Há 50 anos, sob os ventos renovadores do Concílio Vaticano II e atendendo ao clamor por maior justiça social, nascia no Brasil a Campanha da Fraternidade.
Em 13 de fevereiro, Quarta-feira de Cinzas, tem início a Campanha da Fraternidade 2013. Além da grande relevância do tema proposto para o momento atual – Fraternidade e Juventude –, a CF 2013 tem também uma importância histórica: são celebrados os 50 anos desta ação evangelizadora e social promovida pela Igreja no Brasil.
A origem da Campanha da Fraternidade está na Arquidiocese de Natal. Por iniciativa do então administrador apostólico, dom Eugênio de Araújo Sales, foi realizada na Quaresma de 1962 uma campanha de solidariedade em favor das obras sociais da Igreja, em especial no município de Nísia Floresta, RN. A proposta do bispo aos cristãos, feita em entrevista às emissoras de rádio locais, era simples e precisa: “Não vai lhe ser pedida uma esmola, mas uma coisa que lhe custe; não se aceitará uma contribuição como favor, mas se espera uma característica do cumprimento do dever, um dever elementar do cristão”.
No ano seguinte, já sob a influência das reflexões realizadas no Concílio Vaticano II, que propunham uma nova atitude da Igreja e dos católicos diante da realidade social, a campanha foi adotada por 19 dioceses do Nordeste. E em 1964, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) assumiu a Campanha da Fraternidade como ação em âmbito nacional.