Boletim Salesiano
  Em 1933, quando era celebrado o cinquentenário da chegada dos primeiros salesianos ao Brasil, o Boletim Salesiano, em janeiro-fevereiro (ano XXX, n. 1), fez uma edição especial dedicada ao tema. Entre os artigos, publicou na íntegra uma carta de dom Pedro Maria de Lacerda, bispo do Rio de Janeiro, datada de 1883, “pedindo auxílio para a fundação da Obra Salesiana no Brasil”.   Dom Pedro Maria de Lacerda, então bispo do Rio de Janeiro, foi o grande incentivador para a vinda dos salesianos ao Brasil. Seu contato com os salesianos, como conta o próprio bispo, foi em 1875, quando a primeira expedição missionária, dirigindo-se para a Argentina, fez uma breve passagem pelo Brasil: “Corria o mês de Dezembro do ano de 1875, quando na vespera da Festa da Imaculada Conceição [...] nos foi dito em o Palacio Episcopal da Conceição, que na sala de entrada se achavam Padres extrangeiros, que nos queriam vêr e saudar. Eram os primeiros Salesianos, que pela vez primeira pisavam terras da America, vindos da pátria de Colombo e Americo Vespucio [...] Muito ainda folgamos ao pensar, que somos o primeiro Bispo de toda a America que viu, acolheu, festejou e abençoou os filhos espirituais do respeitavel e sábio Padre D. Bosco, famoso na Italia, celebrado na America do Sul e no mundo”. Após este primeiro encontro, vieram outros: na passagem pelo Rio de Janeiro, em 1876, da segunda expedição enviada por Dom Bosco às Américas; na visita feita pelo salesiano padre Luís Lasagna (Dom Lasagna), que coordenava os trabalhos salesianos no continente e foi, depois, o iniciador da obra também no Brasil; e em uma entrevista de dom Lacerda com o próprio Dom Bosco, em 1877, em Roma, na Itália. Em todas essas ocasiões, bem como por meio de cartas e apelos, dom Lacerda insistiu para que Dom Bosco enviasse missionários também ao Brasil e iniciasse aqui sua obra. Conta dom Lacerda: “Foi pois aí nesse Palacio Apostólico do Vaticano, e junto do sagrado tumulo de S. Pedro, que nós pedimos ao mesmo D. Bosco que enviasse para o Rio de Janeiro alguns de seus Salesianos, e tivemos a doce consolação e ventura de ouvir de sua própria boca, palavras de boas e bem fundadas esperanças”. Convidado a conhecer a obra salesiana em Turim, dom Lacerda afirma: “Vimos em Turim maravilhas quasi incríveis, mas realíssimas!... E estas maravilhas se reproduzem dentro em pouco onde quer que êstes homens se estabeleçam, e a prova em nossa America temos nas republicas Argentina e Oriental e na mesma Patagonia. E o que não é menor maravilha, os Salesianos dentro em poucos dias travam amizade com todos pela alegria, que parece o caracter dominante no geral destes bons homens, muito populares, desinteressados, humildes, obedientes, zelosos e amigos da mocidade e do florescimento dos ofícios, artes e letras”. O bispo completa, com esperança que em breve seria retribuída positivamente por Dom Bosco: “Feliz, pois, de nossa Diocese se eles se puderem nela estabelecer e prosperar...”.   Fonte dos originais: Arquivo da Inspetoria Salesiana Nossa Senhora Auxiliadora - SP
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  Padre Wolfgang Gruen, SDB, faz parte da chamada “segunda geração” de salesianos. Doutor honoris causa em Ciências Teológicas e Bíblicas pela Università Pontificia Salesiana (UPS) de Roma e professor aposentado da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas), padre Gruen, ao conceder essa entrevista ao Boletim Salesiano, não se limitou a reproduzir a história aprendida em livros. Na contagem do tempo e no resgate da história, seu relato traz como apêndice uma filigrana da riqueza salesiana, e que diz respeito à distância temporal entre nós e o Santo dos Jovens. “Há uma primeira geração de salesianos, que é a dos que conviveram com Dom Bosco. Aos 86 anos, eu sou sobrevivente da segunda geração, dos que conviveram com salesianos da primeira, ouviram suas experiências com o santo. Os demais são da terceira geração. Meu primeiro inspetor, quando eu ainda era menino, aluno do Salesian College de Londres, Battersea, foi o padre Eneias Tozzi, ex-aluno de Dom Bosco. Contou-me como se tornou aluno do Santo; mais tarde, no meu noviciado, em 1943, encontrei essa história nas Memórias Biográficas de Dom Bosco. Como aluno do Santa Rosa de Niterói, confessava-me religiosamente toda semana com o padre Frederico Gioia, também ex-aluno de Dom Bosco”, rememora padre Gruen. Segue a íntegra da entrevista concedida por padre Wolfgang Gruen ao Boletim Salesiano, a partir da questão: “Na sua visão e experiência, qual foi a importância da chegada dos salesianos no Brasil e, também, qual foi a grande contribuição dos salesianos para o país?”.  
