Comunicação
Sexta, 21 Junho 2013 16:32

Os desafios da educação na era digital

Escrito por
Vivemos em um tempo de transformações rápidas, momento da história da evolução humana.  Tempo tão veloz que se torna difícil seguir o curso normal das coisas. A corrida da era digital está apenas começando. Novas formas de interagir, comunicar, informar, educar. Estamos diante de uma realidade jamais imaginada, e de um futuro de incertezas e desafios. Um mundo construído com novas informações, de diferentes formas: onde estamos, o que fazemos e do que gostamos. O que devemos fazer com essas informações? Uma alternativa é “viver intensamente” o tempo presente e compreender um futuro em que a tecnologia irá nos direcionar por caminhos jamais imaginados. Por outro lado, um mundo onde é fundamental preparar a geração dos chamados “nativos”, os nascidos na era digital, não apenas para o uso das mídias ou um bom desempenho escolar, mas também para os valores humanos, éticos e para o respeito das diversidades. A escola e o docente precisam valorizar a tecnologia como instrumento de aprendizagem e, ao mesmo tempo, entender que tal tarefa não é simples. É preciso deixar de lado a forma como fomos educados, no processo linear, na família, na Igreja e na sociedade. “Pois o “digital” possibilita outro modo de pensar, outra forma de construir o conhecimento, pautado em uma lógica não mais linear, mas em um conjunto de nós ligados por conexões” (Pierre Levy).
Padre Filiberto González, conselheiro geral para as Comunicações Sociais da Congregação Salesiana, falou ao portal “Vatican Insider” sobre como a importância das redes sociais para a Família Salesiana (FS). Leia a entrevista abaixo:   Como está a Família Salesiana na área das Comunicações Sociais? Penso que sempre estivemos dentro deste mundo e desta atmosfera das Comunicações Sociais. Dom Bosco era um homem de proa nesta área, antes, diria, de muita santa ambição, porque desejava conquistar todas as almas possíveis para Deus. Quando escreveu a circular sobre a “Difusão dos bons livros”, afirmou que se tratava de uma das prioridades apostólicas que Deus lhe havia confiado. Entretanto acho também que neste âmbito nos tenham por vezes faltado a coragem, a criatividade e a visão educativo-pastoral de Dom Bosco.   Por que os salesianos deveriam estar nas "social networks". Tem sentido que eles usem Facebook e Twitter para seu apostolado? A exemplo de Dom Bosco e a pedido das nossas Constituições, existem alguns critérios de fundo que podem aplicar-se aos novos tempos, às novas culturas e aos novos jovens. Tais critérios se podem exprimir com pequenas frases como, por exemplo, onde estão os jovens, ali estão os salesianos; o salesiano é aberto e cordial, pronto a dar o primeiro passo; o salesiano acolhe os valores do mundo e abstém-se de lamuriar acerca do próprio tempo: aceita tudo o que há de bom, especialmente se for do agrado dos jovens. Mas não basta, porque falta a coisa mais importante: quem comunicará o amor de Deus aos milhões de jovens que habitam o novo continente digital e se comunicam entre si em novos espaços e com novas linguagens? Penso que se trate do continente mais juvenil, e por isso, mais salesiano. A salvação dos jovens torna-se o critério mais importante para estar presentes e viver nas "social networks".   Podem as "social networks" tornar-se para muitos salesianos um novo tipo de oratório em que encontrar-se com os jovens? Estou convencido disso. Trata-se do oratório físico e do oratório virtual, ambos reais: juntos! Em ambos os oratórios há e vivem jovens que buscam alguma coisa: conhecer, partilhar, dialogar, exprimir-se, fazer amigos... Falta quem os acompanhe com abertura e autenticidade de vida, sem preconceitos, e valorizando sempre a nova cultura. O bom do oratório é que, sendo um espaço aberto que se radica na qualidade dos relacionamentos e das propostas, faz todo o mundo crescer. Tais redes sociais são um espaço adaptado para criar clima de família, de amizade, de educação mútua, de busca a Deus. Neste novo tipo de oratório encontram espaço valores e atividades em que os jovens são os protagonistas, os criadores acompanhados, como Dom Bosco queria e fazia em Valdocco.   InfoANS
