A comunidade salesiana do Sudão do Sul organizou uma Comissão de Resposta as Emergências (Salesian Emergency Response) da qual fazem parte, com funções específicas e bem definidas, cinco salesianos, duas irmãs da Congregação Irmãs Caridade de Jesus, grupo pertencente à Família Salesiana, e uma irmã FMA (Filha de Maria Auxiliadora). A criação dessa Comissão tem como objetivo oferecer uma cooperação adequada da Missão Salesiana nas operações de socorro no Sudão do Sul.
“Sou muito grato ao reitor-mor, padre Pascual Chávez, ao padre Václav Klement e a toda a equipe do ‘Don Bosco Network’ pela imediata resposta e sua disponibilidade em ajudar-nos – escreveu o padre Ferrington, delegado inspetorial para os dois Sudões –. A situação aqui em Juba é suficientemente calma, embora haja ainda esporadicamente tiroteios e mortes, sobretudo por vingança. Há dois dias foi realizado um sepultamento em massa de cerca de 30 pessoas - todos soldados e oficiais do exército. Quando os soldados se afastam, é quase certo que as lutas reiniciam. A população, por isso, continua vivendo no medo, e traumatizada”.
Na última quarta-feira, 8 de janeiro, vários salesianos e outros responsáveis pelas comunidades religiosas em Juba, capital do Sudão do Sul, visitaram um campo de refugiados preparado pela ONU (Organização das Nações Unidas), onde estão presentes cerca de 9.000 pessoas. A visita teve como intuito encorajar os refugiados e mostrar a eles a proximidade da Igreja.
A Missão Salesiana conseguiu o apoio da Secretaria de Resposta às Emergências da Missão ONU e está tentando obter o fornecimento de alimentos, remédios, material de primeiros socorros e de higiene da Organização Internacional para as Migrações. Graças à Procuradoria Missionária Salesiana de New Rochelle, também o ‘Catholic Relief Service’ em Juba estabeleceu contatos com os Salesianos.
Alguns refugiados, anteriormente acolhidos na missão salesiana, já deixaram o campo, porque encontraram refúgio entre os seus parentes. Os demais continuam e registram-se também novas chegadas. Os religiosos e os seus colaboradores continuam percorrerendo o território da Paróquia para levar auxílios aos necessitados.
Teme-se que os efeitos do conflito se estendam também a outras áreas do país, onde os salesianos contam com mais três obras. São muitos os refugiados que fogem das regiões mais afetadas pelo conflito, especialmente pelo lado do Quênia. As escolas estão fechadas, falta combustível, muitos lojistas abandonaram o país e é grande o número de jovens que foram convocados aos conflitos e tiveram de deixar o emprego.
InfoANS