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No dia 17 de abril, o diretor do Núcleo de Estudos e Pesquisas das Populações Indígenas da Universidade Católica Dom Bosco (NEPPI/UCDB), padre George Lachnitt, recebeu um prêmio na Câmara Municipal de Campo Grande durante a realização de Sessão Solene em homenagem ao Dia do Índio, comemorado em 19 de abril.   O Prêmio Domingos Veríssimo Marcos foi instituído no âmbito da Casa de Leis por meio do Decreto Legislativo n° 949/06 para homenagear personalidades que têm como principal trabalho a luta pela defesa dos povos indígenas no município de Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul.   Padre George Lachnitt, nasceu na Alemanha, em uma região que atualmente pertence à Polônia. Veio para o Brasil em 1958 e foi ordenado padre em 1968. Em 1972 foi para o Mato Grosso trabalhar com os índios Xavante pela missão salesiana, onde ficou durante 14 anos. Aprendeu o idioma Xavante e trabalha, até hoje, com a produção e correção de diversas publicações na língua. Desde 1987 vive em Campo Grande, MS.   Sacerdote salesiano, padre Jorge também é membro do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Foi nos eventos do Cimi, na década de 80, que conheceu o indigenista Antônio Brand, pesquisador dos povos indígenas de Mato Grosso do Sul, principalmente os Kaiowá e Guarani, que desenvolveu vários projetos junto a esses povos e fundou o Núcleo de Estudos e Pesquisas das Populações Indígenas (NEPPI).   NEPPI/UCDB O NEPPI é um órgão de natureza executiva que tem por finalidade coordenar programas e projetos de pesquisa e extensão voltados para as sociedades indígenas, bem como participar das discussões e encaminhamentos pertinentes a outras questões relacionadas às populações indígenas de Mato Grosso do Sul. Foi criado por Antônio Brand em 1995, congregando atividades de pesquisa e extensão direcionadas às populações indígenas.   Leia Também: Matéria na Agência ANS destaca trabalho salesiano realizado nas Missões Indígenas Imprensa nacional: padre indígena celebra missa nas aldeias em língua Xavante em MT   Missão Salesiana de Mato Grosso
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Fé, espiritualidade e experiência pastoral. Esse foi o tema do retiro espiritual realizado entre os dias 22 e 24 de abril, na Vila Dom Bosco, em Campos do Jordão, SP, com a participação dos assessores de Pastoral das obras da Inspetoria Salesiana de Nossa Senhora Auxiliadora.   O retiro teve a orientação dos padres Maurício Miranda e Sílvio César e da irmã Dorce, das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA). Na coordenação estavam os padres Roque Sibioni e Glauco Landim.   Os assessores, vindos de obras sociais, ensino superior, paróquias e escolas chegaram na Vila Dom Bosco na segunda-feira, 22, para descansarem e iniciarem as atividades na manhã do dia seguinte.   Na terça-feira, logo após a oração de abertura e café da manhã, padre Maurício falou sobre “O dom da fé: conteúdo e experiência”, assunto que foi trabalhado até o horário do almoço. No período da tarde, depois de um momento de animação com música, irmã Dorce abordou o tema “Espiritualidade Salesiana: O que é? Como vivê-la?”. A programação do dia teve ainda a celebração da Eucaristia, reza do Terço e lectio divina.   O último dia do retiro teve início com a celebração Eucarística, seguida dos trabalhos conduzidos pelo padre Silvio, que tratou da “Experiência Pastoral”. Após o almoço, uma avaliação foi a última atividade realizada pelos assessores antes do encerramento.   Inspetoria Salesiana de São Paulo
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A Procuradoria Missionária Salesiana, de Bonn, na Alemanha, está participando da Semana de Ação Global, uma iniciativa realizada em todo o mundo, entre os dias 22 a 28 de abril, com o intuito de mobilizar a todos sobre o direito das crianças a educação. A ação é promovida pela Campanha Global pela Educação (GCE, em inglês), uma Confederação Mundial de ONGs (Organizações Não Governamentais) e associações que trabalham para que o direito à educação seja uma realidade para todas as crianças.   A Procuradoria Missionária Salesiana, de Bonn, está empenhada nessa semana de Ação Global, sob o lema “Cada criança precisa de um professor”; e quer alinhar-se com outras organizações salesianas e associações para que também participem dessa semana de Ação Global.   “Em todo o mundo é difícil achar professores preparados: o nível de muitas escolas está bastante rebaixado por causa da falta de docentes qualificados. Há, entretanto um elevado potencial para a formação e o desenvolvimento dos professores - explica Nelson Penedo, responsável pela Procuradoria de Bonn. Nós estamos bem posicionados para garantir o apoio financeiro junto aos benfeitores alemães dos projetos salesianos de formação e qualificação avançada. Muitas entidades beneficentes estão interessadas em dar apoio à formação dos professores na área da assistência ao desenvolvimento e ao bem-estar de crianças, adolescentes e jovens”, finaliza Penedo.   Dados sobre a educação “A partir de 2000, o mundo fez grandes progressos, conseguindo que milhões de crianças fossem à escola; mas em 2008 esse progresso parou. Hoje, 132 milhões de crianças estão fora da escola de primeiro grau, com pouca ou nenhuma esperança de aprender a ler e escrever, e, portanto, com pouca ou nenhuma esperança de quebrar o ciclo da pobreza. A coisa mais importante que podemos fazer para dar a essas crianças a possibilidade de atuar o seu direito à educação é garantir que todas e cada uma delas tenham acesso a um professor qualificado. Há, todavia, um grandíssimo déficit de professores. Para levar todas as crianças à escola elementar, precisamos de 1,7 milhão de novos professores – 1 milhão a mais, somente na África” (Declaração da GCE).   Para mais informações visite o site da GCE.   InfoANS