  O conselheiro geral para as Comunicações Sociais da Congregação Salesiana, padre Filiberto Gonzáles Plasencia, esteve no Brasil nos dias 16 de fevereiro a 8 de março para uma visita de animação e incentivo às seis inspetorias SDB do país.   Acompanhar o desenvolvimento das comunicações sociais nas presenças salesianas e incentivar a continuidade do trabalho realizado na área foram os objetivos da visita realizada pelo conselheiro geral para as Comunicações Sociais da Congregação Salesiana, padre Filiberto Gonzáles Plasencia, ao Brasil. Ele esteve no país entre os dias 16 de fevereiro e 8 de março para visitar as seis inspetorias dos Salesianos de Dom Bosco (SDB) e a sede da Conferência dos Salesianos de Dom Bosco do Brasil (Cisbrasil). Em sua passagem pelo Brasil, o conselheiro acompanhou de perto o que tem sido realizado na área de comunicação social em cada uma das inspetorias e também auxiliou no conhecimento e aplicação do novo Sistema Salesiano de Comunicação Social (SSCS). “É essencial continuar a colaborar com os inspetores e os delegados de Comunicação Social no conhecimento e aplicação do novo SSCS. Trata-se de um processo partilhado entre salesianos e leigos que, na medida em que for aplicado, mudará o modo de ver a comunicação social e o seu papel na missão salesiana”, afirmou o conselheiro. Em entrevista ao Boletim Salesiano, padre Filiberto falou de suas impressões sobre a comunicação social no Brasil e apontou os desafios colocados para o próximo período.  
  Em 1933, quando era celebrado o cinquentenário da chegada dos primeiros salesianos ao Brasil, o Boletim Salesiano, em janeiro-fevereiro (ano XXX, n. 1), fez uma edição especial dedicada ao tema. Entre os artigos, publicou na íntegra uma carta de dom Pedro Maria de Lacerda, bispo do Rio de Janeiro, datada de 1883, “pedindo auxílio para a fundação da Obra Salesiana no Brasil”.   Dom Pedro Maria de Lacerda, então bispo do Rio de Janeiro, foi o grande incentivador para a vinda dos salesianos ao Brasil. Seu contato com os salesianos, como conta o próprio bispo, foi em 1875, quando a primeira expedição missionária, dirigindo-se para a Argentina, fez uma breve passagem pelo Brasil: “Corria o mês de Dezembro do ano de 1875, quando na vespera da Festa da Imaculada Conceição [...] nos foi dito em o Palacio Episcopal da Conceição, que na sala de entrada se achavam Padres extrangeiros, que nos queriam vêr e saudar. Eram os primeiros Salesianos, que pela vez primeira pisavam terras da America, vindos da pátria de Colombo e Americo Vespucio [...] Muito ainda folgamos ao pensar, que somos o primeiro Bispo de toda a America que viu, acolheu, festejou e abençoou os filhos espirituais do respeitavel e sábio Padre D. Bosco, famoso na Italia, celebrado na America do Sul e no mundo”. Após este primeiro encontro, vieram outros: na passagem pelo Rio de Janeiro, em 1876, da segunda expedição enviada por Dom Bosco às Américas; na visita feita pelo salesiano padre Luís Lasagna (Dom Lasagna), que coordenava os trabalhos salesianos no continente e foi, depois, o iniciador da obra também no Brasil; e em uma entrevista de dom Lacerda com o próprio Dom Bosco, em 1877, em Roma, na Itália. Em todas essas ocasiões, bem como por meio de cartas e apelos, dom Lacerda insistiu para que Dom Bosco enviasse missionários também ao Brasil e iniciasse aqui sua obra. Conta dom Lacerda: “Foi pois aí nesse Palacio Apostólico do Vaticano, e junto do sagrado tumulo de S. Pedro, que nós pedimos ao mesmo D. Bosco que enviasse para o Rio de Janeiro alguns de seus Salesianos, e tivemos a doce consolação e ventura de ouvir de sua própria boca, palavras de boas e bem fundadas esperanças”. Convidado a conhecer a obra salesiana em Turim, dom Lacerda afirma: “Vimos em Turim maravilhas quasi incríveis, mas realíssimas!... E estas maravilhas se reproduzem dentro em pouco onde quer que êstes homens se estabeleçam, e a prova em nossa America temos nas republicas Argentina e Oriental e na mesma Patagonia. E o que não é menor maravilha, os Salesianos dentro em poucos dias travam amizade com todos pela alegria, que parece o caracter dominante no geral destes bons homens, muito populares, desinteressados, humildes, obedientes, zelosos e amigos da mocidade e do florescimento dos ofícios, artes e letras”. O bispo completa, com esperança que em breve seria retribuída positivamente por Dom Bosco: “Feliz, pois, de nossa Diocese se eles se puderem nela estabelecer e prosperar...”