautarão as ações da Família Salesiana no ano que se inicia. A Estreia é apresentada no último dia do ano pelo Reitor-mor e endereçada a cada salesiano e salesiana, leigo, educador e aluno das escolas, obras sociais e instituições que seguem os passos de Dom Bosco, no Brasil e no mundo.  
Quarta, 02 Janeiro 2013 08:05

Estreia 2013: como Dom Bosco educador

Escrito por
Respeitando a tradição, o Reitor-Mor lançou oficialmente a Estreia 2013 indo visitar a Casa Geral das Filhas de Maria Auxiliadora no início da tarde de 31 de dezembro. A tradição iniciada em 1849 pelo mesmo Dom Bosco prossegue com um tema dedicado ao conhecimento e aprofundamento da sua pedagogia, que é o segundo tema da caminhada trienal de preparação à celebração do bicentenário de seu nascimento (1815-2015). Na solene simplicidade do clima de família, o P. Pascual Chávez reuniu-se no Auditorium da Casa Geral das FMA com a Madre Yvonne Reungoat, mais uma densa representação de FMA e alguns Membros da FS. A eles apresentou, brevemente, o tema e a estrutura da Estreia 2013 expressa no já conhecido lema: “Como Dom Bosco educador, ofereçamos aos jovens o Evangelho da alegria mediante a pedagogia da bondade”. O verdadeiro “presente” (de que advém a palavra ‘estreia’), entretanto, é o texto que o Reitor-Mor publica e oferece a toda a Família Salesiana. São páginas que devem ser lidas, estudadas, aprofundadas, pessoalmente e nos vários organismos de animação de cada grupo, local e territorial. “A nossa abordagem, também agora, não é só intelectual. De um lado, é certamente necessário o estudo profundo da Pedagogia Salesiana a fim atualizá-la segundo a sensibilidade e as exigências do nosso tempo. Hoje, os contextos sociais, econômicos, culturais, políticos, religiosos, nos quais estamos a viver a vocação e a realizar a missão salesiana, estão profundamente alterados. Por outro lado, para a fidelidade carismática ao nosso Pai, é igualmente necessário fazer nosso o conteúdo e o método da sua oferta educativa e pastoral. No contexto da sociedade de hoje, somos chamados a ser santos educadores como ele, entregando a nossa vida como ele, trabalhando com e pelos jovens”. A par de algumas reflexões sobre os princípios consolidados do Sistema Preventivo (Razão, Religião, Bondade (ou'Amorevolezza'), Bom cristão e honesto cidadão), o Reitor-Mor oferece grandes pontos de referência, e empenhos, à FS. É um autêntico percurso de conhecimento e avaliação, com estímulos para uma formação e programação mais eficientes. Intenso é o acento – como sugere o versículo que acompanha o lema: «Alegrai-vos sempre no Senhor; repito: alegrai-vos» (Fl 4,4) – sobre o Evangelho da alegria, que deve ser entendido não como um “sentimento efêmero, mas como uma energia interior, que resiste também às dificuldades da vida”. “O Evangelho da alegria caracteriza toda a história de Dom Bosco e é a alma das suas múltiplas obras. Captou Dom Bosco o desejo de felicidade presente nos jovens e demonstrou a sua alegria de viver, com expressões quais alegria, pátio, festa; mas jamais deixou de indicar a Deus como fonte da verdadeira alegria” – escreve o Reitor-Mor em seu comento. Para encerrar, o padre Pacual Chávez focaliza Mamãe Margarida, a Venerável Mãe de Dom Bosco: “Foi dela que Dom Bosco aprendeu aqueles valores e atitudes que praticou com os seus meninos e que, com o passar dos anos, deixou aos Salesianos, tornando-se a base da sua pedagogia”. Um modo simples e direto que lembra como a eficácia de uma boa pedagogia salesiana está intrinsecamente ligada ao educador que inevitavelmente, por assimilação vital, transmite os valores, em que acredita, a quem lhe está perto num continuado relacionamento e diálogo.  O texto integral da Estreia está à disposição no site < sdb.org > junto com seu videocomentário. O texto da Estreia encontra-se também nos Atos do Conselho Geral (ACG), n. 415.