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O responsável pelas viagens internacionais do Papa, Alberto Gasbarri, chegou ao Rio de Janeiro, nesta terça-feira, 23 de abril, às 5h30. A vinda ao Brasil cumpre uma agenda que visa à definição do programa do Santo Padre durante a Jornada Mundial da Juventude, que será realizada de 23 a 28 de julho, no Rio de Janeiro.   Gasbarri participou de reunião a portas fechadas com o arcebispo do Rio e presidente do Comitê Organizador Local da JMJ Rio2013 (COL), Dom Orani João Tempesta, o núncio Apostólico no Brasil, Dom Giovanni d'Aniello, representantes dos governos federal, estadual e municipal, no Palácio São Joaquim.   Em seguida, às 10h30min, a reunião foi ampliada com a participação de diretores do COL e outros representantes de órgãos federal, estadual e municipal, no auditório da Arquidiocese.   Gasbarri agradeceu os esforços de todas as esferas de governo e dos voluntários. Disse que está acompanhando o trabalho para a realização da JMJ Rio2013. "Já tínhamos um programa, fechado entre outubro e novembro do ano passado, mas houve uma mudança em um pequeno detalhe. Mudou o Papa", afirmou.   "Tínhamos uma túnica sob medida para o Papa e, agora, precisamos fazer outra. Agora, vamos atualizar o programa do Papa Francisco de acordo com sua sensibilidade", disse. Antes de vir ao Rio, Gasbarri, afirmou ele, apresentou o programa da JMJ ao Papa Francisco. Ele garantiu que a primeira viagem internacional do Papa será o Brasil e o "foco do programa" será o Brasil, o Rio de Janeiro e a JMJ Rio2013. "Vamos adaptar a agenda e seguir sua sensibilidade", afirmou.   Gasbarri confirmou a participação do Papa nos Atos Centrais da JMJ Rio2013 (Cerimônia de Acolhida ao Papa, Via-Sacra, em Copacabana, Vigília e Missa de Envio, no Campus Fidei, em Guaratiba). O primeiro Ato Central da JMJ é a Missa de Abertura, presidida por Dom Orani, que ocorre sem a presença do Papa. Na tarde, ele visitou locais que devem integrar a agenda.   Para Dom Orani, a Jornada representa um "horizonte vasto que se abre diante de todos para servir ao mundo". "Teremos jovens católicos, judeus, muçulmanos, evangélicos, de várias nacionalidades, idiomas, de países em guerra, todos vivendo como irmãos. Nosso trabalho deve marcar o futuro de muita gente", afirmou.   JMJ Rio2013
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O Sistema Salesiano de Comunicação Social (SSCS) iniciou, neste primeiro semestre, o primeiro encontro de animação e formação com as unidades educacionais. O evento ocorreu nos regionais Litorânea I e II, Planalto e Centro e contou com a presença dos profissionais de comunicação, gestores executivos das unidades educacionais e salesianos.   O objetivo deste projeto é possibilitar um apoio e assessoramento das unidades educacionais da Inspetoria São João Bosco (ISJB) para os assuntos de comunicação. Entre as atividades, constava na pauta um debate sobre a profissionalização das atividades de comunicação e marketing dos colégios, assim como o planejamento estratégico desta atividade e também a mensuração de resultados para a excelência da unidade. Durante os trabalhos, as equipes de comunicação tiveram a oportunidade de apresentar os trabalhos realizados, os projetos a serem desenvolvidos  e as perspectivas de futuro para a área de comunicação e para a unidade educacional.   Segundo o delegado do SSCS, irmão Cledson Rodrigues, “a comunicação, sob a perspectiva de uma atividade estratégica e essencial para toda e qualquer organização, precisa ser concebida sob o prisma profissional e alinhada com a missão e objetivos salesianos”.     O próximo encontro está marcado para o segundo semestre deste ano com o objetivo de fortalecer o planejamento de comunicação das unidades e discutir ferramentas e percepções da mensuração de resultados.   Inspetoria São João Bosco
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  A Juventude da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, em Ponta Grossa, PR, recebeu a réplica da Cruz Peregrina da Jornada Mundial da Juventude, no último dia 26 de março. A réplica é resultado da ideia do bispo diocesano, Dom Sergio Arthur Braschi, e tem como objetivo animar os jovens da diocese para a Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro. A Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora é a segunda paróquia a receber a Cruz Peregrina, que deverá passar ainda por toda a diocese.   Cerca de 40 pessoas participaram da acolhida à réplica, inclusive, alguns padres salesianos, como o pároco, Leo Kieling, e o padre Sigmundo Tarnowski. Durante o acolhimento da cruz, os jovens salesianos e as demais pessoas que participarão da JMJ Rio 2013, organizaram um momento de adoração com músicas, dança e reflexão bíblica.   Na manhã do segundo dia de visita da Cruz Peregrina, membros da comunidade e os jovens, realizaram uma Via Sacra pelas ruas do bairro Rio Verde. Eles levaram a Cruz Peregrina a casas de pessoas doentes, dando a eles a oportunidade de aproximação com a Cruz. Ao todo foram visitadas 13 casas.   A Cruz Peregrina passou ainda pelos colégios Nossa Senhora da Glória, na vila Rio Verde, e 31 de Março, alcançando cerca de 1.000 adolescentes e jovens, pelas principais ruas da paróquia em carreata e Missa da Saúde, na matriz. As atividades do dia foram encerradas com uma novena à Nossa Senhora Auxiliadora na comunidade do Rio Verde, com a presença de mais de 100 participantes.   Tendo em vista a impossibilidade de levar a Cruz Peregrina da JMJ, presenteada aos jovens pelo então papa João Paulo II, Dom Sergio Arthur, em parceria com as lideranças jovens da diocese, organizaram a visita da réplica da Cruz. Até o momento mais de 1.200 pessoas já tiveram contato com a réplica da Cruz Peregrina.   Inspetoria Salesiana São Pio X
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  Todos os meses, o reitor-mor dos Salesianos escreve aos leitores do Boletim Salesianoum artigo para leitura e reflexão. No segundo ano de preparação para o bicentenário de nascimento de Dom Bosco, a proposta é debruçar-se sobre a pedagogia do Santo dos Jovens. No artigo do mês de março, Dom Bosco conta:   Era o dia da Páscoa, quando finalmente eu podia dizer aos meus meninos: “Temos uma casa”. Na verdade, era um telheiro baixo e insuficiente, mas era nosso! Acabamos de girar por Turim, em uma “precariedade” cansativa, cheia de incompreensões e desconfianças. A data é muito importante para poder esquecê-la: 12 de abril de 1846! Eu tinha 30 anos, e há cinco era padre. Via as coisas em uma perspectiva iluminada pela confiança na Providência. Lancei-me de cabeça no trabalho: subia pelos precários andaimes dos edifícios em construção para encontrar-me com meus meninos, entrava nas oficinas, nos negócios. Preocupava-me com a sua saúde física; falava com seus patrões, muitas vezes muito desumanos. Era uma relação de amizade e de confiança recíproca que eu criava com todos. A educação não é coisa de um dia, mas exige paciência e muita esperança. Como sabeis, julho é um mês muito quente em Turim. Mas em Valdocco é sufocante. Tudo acontece de modo inesperado. Estava para terminar um domingo cheio de muitas atividades. Improvisamente, caí no chão. Um fluxo de sangue ensopou a poeira e a grama do prado. Depois, perdi os sentidos. Quando