.   Fonte dos originais: Arquivo da Inspetoria Salesiana Nossa Senhora Auxiliadora - SP
  A história dos salesianos no Brasil é preservada – e “contada” sob diferentes aspectos – por pelo menos cinco frentes de documentação histórica. Conheça um pouco mais sobre elas!   Olhar para um fato ou momento e enxergar nele sua importância sob uma ótica futura é uma missão nobre. Quem a realiza talvez não tenha a oportunidade de colher desses frutos, mas o faz pensando naqueles que virão. Assim tem sido desde que os primeiros salesianos chegaram ao Brasil, 130 anos atrás, para integrar sua história à de um país que passava por profundas transformações sociais. A história dos salesianos e salesianas se mistura com o próprio desenvolvimento do Brasil. Os fatos, entretanto, não se desenrolaram com tanta clareza e linearidade. À chegada de dom Luis Lasagna ao Rio de Janeiro, se entrelaçam as demais linhas do tempo e que hoje são contadas por pelo menos cinco frentes salesianas de documentação histórica, no Brasil. O Museu de História dos Salesianos no Brasil, o Museu das Culturas Dom Bosco, o Arquivo da Inspetoria de São Paulo, o Memorial Histórico do Colégio Santa Rosa e o Centro Salesiano de Documentação e Pesquisa têm se empenhado na missão de catalogar e preservar essa história, com fotos, artigos, cartas, utensílios e toda série de documentos que fazem uma espécie de túnel do tempo, trazendo esse legado às gerações presentes.  
A RSE lança o site da Nossa Turma, projeto que traz o dia a dia das escolas da Rede para o universo dos quadrinhos.   A partir de 29 de abril, o projeto Nossa Turma, da Rede Salesiana de Escolas (RSE), ganha um site próprio, no qual será possível acompanhar as publicações, ver as tirinhas mais antigas, conhecer os personagens e até sugerir temas para novas histórias. O projeto Nossa Turma, que já está presente nas redes sociais e no portal da RSE, traz a publicação diária de “tirinhas” sobre temas do meio cristão, católico e salesiano, com histórias vividas por mais de 30 personagens que representam alunos, educadores, irmãs e padres.   “O projeto Nossa Turma originou-se da necessidade de repassar os valores presentes na RSE a partir de uma linguagem mais próxima do cotidiano em que os alunos estão inseridos, o que pode ser observado nas histórias já presentes nas redes sociais”, afirma o assessor de Comunicação da Rede Salesiana de Escolas, Célio Ballona. Em pouco mais de um mês de existência, a Nossa Turma já tratou de assuntos como a Campanha da Fraternidade 2013, a Jornada Mundial da Juventude, os caminhos da santidade, o poder da oração, o amor à natureza, a cidadania no trânsito e o relacionamento com colegas e professores, entre outros.   As “dicas de Dom Bosco” para um bom relacionamento escolar e os “S” salesianos (Sucesso, Saúde, Sustentabilidade, Sabedoria, Solidariedade e Saudade) também são temas constantes nas tirinhas. “O Nossa Turma visa criar um ambiente de interação entre alunos, educadores e família, reforçando o ideal da RSE de formar bons cristãos e honestos cidadãos, consolidando a marca como referência de unidade e valores. Além disso, o projeto busca, a partir da interlocução dos personagens, fortalecer e dar visibilidade para o projeto pedagógico-pastoral da Rede Salesiana de Escolas através de cada história criada. Também abordamos, com essa iniciativa, valores gerais da fé cristã e situações típicas do ambiente escolar”, completa Célio.  
