Missões
O salesiano irmão, Lothar Wagner, da obra salesiana “Dom Bosco Fambul”, enviou em 19 de abril o relatório anual do Centro de acolhida para meninas vítimas de violência, que há dois anos funciona na obra. Desde que foi aberto, os agentes do centro relacionaram 521 casos de meninas e jovens mulheres vitimadas pela violência, a partir da intervenção de crise e prosseguindo com o acompanhamento e apoio a longo prazo.   O centro de acolhida, aberto 24 horas, é gerido por agentes sociopastorais profissionais. No seu segundo relatório anual, irmão Lothar Wagner apresentou dados estarrecedores, pois consta que estão aumentando não só os casos de violência sobre as mulheres, mas também sobre crianças e meninas com menos de 14 anos.   “Algumas das jovens são mantidas como escravas pelos seus torturadores com frequência por anos” – disse Wagner aos jornalistas. Apresentando o perfil criminoso dos autores das violências, o salesiano ressaltou que com frequência se trata de professores, de chefes religiosos, assim como de desconhecidos mas ativos no tráfico de crianças e adolescentes.   Com dados em mão, o salesiano também criticou com veemência as autoridades investigadoras, porque parecem aceitar uma “cultura da impunidade”. E relatou o caso de uma menina de 13 anos que, após sofrer violência de grupo por parte de cinco rapazes, e ter sido submetida durante cinco dias a tratamentos intensivos, morreu. A polícia nunca indagou sobre o caso, apesar dos repetidos apelos apresentados pelo ‘Dom Bosco Fambul’.   Os processos de investigação de 37 episódios de violência, além disso, foram abertamente manipulados ou deliberadamente refreados pelas autoridades investigadoras. Os responsáveis foram soltos e desapareceram sem deixar traço, apesar das provas evidentes contra eles. Só uma pequena parte dos casos de violência chega até o tribunal para ser punida: apenas quatro dessas 37 vítimas de estupro estão procedendo em tribunal contra as manipulações das autoridades, a despeito de que um grande número dessas jovens tenha ficado gravemente traumatizada. “Obviamente, nós nos preocupamos também para que essas meninas não voltem a ser novamente vitimadas, e que o seu trauma não se repita” – explica Wagner.   O chefe do departamento da linha de crise para crianças e meninos do ‘Don Bosco Fambul’ apresentou estatísticas que confirmam plenamente a tese de Wagner. Segundo uma pesquisa sobre os temas “abuso sexual” e “estupro”, tais atos sofreram um aumento nos últimos anos: 745 meninas e 34 meninos afirmaram ter sofrido casos de violência sexual, e a maior parte deles não quer apresentar denúncia à polícia contra os responsáveis.   Nos próximos anos, prometeu Wagner, ‘Dom Bosco Fambul’ intensificará ainda mais os serviços do Centro de acolhida para meninas vítimas de violência e a sua ação de pressão sobre a opinião pública e as autoridades, a fim de que se conteste com veemência o problema.   InfoANS
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O salesiano irmão, Lothar Wagner, da obra salesiana “Dom Bosco Fambul”, enviou em 19 de abril o relatório anual do Centro de acolhida para meninas vítimas de violência, que há dois anos funciona na obra. Desde que foi aberto, os agentes do centro relacionaram 521 casos de meninas e jovens mulheres vitimadas pela violência, a partir da intervenção de crise e prosseguindo com o acompanhamento e apoio a longo prazo.   O centro de acolhida, aberto 24 horas, é gerido por agentes sociopastorais profissionais. No seu segundo relatório anual, irmão Lothar Wagner apresentou dados estarrecedores, pois consta que estão aumentando não só os casos de violência sobre as mulheres, mas também sobre crianças e meninas com menos de 14 anos.   “Algumas das jovens são mantidas como escravas pelos seus torturadores com frequência por anos” – disse Wagner aos jornalistas. Apresentando o perfil criminoso dos autores das violências, o salesiano ressaltou que com frequência se trata de professores, de chefes religiosos, assim como de desconhecidos mas ativos no tráfico de crianças e adolescentes.   Com dados em mão, o salesiano também criticou com veemência as autoridades investigadoras, porque parecem aceitar uma “cultura da impunidade”. E relatou o caso de uma menina de 13 anos que, após sofrer violência de grupo por parte de cinco rapazes, e ter sido submetida durante cinco dias a tratamentos intensivos, morreu. A polícia nunca indagou sobre o caso, apesar dos repetidos apelos apresentados pelo ‘Dom Bosco Fambul’.   Os processos de investigação de 37 episódios de violência, além disso, foram abertamente manipulados ou deliberadamente refreados pelas autoridades investigadoras. Os responsáveis foram soltos e desapareceram sem deixar traço, apesar das provas evidentes contra eles. Só uma pequena parte dos casos de violência chega até o tribunal para ser punida: apenas quatro dessas 37 vítimas de estupro estão procedendo em tribunal contra as manipulações das autoridades, a despeito de que um grande número dessas jovens tenha ficado gravemente traumatizada. “Obviamente, nós nos preocupamos também para que essas meninas não voltem a ser novamente vitimadas, e que o seu trauma não se repita” – explica Wagner.   O chefe do departamento da linha de crise para crianças e meninos do ‘Don Bosco Fambul’ apresentou estatísticas que confirmam plenamente a tese de Wagner. Segundo uma pesquisa sobre os temas “abuso sexual” e “estupro”, tais atos sofreram um aumento nos últimos anos: 745 meninas e 34 meninos afirmaram ter sofrido casos de violência sexual, e a maior parte deles não quer apresentar denúncia à polícia contra os responsáveis.   Nos próximos anos, prometeu Wagner, ‘Dom Bosco Fambul’ intensificará ainda mais os serviços do Centro de acolhida para meninas vítimas de violência e a sua ação de pressão sobre a opinião pública e as autoridades, a fim de que se conteste com veemência o problema.   InfoANS
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