me reanimei, percebi que estava na cama: havia muita gente ao redor, e depois chegou um médico. Percebendo a gravidade da situação, obrigou-me ao repouso absoluto. Passou-se uma semana enquanto minhas forças físicas diminuíam sempre mais. Recordo ter visto o médico balançando a cabeça, enquanto dizia: “Talvez não passe desta noite”. No dia seguinte, quase por encanto, acordei. Depois, aos poucos fui recuperando as forças. Meu pensamento voltava-se para os meus meninos. Onde estavam? Retornariam a Valdocco? Mais uma semana. Depois, o domingo. Apoiando-me em uma bengala, desci ao telheiro. Ouvia vozes, gritos de alegria. A cabeça girava pelo esgotamento. Veio-me ao encontro um padre que me estendia a mão. Falou-me dos sacrifícios que os meninos fizeram porque diziam: “Dom Bosco não pode morrer”. Compreendi que eles tinham obtido um verdadeiro milagre. Depois, os maiores me pegaram, obrigaram-me a sentar-me em um cadeirão e me levaram em triunfo. Quando se fez silêncio, eu lhes disse: “Meus caros, rezastes e fizestes muitos sacrifícios para que eu recuperasse a saúde. Obrigado. Eu vos devo a vida. Pois bem: prometo-vos que a viverei toda por vós”. Desde aquele dia, senti-me consagrado à causa dos jovens, para sempre. A lição mais bela e mais convincente foi-me dada pelos meninos! Mas há uma resposta que lhes dei em forma ainda mais clara e convicta. Era o dia 31 de dezembro de 1859: festa de fim de ano. Embora na pobreza crônica de Valdocco, trocávamos pequenos presentes, como se faz em família: uma medalhinha, um lápis, uma borracha... Pequenas coisas, mas dadas de coração. Depois das orações da noite, dirigi-lhes algumas palavras. Também eu queria dar alguma coisa de presente àqueles jovens. E disse: “Meus queridos filhos: sabeis o quanto vos amo no Senhor, e como eu me consagrei inteiramente a fazer-vos o maior bem que puder. Aquele pouco de ciência, aquele pouco de experiência que adquiri, o que sou e o que possuo, eu desejo empregar a vosso serviço. Em qualquer dia e para qualquer coisa tende-me como um capital para vocês, mas especialmente nas coisas da alma. De minha parte, como presente eu me entrego por inteiro a vós; será coisa pequena, mas quando vos dou tudo, isso quer dizer que não reserva nada para mim”. Já havia várias centenas de meninos que estudavam ou aprendiam um ofício. Queria que eles entendessem que o meu estar com eles era fruto de opção irrevogável. Quando lhes dizia: “Nada reservo para mim” era como se dissesse: não penso mais em mim mesmo, entrego-me totalmente a cada um de vós, não me pertenço mais, pertenço somente a vós. Eis o meu segredo revelado. Jamais voltei atrás. Jamais atraiçoei os jovens! Escrevi milhares de cartas. Mas se tivesse que escolher uma delas, que brotou do meu coração, escolheria uma que escrevi aos meus Salesianos e, com eles, aos professores e alunos de Lanzo Torinese. Aqui estão algumas passagens dessa carta: Deixai que eu vos diga, e ninguém se ofenda: vós sois todos uns ladrões; digo e repito: vós me roubastes tudo. Quando fui a Lanzo, me encantastes com a vossa benevolência e cordialidade, prendestes as minhas faculdades da mente com a vossa piedade. Restava-me ainda este pobre coração, do qual não me havíeis roubado todos os afetos. Agora, a vossa carta assinada por 200 mãos amigas e queridas tomaram posse de todo este coração, no qual nada restou, a não ser um vivo desejo de vos amar no Senhor, de vos fazer o bem, de salvar a alma de todos. Era este o meu estilo de falar e escrever aos jovens: com o coração na mão, usando palavras sinceras. Como bom agricultor, aprendera a honrar a palavra dada. E a minha palavra era esta: “Prometi a Deus que até meu último suspiro seria pelos meus pobres jovens”. Sei que o meu segundo sucessor, padre Paulo Albera, escreveu uma belíssima circular: “Dom Bosco educava-nos amando, atraindo, conquistando e transformando”. O meu programa, simples e linear, se expressa em uma frase: “Por estes jovens, faria qualquer sacrifício; para salvá-los, daria de boa vontade também o meu sangue”. Não eram palavras ditas por dizer; era o programa da minha vida! Janeiro de 1888. Mesmo no leito de morte, naquela agitação em que se misturam recordações, afetos, preocupações, temores e esperanças, ainda tive a força de transmitir a um caro salesiano, o padre Bonetti, a minha última mensagem que condensa praticamente toda a minha vida: “Dize aos jovens que os espero a todos no Paraíso”. Era o meu testamento, pois eu os amara até o fim! E os queria comigo, para sempre, também no Paraíso.
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  No último dia 8 de março, os diretores executivos da Rede Salesiana de Escolas, Pe. Nivaldo Luiz Pessinatti e Ir. Ivanette Duncan de Miranda, participaram de um encontro sobre educação salesiana realizado em Guadalajara, México. O evento contou com as presenças dos conselhos inspetoriais e das equipes nacionais de Educação das quatro inspetorias salesianas daquele país – duas dos Salesianos de Dom Bosco e duas do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora.   O principal objetivo do encontro foi compartilhar a experiência histórica e de construção da RSE no Brasil com os educadores mexicanos, que estão iniciando um processo semelhante para congregar os cerca de 60 colégios mantidos pelos SDB e pelas FMA no México. A educação salesiana atinge em torno de 40 mil alunos no país, sendo cerca de 5 mil somente nas três escolas presentes em Guadalajara.   Para os diretores da RSE, Pe. Pessinatti e Ir. Ivanette, “a importância deste encontro reside na consciência crescente no mundo e na Congregação de que não temos mais condições de trabalhar de forma isolada. O trabalho em rede, que eclesialmente podemos chamar de trabalho em comunhão, é a estratégia cristã indispensável para continuarmos a nossa missão educativo-pastoral salesiana”.   O projeto de união das escolas salesianas no México já vem se desenvolvendo desde o ano passado, com a gestão compartilhada em alguns colégios. Em dezembro de 2012, três salesianos daquele país estiveram por uma semana em visita ao Brasil, para conhecer a realidade da RSE. O projeto ganhou impulso também com a recente publicação, pelo episcopado mexicano, do documento Educar, que trata da importância da presença católica na educação do México; este documento contou com a colaboração efetiva do Reitor-Mor dos Salesianos, Pe. Pascual Chávez Villanueva.   O próximo passo, já definido no encontro realizado em 8 de março, é estabelecer um cronograma conjunto entre SDB e FMA para a criação de uma Rede Salesiana de Escolas no México.  