Comunicação
Sexta, 21 Junho 2013 16:32

Os desafios da educação na era digital

Escrito por
Vivemos em um tempo de transformações rápidas, momento da história da evolução humana.  Tempo tão veloz que se torna difícil seguir o curso normal das coisas. A corrida da era digital está apenas começando. Novas formas de interagir, comunicar, informar, educar. Estamos diante de uma realidade jamais imaginada, e de um futuro de incertezas e desafios. Um mundo construído com novas informações, de diferentes formas: onde estamos, o que fazemos e do que gostamos. O que devemos fazer com essas informações? Uma alternativa é “viver intensamente” o tempo presente e compreender um futuro em que a tecnologia irá nos direcionar por caminhos jamais imaginados. Por outro lado, um mundo onde é fundamental preparar a geração dos chamados “nativos”, os nascidos na era digital, não apenas para o uso das mídias ou um bom desempenho escolar, mas também para os valores humanos, éticos e para o respeito das diversidades. A escola e o docente precisam valorizar a tecnologia como instrumento de aprendizagem e, ao mesmo tempo, entender que tal tarefa não é simples. É preciso deixar de lado a forma como fomos educados, no processo linear, na família, na Igreja e na sociedade. “Pois o “digital” possibilita outro modo de pensar, outra forma de construir o conhecimento, pautado em uma lógica não mais linear, mas em um conjunto de nós ligados por conexões” (Pierre Levy).
Padre Filiberto González, conselheiro geral para as Comunicações Sociais da Congregação Salesiana, falou ao portal “Vatican Insider” sobre como a importância das redes sociais para a Família Salesiana (FS). Leia a entrevista abaixo:   Como está a Família Salesiana na área das Comunicações Sociais? Penso que sempre estivemos dentro deste mundo e desta atmosfera das Comunicações Sociais. Dom Bosco era um homem de proa nesta área, antes, diria, de muita santa ambição, porque desejava conquistar todas as almas possíveis para Deus. Quando escreveu a circular sobre a “Difusão dos bons livros”, afirmou que se tratava de uma das prioridades apostólicas que Deus lhe havia confiado. Entretanto acho também que neste âmbito nos tenham por vezes faltado a coragem, a criatividade e a visão educativo-pastoral de Dom Bosco.   Por que os salesianos deveriam estar nas "social networks". Tem sentido que eles usem Facebook e Twitter para seu apostolado? A exemplo de Dom Bosco e a pedido das nossas Constituições, existem alguns critérios de fundo que podem aplicar-se aos novos tempos, às novas culturas e aos novos jovens. Tais critérios se podem exprimir com pequenas frases como, por exemplo, onde estão os jovens, ali estão os salesianos; o salesiano é aberto e cordial, pronto a dar o primeiro passo; o salesiano acolhe os valores do mundo e abstém-se de lamuriar acerca do próprio tempo: aceita tudo o que há de bom, especialmente se for do agrado dos jovens. Mas não basta, porque falta a coisa mais importante: quem comunicará o amor de Deus aos milhões de jovens que habitam o novo continente digital e se comunicam entre si em novos espaços e com novas linguagens? Penso que se trate do continente mais juvenil, e por isso, mais salesiano. A salvação dos jovens torna-se o critério mais importante para estar presentes e viver nas "social networks".   Podem as "social networks" tornar-se para muitos salesianos um novo tipo de oratório em que encontrar-se com os jovens? Estou convencido disso. Trata-se do oratório físico e do oratório virtual, ambos reais: juntos! Em ambos os oratórios há e vivem jovens que buscam alguma coisa: conhecer, partilhar, dialogar, exprimir-se, fazer amigos... Falta quem os acompanhe com abertura e autenticidade de vida, sem preconceitos, e valorizando sempre a nova cultura. O bom do oratório é que, sendo um espaço aberto que se radica na qualidade dos relacionamentos e das propostas, faz todo o mundo crescer. Tais redes sociais são um espaço adaptado para criar clima de família, de amizade, de educação mútua, de busca a Deus. Neste novo tipo de oratório encontram espaço valores e atividades em que os jovens são os protagonistas, os criadores acompanhados, como Dom Bosco queria e fazia em Valdocco.   InfoANS
