A comunidade salesiana e paroquial do Santuário do Sagrado Coração de Bolonha, Itália, comemorou, no último dia 21 de outubro, o centenário da consagração do templo a partir do qual, ainda hoje, propaga-se a devoção ao Sagrado Coração de Jesus. A celebração do centenário coincidiu com a Abertura Diocesana do Ano da Fé.
A Eucaristia foi presidida pelo vigário Bispo de Bolonha, padre Giovanni Silvagni. Estiveram presentes também o pároco, padre Antonio Rota, o diretor do instituto salesiano, padre Gianni Danesi, a comunidade salesiana e milhares de fiéis. Para a ocasião, foi reaberta a capela da pia batismal, totalmente restaurada, e os presentes renovaram suas promessas batismais.
Os salesianos chegaram a Bolonha por iniciativa do cardeal Domenico Svampa, que desejava fazer parte dos salesianos cooperadores e que, em 22 de fevereiro de 1897, no lançamento da pedra fundamental do Instituto Salesiano, na presença das autoridades civis, do beato Michele Rua, sucessor de Dom Bosco e de mais de 10 mil pessoas, disse: "Os Filhos de Dom Bosco cuidarão com zelo e amor a sábia educação dos filhos do povo, e preparando, para Bolonha, uma geração melhor."
O próprio cardeal Svampa, frente ao convite feito pelo Papa Leão XIII solicitando que consagrasse ao Sagrado Coração as dioceses e as nações, tomou a iniciativa de erigir, ao lado do Instituto Salesiano, este monumento artístico em nome de todos os católicos da Itália. O projeto foi confiado a um dos principais arquitetos da época, Collamarini, que inspirou-se nas grandes basílicas bizantinas, equipando-o com uma grande cúpula de 63 m de altura e, respeitando a tradição bolonhesa, quis que se parecesse com um bordado de tijolos vermelhos.
Em 16 de Outubro de 1912, o arcebispo de Bolonha, monsenhor Giacomo Della Chiesa, futuro Papa Bento XV, consagrou solenemente o novo templo dedicado ao Sagrado Coração, que logo se tornou, junto com a Madonna di San Luca, destino de peregrinações anuais para os bolonheses. Nos anos 30, o santuário foi renovado por um grande salesiano, o padre Antonio Gavinelli, que reconstruiu a cúpula destruída por um terremoto em 1929 e enriqueceu o santuário com pinturas, altares e 134 magníficos vitrais, projetados por Nardi consertando, enfim, os danos causados por um bombardeio em 1943.
No santuário, além dos serviços diários oferecidos aos fiéis, há também duas outras iniciativas que apoiam e difundem a devoção ao Sagrado Coração de Jesus, tão querida a Dom Bosco. A primeira é a Obra Sacro Cuore (veja o site), uma associação fundada em 1930 que usa - e essa é a segunda iniciativa especial - a revista "Sacro Cuore" que envolve dezenas de milhares de pessoas na Itália e no mundo, incluindo também as comunidades religiosas de clausura, em particular, em uma "rede de pessoas que oram uns pelos outros", com um evento espiritual às 08h da manhã todos os dias, quando, para todos os membros, é celebrada a Eucaristia no altar do Sacro Cuore.
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