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Boletim Salesiano
  Em 1933, quando era celebrado o cinquentenário da chegada dos primeiros salesianos ao Brasil, o Boletim Salesiano, em janeiro-fevereiro (ano XXX, n. 1), fez uma edição especial dedicada ao tema. Entre os artigos, publicou na íntegra uma carta de dom Pedro Maria de Lacerda, bispo do Rio de Janeiro, datada de 1883, “pedindo auxílio para a fundação da Obra Salesiana no Brasil”.   Dom Pedro Maria de Lacerda, então bispo do Rio de Janeiro, foi o grande incentivador para a vinda dos salesianos ao Brasil. Seu contato com os salesianos, como conta o próprio bispo, foi em 1875, quando a primeira expedição missionária, dirigindo-se para a Argentina, fez uma breve passagem pelo Brasil: “Corria o mês de Dezembro do ano de 1875, quando na vespera da Festa da Imaculada Conceição [...] nos foi dito em o Palacio Episcopal da Conceição, que na sala de entrada se achavam Padres extrangeiros, que nos queriam vêr e saudar. Eram os primeiros Salesianos, que pela vez primeira pisavam terras da America, vindos da pátria de Colombo e Americo Vespucio [...] Muito ainda folgamos ao pensar, que somos o primeiro Bispo de toda a America que viu, acolheu, festejou e abençoou os filhos espirituais do respeitavel e sábio Padre D. Bosco, famoso na Italia, celebrado na America do Sul e no mundo”. Após este primeiro encontro, vieram outros: na passagem pelo Rio de Janeiro, em 1876, da segunda expedição enviada por Dom Bosco às Américas; na visita feita pelo salesiano padre Luís Lasagna (Dom Lasagna), que coordenava os trabalhos salesianos no continente e foi, depois, o iniciador da obra também no Brasil; e em uma entrevista de dom Lacerda com o próprio Dom Bosco, em 1877, em Roma, na Itália. Em todas essas ocasiões, bem como por meio de cartas e apelos, dom Lacerda insistiu para que Dom Bosco enviasse missionários também ao Brasil e iniciasse aqui sua obra. Conta dom Lacerda: “Foi pois aí nesse Palacio Apostólico do Vaticano, e junto do sagrado tumulo de S. Pedro, que nós pedimos ao mesmo D. Bosco que enviasse para o Rio de Janeiro alguns de seus Salesianos, e tivemos a doce consolação e ventura de ouvir de sua própria boca, palavras de boas e bem fundadas esperanças”. Convidado a conhecer a obra salesiana em Turim, dom Lacerda afirma: “Vimos em Turim maravilhas quasi incríveis, mas realíssimas!... E estas maravilhas se reproduzem dentro em pouco onde quer que êstes homens se estabeleçam, e a prova em nossa America temos nas republicas Argentina e Oriental e na mesma Patagonia. E o que não é menor maravilha, os Salesianos dentro em poucos dias travam amizade com todos pela alegria, que parece o caracter dominante no geral destes bons homens, muito populares, desinteressados, humildes, obedientes, zelosos e amigos da mocidade e do florescimento dos ofícios, artes e letras”. O bispo completa, com esperança que em breve seria retribuída positivamente por Dom Bosco: “Feliz, pois, de nossa Diocese se eles se puderem nela estabelecer e prosperar...”.   Fonte dos originais: Arquivo da Inspetoria Salesiana Nossa Senhora Auxiliadora - SP
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  Padre Wolfgang Gruen, SDB, faz parte da chamada “segunda geração” de salesianos. Doutor honoris causa em Ciências Teológicas e Bíblicas pela Università Pontificia Salesiana (UPS) de Roma e professor aposentado da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas), padre Gruen, ao conceder essa entrevista ao Boletim Salesiano, não se limitou a reproduzir a história aprendida em livros. Na contagem do tempo e no resgate da história, seu relato traz como apêndice uma filigrana da riqueza salesiana, e que diz respeito à distância temporal entre nós e o Santo dos Jovens. “Há uma primeira geração de salesianos, que é a dos que conviveram com Dom Bosco. Aos 86 anos, eu sou sobrevivente da segunda geração, dos que conviveram com salesianos da primeira, ouviram suas experiências com o santo. Os demais são da terceira geração. Meu primeiro inspetor, quando eu ainda era menino, aluno do Salesian College de Londres, Battersea, foi o padre Eneias Tozzi, ex-aluno de Dom Bosco. Contou-me como se tornou aluno do Santo; mais tarde, no meu noviciado, em 1943, encontrei essa história nas Memórias Biográficas de Dom Bosco. Como aluno do Santa Rosa de Niterói, confessava-me religiosamente toda semana com o padre Frederico Gioia, também ex-aluno de Dom Bosco”, rememora padre Gruen. Segue a íntegra da entrevista concedida por padre Wolfgang Gruen ao Boletim Salesiano, a partir da questão: “Na sua visão e experiência, qual foi a importância da chegada dos salesianos no Brasil e, também, qual foi a grande contribuição dos salesianos para o país?”.  