  O conselheiro geral para as Comunicações Sociais da Congregação Salesiana, padre Filiberto Gonzáles Plasencia, esteve no Brasil nos dias 16 de fevereiro a 8 de março para uma visita de animação e incentivo às seis inspetorias SDB do país.   Acompanhar o desenvolvimento das comunicações sociais nas presenças salesianas e incentivar a continuidade do trabalho realizado na área foram os objetivos da visita realizada pelo conselheiro geral para as Comunicações Sociais da Congregação Salesiana, padre Filiberto Gonzáles Plasencia, ao Brasil. Ele esteve no país entre os dias 16 de fevereiro e 8 de março para visitar as seis inspetorias dos Salesianos de Dom Bosco (SDB) e a sede da Conferência dos Salesianos de Dom Bosco do Brasil (Cisbrasil). Em sua passagem pelo Brasil, o conselheiro acompanhou de perto o que tem sido realizado na área de comunicação social em cada uma das inspetorias e também auxiliou no conhecimento e aplicação do novo Sistema Salesiano de Comunicação Social (SSCS). “É essencial continuar a colaborar com os inspetores e os delegados de Comunicação Social no conhecimento e aplicação do novo SSCS. Trata-se de um processo partilhado entre salesianos e leigos que, na medida em que for aplicado, mudará o modo de ver a comunicação social e o seu papel na missão salesiana”, afirmou o conselheiro. Em entrevista ao Boletim Salesiano, padre Filiberto falou de suas impressões sobre a comunicação social no Brasil e apontou os desafios colocados para o próximo período.  
  Em 1933, quando era celebrado o cinquentenário da chegada dos primeiros salesianos ao Brasil, o Boletim Salesiano, em janeiro-fevereiro (ano XXX, n. 1), fez uma edição especial dedicada ao tema. Entre os artigos, publicou na íntegra uma carta de dom Pedro Maria de Lacerda, bispo do Rio de Janeiro, datada de 1883, “pedindo auxílio para a fundação da Obra Salesiana no Brasil”.   Dom Pedro Maria de Lacerda, então bispo do Rio de Janeiro, foi o grande incentivador para a vinda dos salesianos ao Brasil. Seu contato com os salesianos, como conta o próprio bispo, foi em 1875, quando a primeira expedição missionária, dirigindo-se para a Argentina, fez uma breve passagem pelo Brasil: “Corria o mês de Dezembro do ano de 1875, quando na vespera da Festa da Imaculada Conceição [...] nos foi dito em o Palacio Episcopal da Conceição, que na sala de entrada se achavam Padres extrangeiros, que nos queriam vêr e saudar. Eram os primeiros Salesianos, que pela vez primeira pisavam terras da America, vindos da pátria de Colombo e Americo Vespucio [...] Muito ainda folgamos ao pensar, que somos o primeiro Bispo de toda a America que viu, acolheu, festejou e abençoou os filhos espirituais do respeitavel e sábio Padre D. Bosco, famoso na Italia, celebrado na America do Sul e no mundo”. Após este primeiro encontro, vieram outros: na passagem pelo Rio de Janeiro, em 1876, da segunda expedição enviada por Dom Bosco às Américas; na visita feita pelo salesiano padre Luís Lasagna (Dom Lasagna), que coordenava os trabalhos salesianos no continente e foi, depois, o iniciador da obra também no Brasil; e em uma entrevista de dom Lacerda com o próprio Dom Bosco, em 1877, em Roma, na Itália. Em todas essas ocasiões, bem como por meio de cartas e apelos, dom Lacerda insistiu para que Dom Bosco enviasse missionários também ao Brasil e iniciasse aqui sua obra. Conta dom Lacerda: “Foi pois aí nesse Palacio Apostólico do Vaticano, e junto do sagrado tumulo de S. Pedro, que nós pedimos ao mesmo D. Bosco que enviasse para o Rio de Janeiro alguns de seus Salesianos, e tivemos a doce consolação e ventura de ouvir de sua própria boca, palavras de boas e bem fundadas esperanças”. Convidado a conhecer a obra salesiana em Turim, dom Lacerda afirma: “Vimos em Turim maravilhas quasi incríveis, mas realíssimas!... E estas maravilhas se reproduzem dentro em pouco onde quer que êstes homens se estabeleçam, e a prova em nossa America temos nas republicas Argentina e Oriental e na mesma Patagonia. E o que não é menor maravilha, os Salesianos dentro em poucos dias travam amizade com todos pela alegria, que parece o caracter dominante no geral destes bons homens, muito populares, desinteressados, humildes, obedientes, zelosos e amigos da mocidade e do florescimento dos ofícios, artes e letras”. O bispo completa, com esperança que em breve seria retribuída positivamente por Dom Bosco: “Feliz, pois, de nossa Diocese se eles se puderem nela estabelecer e prosperar...”