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No dia 17 de abril, o diretor do Núcleo de Estudos e Pesquisas das Populações Indígenas da Universidade Católica Dom Bosco (NEPPI/UCDB), padre George Lachnitt, recebeu um prêmio na Câmara Municipal de Campo Grande durante a realização de Sessão Solene em homenagem ao Dia do Índio, comemorado em 19 de abril.   O Prêmio Domingos Veríssimo Marcos foi instituído no âmbito da Casa de Leis por meio do Decreto Legislativo n° 949/06 para homenagear personalidades que têm como principal trabalho a luta pela defesa dos povos indígenas no município de Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul.   Padre George Lachnitt, nasceu na Alemanha, em uma região que atualmente pertence à Polônia. Veio para o Brasil em 1958 e foi ordenado padre em 1968. Em 1972 foi para o Mato Grosso trabalhar com os índios Xavante pela missão salesiana, onde ficou durante 14 anos. Aprendeu o idioma Xavante e trabalha, até hoje, com a produção e correção de diversas publicações na língua. Desde 1987 vive em Campo Grande, MS.   Sacerdote salesiano, padre Jorge também é membro do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Foi nos eventos do Cimi, na década de 80, que conheceu o indigenista Antônio Brand, pesquisador dos povos indígenas de Mato Grosso do Sul, principalmente os Kaiowá e Guarani, que desenvolveu vários projetos junto a esses povos e fundou o Núcleo de Estudos e Pesquisas das Populações Indígenas (NEPPI).   NEPPI/UCDB O NEPPI é um órgão de natureza executiva que tem por finalidade coordenar programas e projetos de pesquisa e extensão voltados para as sociedades indígenas, bem como participar das discussões e encaminhamentos pertinentes a outras questões relacionadas às populações indígenas de Mato Grosso do Sul. Foi criado por Antônio Brand em 1995, congregando atividades de pesquisa e extensão direcionadas às populações indígenas.   Leia Também: Matéria na Agência ANS destaca trabalho salesiano realizado nas Missões Indígenas Imprensa nacional: padre indígena celebra missa nas aldeias em língua Xavante em MT   Missão Salesiana de Mato Grosso
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Fé, espiritualidade e experiência pastoral. Esse foi o tema do retiro espiritual realizado entre os dias 22 e 24 de abril, na Vila Dom Bosco, em Campos do Jordão, SP, com a participação dos assessores de Pastoral das obras da Inspetoria Salesiana de Nossa Senhora Auxiliadora.   O retiro teve a orientação dos padres Maurício Miranda e Sílvio César e da irmã Dorce, das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA). Na coordenação estavam os padres Roque Sibioni e Glauco Landim.   Os assessores, vindos de obras sociais, ensino superior, paróquias e escolas chegaram na Vila Dom Bosco na segunda-feira, 22, para descansarem e iniciarem as atividades na manhã do dia seguinte.   Na terça-feira, logo após a oração de abertura e café da manhã, padre Maurício falou sobre “O dom da fé: conteúdo e experiência”, assunto que foi trabalhado até o horário do almoço. No período da tarde, depois de um momento de animação com música, irmã Dorce abordou o tema “Espiritualidade Salesiana: O que é? Como vivê-la?”. A programação do dia teve ainda a celebração da Eucaristia, reza do Terço e lectio divina.   O último dia do retiro teve início com a celebração Eucarística, seguida dos trabalhos conduzidos pelo padre Silvio, que tratou da “Experiência Pastoral”. Após o almoço, uma avaliação foi a última atividade realizada pelos assessores antes do encerramento.   Inspetoria Salesiana de São Paulo
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A Procuradoria Missionária Salesiana, de Bonn, na Alemanha, está participando da Semana de Ação Global, uma iniciativa realizada em todo o mundo, entre os dias 22 a 28 de abril, com o intuito de mobilizar a todos sobre o direito das crianças a educação. A ação é promovida pela Campanha Global pela Educação (GCE, em inglês), uma Confederação Mundial de ONGs (Organizações Não Governamentais) e associações que trabalham para que o direito à educação seja uma realidade para todas as crianças.   A Procuradoria Missionária Salesiana, de Bonn, está empenhada nessa semana de Ação Global, sob o lema “Cada criança precisa de um professor”; e quer alinhar-se com outras organizações salesianas e associações para que também participem dessa semana de Ação Global.   “Em todo o mundo é difícil achar professores preparados: o nível de muitas escolas está bastante rebaixado por causa da falta de docentes qualificados. Há, entretanto um elevado potencial para a formação e o desenvolvimento dos professores - explica Nelson Penedo, responsável pela Procuradoria de Bonn. Nós estamos bem posicionados para garantir o apoio financeiro junto aos benfeitores alemães dos projetos salesianos de formação e qualificação avançada. Muitas entidades beneficentes estão interessadas em dar apoio à formação dos professores na área da assistência ao desenvolvimento e ao bem-estar de crianças, adolescentes e jovens”, finaliza Penedo.   Dados sobre a educação “A partir de 2000, o mundo fez grandes progressos, conseguindo que milhões de crianças fossem à escola; mas em 2008 esse progresso parou. Hoje, 132 milhões de crianças estão fora da escola de primeiro grau, com pouca ou nenhuma esperança de aprender a ler e escrever, e, portanto, com pouca ou nenhuma esperança de quebrar o ciclo da pobreza. A coisa mais importante que podemos fazer para dar a essas crianças a possibilidade de atuar o seu direito à educação é garantir que todas e cada uma delas tenham acesso a um professor qualificado. Há, todavia, um grandíssimo déficit de professores. Para levar todas as crianças à escola elementar, precisamos de 1,7 milhão de novos professores – 1 milhão a mais, somente na África” (Declaração da GCE).   Para mais informações visite o site da GCE.   InfoANS
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O responsável pelas viagens internacionais do Papa, Alberto Gasbarri, chegou ao Rio de Janeiro, nesta terça-feira, 23 de abril, às 5h30. A vinda ao Brasil cumpre uma agenda que visa à definição do programa do Santo Padre durante a Jornada Mundial da Juventude, que será realizada de 23 a 28 de julho, no Rio de Janeiro.   Gasbarri participou de reunião a portas fechadas com o arcebispo do Rio e presidente do Comitê Organizador Local da JMJ Rio2013 (COL), Dom Orani João Tempesta, o núncio Apostólico no Brasil, Dom Giovanni d'Aniello, representantes dos governos federal, estadual e municipal, no Palácio São Joaquim.   Em seguida, às 10h30min, a reunião foi ampliada com a participação de diretores do COL e outros representantes de órgãos federal, estadual e municipal, no auditório da Arquidiocese.   Gasbarri agradeceu os esforços de todas as esferas de governo e dos voluntários. Disse que está acompanhando o trabalho para a realização da JMJ Rio2013. "Já tínhamos um programa, fechado entre outubro e novembro do ano passado, mas houve uma mudança em um pequeno detalhe. Mudou o Papa", afirmou.   "Tínhamos uma túnica sob medida para o Papa e, agora, precisamos fazer outra. Agora, vamos atualizar o programa do Papa Francisco de acordo com sua sensibilidade", disse. Antes de vir ao Rio, Gasbarri, afirmou ele, apresentou o programa da JMJ ao Papa Francisco. Ele garantiu que a primeira viagem internacional do Papa será o Brasil e o "foco do programa" será o Brasil, o Rio de Janeiro e a JMJ Rio2013. "Vamos adaptar a agenda e seguir sua sensibilidade", afirmou.   Gasbarri confirmou a participação do Papa nos Atos Centrais da JMJ Rio2013 (Cerimônia de Acolhida ao Papa, Via-Sacra, em Copacabana, Vigília e Missa de Envio, no Campus Fidei, em Guaratiba). O primeiro Ato Central da JMJ é a Missa de Abertura, presidida por Dom Orani, que ocorre sem a presença do Papa. Na tarde, ele visitou locais que devem integrar a agenda.   Para Dom Orani, a Jornada representa um "horizonte vasto que se abre diante de todos para servir ao mundo". "Teremos jovens católicos, judeus, muçulmanos, evangélicos, de várias nacionalidades, idiomas, de países em guerra, todos vivendo como irmãos. Nosso trabalho deve marcar o futuro de muita gente", afirmou.   JMJ Rio2013
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O Sistema Salesiano de Comunicação Social (SSCS) iniciou, neste primeiro semestre, o primeiro encontro de animação e formação com as unidades educacionais. O evento ocorreu nos regionais Litorânea I e II, Planalto e Centro e contou com a presença dos profissionais de comunicação, gestores executivos das unidades educacionais e salesianos.   O objetivo deste projeto é possibilitar um apoio e assessoramento das unidades educacionais da Inspetoria São João Bosco (ISJB) para os assuntos de comunicação. Entre as atividades, constava na pauta um debate sobre a profissionalização das atividades de comunicação e marketing dos colégios, assim como o planejamento estratégico desta atividade e também a mensuração de resultados para a excelência da unidade. Durante os trabalhos, as equipes de comunicação tiveram a oportunidade de apresentar os trabalhos realizados, os projetos a serem desenvolvidos  e as perspectivas de futuro para a área de comunicação e para a unidade educacional.   Segundo o delegado do SSCS, irmão Cledson Rodrigues, “a comunicação, sob a perspectiva de uma atividade estratégica e essencial para toda e qualquer organização, precisa ser concebida sob o prisma profissional e alinhada com a missão e objetivos salesianos”.     O próximo encontro está marcado para o segundo semestre deste ano com o objetivo de fortalecer o planejamento de comunicação das unidades e discutir ferramentas e percepções da mensuração de resultados.   Inspetoria São João Bosco
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  A Juventude da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, em Ponta Grossa, PR, recebeu a réplica da Cruz Peregrina da Jornada Mundial da Juventude, no último dia 26 de março. A réplica é resultado da ideia do bispo diocesano, Dom Sergio Arthur Braschi, e tem como objetivo animar os jovens da diocese para a Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro. A Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora é a segunda paróquia a receber a Cruz Peregrina, que deverá passar ainda por toda a diocese.   Cerca de 40 pessoas participaram da acolhida à réplica, inclusive, alguns padres salesianos, como o pároco, Leo Kieling, e o padre Sigmundo Tarnowski. Durante o acolhimento da cruz, os jovens salesianos e as demais pessoas que participarão da JMJ Rio 2013, organizaram um momento de adoração com músicas, dança e reflexão bíblica.   Na manhã do segundo dia de visita da Cruz Peregrina, membros da comunidade e os jovens, realizaram uma Via Sacra pelas ruas do bairro Rio Verde. Eles levaram a Cruz Peregrina a casas de pessoas doentes, dando a eles a oportunidade de aproximação com a Cruz. Ao todo foram visitadas 13 casas.   A Cruz Peregrina passou ainda pelos colégios Nossa Senhora da Glória, na vila Rio Verde, e 31 de Março, alcançando cerca de 1.000 adolescentes e jovens, pelas principais ruas da paróquia em carreata e Missa da Saúde, na matriz. As atividades do dia foram encerradas com uma novena à Nossa Senhora Auxiliadora na comunidade do Rio Verde, com a presença de mais de 100 participantes.   Tendo em vista a impossibilidade de levar a Cruz Peregrina da JMJ, presenteada aos jovens pelo então papa João Paulo II, Dom Sergio Arthur, em parceria com as lideranças jovens da diocese, organizaram a visita da réplica da Cruz. Até o momento mais de 1.200 pessoas já tiveram contato com a réplica da Cruz Peregrina.   Inspetoria Salesiana São Pio X
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  Todos os meses, o reitor-mor dos Salesianos escreve aos leitores do Boletim Salesianoum artigo para leitura e reflexão. No segundo ano de preparação para o bicentenário de nascimento de Dom Bosco, a proposta é debruçar-se sobre a pedagogia do Santo dos Jovens. No artigo do mês de março, Dom Bosco conta:   Era o dia da Páscoa, quando finalmente eu podia dizer aos meus meninos: “Temos uma casa”. Na verdade, era um telheiro baixo e insuficiente, mas era nosso! Acabamos de girar por Turim, em uma “precariedade” cansativa, cheia de incompreensões e desconfianças. A data é muito importante para poder esquecê-la: 12 de abril de 1846! Eu tinha 30 anos, e há cinco era padre. Via as coisas em uma perspectiva iluminada pela confiança na Providência. Lancei-me de cabeça no trabalho: subia pelos precários andaimes dos edifícios em construção para encontrar-me com meus meninos, entrava nas oficinas, nos negócios. Preocupava-me com a sua saúde física; falava com seus patrões, muitas vezes muito desumanos. Era uma relação de amizade e de confiança recíproca que eu criava com todos. A educação não é coisa de um dia, mas exige paciência e muita esperança. Como sabeis, julho é um mês muito quente em Turim. Mas em Valdocco é sufocante. Tudo acontece de modo inesperado. Estava para terminar um domingo cheio de muitas atividades. Improvisamente, caí no chão. Um fluxo de sangue ensopou a poeira e a grama do prado. Depois, perdi os sentidos. Quando me reanimei, percebi que estava na