.   Fonte dos originais: Arquivo da Inspetoria Salesiana Nossa Senhora Auxiliadora - SP
  A história dos salesianos no Brasil é preservada – e “contada” sob diferentes aspectos – por pelo menos cinco frentes de documentação histórica. Conheça um pouco mais sobre elas!   Olhar para um fato ou momento e enxergar nele sua importância sob uma ótica futura é uma missão nobre. Quem a realiza talvez não tenha a oportunidade de colher desses frutos, mas o faz pensando naqueles que virão. Assim tem sido desde que os primeiros salesianos chegaram ao Brasil, 130 anos atrás, para integrar sua história à de um país que passava por profundas transformações sociais. A história dos salesianos e salesianas se mistura com o próprio desenvolvimento do Brasil. Os fatos, entretanto, não se desenrolaram com tanta clareza e linearidade. À chegada de dom Luis Lasagna ao Rio de Janeiro, se entrelaçam as demais linhas do tempo e que hoje são contadas por pelo menos cinco frentes salesianas de documentação histórica, no Brasil. O Museu de História dos Salesianos no Brasil, o Museu das Culturas Dom Bosco, o Arquivo da Inspetoria de São Paulo, o Memorial Histórico do Colégio Santa Rosa e o Centro Salesiano de Documentação e Pesquisa têm se empenhado na missão de catalogar e preservar essa história, com fotos, artigos, cartas, utensílios e toda série de documentos que fazem uma espécie de túnel do tempo, trazendo esse legado às gerações presentes.  
A RSE lança o site da Nossa Turma, projeto que traz o dia a dia das escolas da Rede para o universo dos quadrinhos.   A partir de 29 de abril, o projeto Nossa Turma, da Rede Salesiana de Escolas (RSE), ganha um site próprio, no qual será possível acompanhar as publicações, ver as tirinhas mais antigas, conhecer os personagens e até sugerir temas para novas histórias. O projeto Nossa Turma, que já está presente nas redes sociais e no portal da RSE, traz a publicação diária de “tirinhas” sobre temas do meio cristão, católico e salesiano, com histórias vividas por mais de 30 personagens que representam alunos, educadores, irmãs e padres.   “O projeto Nossa Turma originou-se da necessidade de repassar os valores presentes na RSE a partir de uma linguagem mais próxima do cotidiano em que os alunos estão inseridos, o que pode ser observado nas histórias já presentes nas redes sociais”, afirma o assessor de Comunicação da Rede Salesiana de Escolas, Célio Ballona. Em pouco mais de um mês de existência, a Nossa Turma já tratou de assuntos como a Campanha da Fraternidade 2013, a Jornada Mundial da Juventude, os caminhos da santidade, o poder da oração, o amor à natureza, a cidadania no trânsito e o relacionamento com colegas e professores, entre outros.   As “dicas de Dom Bosco” para um bom relacionamento escolar e os “S” salesianos (Sucesso, Saúde, Sustentabilidade, Sabedoria, Solidariedade e Saudade) também são temas constantes nas tirinhas. “O Nossa Turma visa criar um ambiente de interação entre alunos, educadores e família, reforçando o ideal da RSE de formar bons cristãos e honestos cidadãos, consolidando a marca como referência de unidade e valores. Além disso, o projeto busca, a partir da interlocução dos personagens, fortalecer e dar visibilidade para o projeto pedagógico-pastoral da Rede Salesiana de Escolas através de cada história criada. Também abordamos, com essa iniciativa, valores gerais da fé cristã e situações típicas do ambiente escolar”, completa Célio.