cama: havia muita gente ao redor, e depois chegou um médico. Percebendo a gravidade da situação, obrigou-me ao repouso absoluto. Passou-se uma semana enquanto minhas forças físicas diminuíam sempre mais. Recordo ter visto o médico balançando a cabeça, enquanto dizia: “Talvez não passe desta noite”. No dia seguinte, quase por encanto, acordei. Depois, aos poucos fui recuperando as forças. Meu pensamento voltava-se para os meus meninos. Onde estavam? Retornariam a Valdocco? Mais uma semana. Depois, o domingo. Apoiando-me em uma bengala, desci ao telheiro. Ouvia vozes, gritos de alegria. A cabeça girava pelo esgotamento. Veio-me ao encontro um padre que me estendia a mão. Falou-me dos sacrifícios que os meninos fizeram porque diziam: “Dom Bosco não pode morrer”. Compreendi que eles tinham obtido um verdadeiro milagre. Depois, os maiores me pegaram, obrigaram-me a sentar-me em um cadeirão e me levaram em triunfo. Quando se fez silêncio, eu lhes disse: “Meus caros, rezastes e fizestes muitos sacrifícios para que eu recuperasse a saúde. Obrigado. Eu vos devo a vida. Pois bem: prometo-vos que a viverei toda por vós”. Desde aquele dia, senti-me consagrado à causa dos jovens, para sempre. A lição mais bela e mais convincente foi-me dada pelos meninos! Mas há uma resposta que lhes dei em forma ainda mais clara e convicta. Era o dia 31 de dezembro de 1859: festa de fim de ano. Embora na pobreza crônica de Valdocco, trocávamos pequenos presentes, como se faz em família: uma medalhinha, um lápis, uma borracha... Pequenas coisas, mas dadas de coração. Depois das orações da noite, dirigi-lhes algumas palavras. Também eu queria dar alguma coisa de presente àqueles jovens. E disse: “Meus queridos filhos: sabeis o quanto vos amo no Senhor, e como eu me consagrei inteiramente a fazer-vos o maior bem que puder. Aquele pouco de ciência, aquele pouco de experiência que adquiri, o que sou e o que possuo, eu desejo empregar a vosso serviço. Em qualquer dia e para qualquer coisa tende-me como um capital para vocês, mas especialmente nas coisas da alma. De minha parte, como presente eu me entrego por inteiro a vós; será coisa pequena, mas quando vos dou tudo, isso quer dizer que não reserva nada para mim”. Já havia várias centenas de meninos que estudavam ou aprendiam um ofício. Queria que eles entendessem que o meu estar com eles era fruto de opção irrevogável. Quando lhes dizia: “Nada reservo para mim” era como se dissesse: não penso mais em mim mesmo, entrego-me totalmente a cada um de vós, não me pertenço mais, pertenço somente a vós. Eis o meu segredo revelado. Jamais voltei atrás. Jamais atraiçoei os jovens! Escrevi milhares de cartas. Mas se tivesse que escolher uma delas, que brotou do meu coração, escolheria uma que escrevi aos meus Salesianos e, com eles, aos professores e alunos de Lanzo Torinese. Aqui estão algumas passagens dessa carta: Deixai que eu vos diga, e ninguém se ofenda: vós sois todos uns ladrões; digo e repito: vós me roubastes tudo. Quando fui a Lanzo, me encantastes com a vossa benevolência e cordialidade, prendestes as minhas faculdades da mente com a vossa piedade. Restava-me ainda este pobre coração, do qual não me havíeis roubado todos os afetos. Agora, a vossa carta assinada por 200 mãos amigas e queridas tomaram posse de todo este coração, no qual nada restou, a não ser um vivo desejo de vos amar no Senhor, de vos fazer o bem, de salvar a alma de todos. Era este o meu estilo de falar e escrever aos jovens: com o coração na mão, usando palavras sinceras. Como bom agricultor, aprendera a honrar a palavra dada. E a minha palavra era esta: “Prometi a Deus que até meu último suspiro seria pelos meus pobres jovens”. Sei que o meu segundo sucessor, padre Paulo Albera, escreveu uma belíssima circular: “Dom Bosco educava-nos amando, atraindo, conquistando e transformando”. O meu programa, simples e linear, se expressa em uma frase: “Por estes jovens, faria qualquer sacrifício; para salvá-los, daria de boa vontade também o meu sangue”. Não eram palavras ditas por dizer; era o programa da minha vida! Janeiro de 1888. Mesmo no leito de morte, naquela agitação em que se misturam recordações, afetos, preocupações, temores e esperanças, ainda tive a força de transmitir a um caro salesiano, o padre Bonetti, a minha última mensagem que condensa praticamente toda a minha vida: “Dize aos jovens que os espero a todos no Paraíso”. Era o meu testamento, pois eu os amara até o fim! E os queria comigo, para sempre, também no Paraíso.
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  No último dia 8 de março, os diretores executivos da Rede Salesiana de Escolas, Pe. Nivaldo Luiz Pessinatti e Ir. Ivanette Duncan de Miranda, participaram de um encontro sobre educação salesiana realizado em Guadalajara, México. O evento contou com as presenças dos conselhos inspetoriais e das equipes nacionais de Educação das quatro inspetorias salesianas daquele país – duas dos Salesianos de Dom Bosco e duas do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora.   O principal objetivo do encontro foi compartilhar a experiência histórica e de construção da RSE no Brasil com os educadores mexicanos, que estão iniciando um processo semelhante para congregar os cerca de 60 colégios mantidos pelos SDB e pelas FMA no México. A educação salesiana atinge em torno de 40 mil alunos no país, sendo cerca de 5 mil somente nas três escolas presentes em Guadalajara.   Para os diretores da RSE, Pe. Pessinatti e Ir. Ivanette, “a importância deste encontro reside na consciência crescente no mundo e na Congregação de que não temos mais condições de trabalhar de forma isolada. O trabalho em rede, que eclesialmente podemos chamar de trabalho em comunhão, é a estratégia cristã indispensável para continuarmos a nossa missão educativo-pastoral salesiana”.   O projeto de união das escolas salesianas no México já vem se desenvolvendo desde o ano passado, com a gestão compartilhada em alguns colégios. Em dezembro de 2012, três salesianos daquele país estiveram por uma semana em visita ao Brasil, para conhecer a realidade da RSE. O projeto ganhou impulso também com a recente publicação, pelo episcopado mexicano, do documento Educar, que trata da importância da presença católica na educação do México; este documento contou com a colaboração efetiva do Reitor-Mor dos Salesianos, Pe. Pascual Chávez Villanueva.   O próximo passo, já definido no encontro realizado em 8 de março, é estabelecer um cronograma conjunto entre SDB e FMA para a criação de uma Rede Salesiana de Escolas no México.  
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