Boletim Salesiano
Segunda, 06 Mai 2013 16:56

A acolhida ao Papa Francisco

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  (...) acolhamos o Papa Francisco, como o faria Dom Bosco, e, enquanto o confiamos ao cuidado e à guia materna de Maria Auxiliadora, lhe asseguremos o nosso afeto, a nossa obediência e a nossa mais sincera e decidida colaboração, neste tempo de nova evangelização (Padre Pascual Chávez Villanueva, em mensagem aos salesianos e a toda a Família Salesiana).   A Igreja Católica conheceu no dia 13 de março o seu 266º Papa: o cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio. Jesuíta, com 76 anos de idade, o novo Sumo Pontífice é o primeiro Papa latino-americano e também o primeiro jesuíta da história da Igreja. Escolhido para suceder Bento 16, o cardeal argentino adotou o nome de Francisco em homenagem a São Francisco de Assis, um santo conhecido pela sua humildade e dedicação aos pobres. Logo após ser anunciado como o novo líder da Igreja, Jorge Mario Bergoglio apareceu na varanda central da Basílica de São Pedro, onde uma multidão de fiéis o aguardava para a sua primeira benção. No entanto, o Papa, em um gesto autêntico de humildade, pediu aos fiéis que primeiro o abençoassem no início de seu pontificado. “Antes de dar a sua primeira bênção como Pontífice, ele nos pediu que o abençoássemos. Em profundo silêncio, cada qual o fez do mais fundo do seu coração, deixando-se guiar pelo Espírito (...)”, relatou o reitor-mor dos salesianos, padre Pascual Chávez Villanueva, em sua mensagem à Família Salesiana.  
O processo de canonização do Papa João Paulo II está procedendo a passos largos e já se fala que ele poderá ser proclamado santo no próximo mês de outubro. Na semana passada, a consulta dos médicos da Congregação das Causas dos Santos reconheceu como inexplicável uma cura de uma mulher atribuída ao bem-aventurado João Paulo II.   O possível milagre deverá ser aprovado também pela comissão de teólogos e cardeais, levando o Papa polonês a ser reconhecido santo em tempo recorde, em apenas oito anos desde sua morte.   O processo é realizado com discrição. Em janeiro deste ano, o postulador da causa, monsenhor Slawomir Oder, apresentou para um parecer preliminar uma cura milagrosa à Congregação vaticana dos Santos. Dois médicos da consulta vaticana examinaram previamente este novo caso, dando ambos um parecer favorável. Então toda a prática foi apresentada oficialmente ao dicastério, que o inseriu imediatamente na agenda dos trabalhos.   Na semana passada, houve debate de uma comissão de sete médicos e o parecer foi favorável. É evidente a vontade da Congregação para as Causas dos Santos, que tem o aval também de Papa Francisco, em terminar todo o processo com a canonização do papa polonês.   Em maio, será realizada a congregação dos teólogos e dos cardeais da Congregação para as Causas dos santos e, em junho, o Consistório ordinário com a aprovação do Papa.   Canção Nova
O padre salesiano André Torres, pároco da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em São Paulo, foi nomeado pelo arcebispo de São Paulo, o cardeal Dom Odilo Scherer, como novo assessor do Setor Juventude da Arquidiocese de São Paulo. O ato de nomeação foi assinado no dia 31 de março e publicado no dia 4 de abril.   A primeira reunião oficial na nova função será realizada neste sábado, 6 de abril, no Centro Pastoral São José, na Região Episcopal Belém. Além da nova função de assessor do Setor Juventude da Arquidiocese de São Paulo, padre André continuará exercendo a função de referencial para a juventude no Regional Sul 1 (Estado de São Paulo) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).   A participação salesiana em serviços maiores não é nova. O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB, Dom Pinheiro, também é salesiano, assim como o padre Antônio Ramos do Prado (Pe. Toninho), assessor da mesma comissão. Dom Tarcísio Scaramussa, referencial para a juventude na Arquidiocese de São Paulo, e outros muitos religiosos no Brasil e mundo afora, mostrando a comunhão e o comprometimento com a Igreja e com os jovens, razão da existência da congregação.   Inspetoria Salesiana de São Paulo
Sábado, 23 Março 2013 15:48

A cruz de Jesus e as cruzes da juventude

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  O tempo da Quaresma e a Campanha da Fraternidade 2013, que este ano tem a juventude como tema, propiciam um momento especial para refletir sobre o significado da Cruz.   O Evangelho de Jesus foi escrito trinta anos após sua morte. Os discípulos anunciam Jesus e atraem mais seguidores em todas as partes do extenso império romano. Começam as perseguições. Assim como Cristo foi perseguido, torturado e crucificado, também muitos de seus discípulos passam pela mesma situação. Paulo (1Cor 1, 17ss) afirma que a cruz de Cristo é escândalo e loucura. Os romanos tinham três tipos de execução que eram considerados os mais aviltantes de todos: agonizar na cruz, ser devorado pelas feras ou ser queimado vivo na fogueira. A crucifixão não era uma simples execução, mas uma lenta tortura. A flagelação faz parte da execução. Ela era um ato público que não era aplicada aos cidadãos romanos. Havia crucifixões em massa. De acordo com a tradição dos judeus, um homem pendurado numa árvore é uma maldição de Deus. Assim, além da dor, acrescenta-se a maldição.   E Jesus, por que foi condenado e morto na cruz? Jesus foi condenado porque se insurgiu contra o templo. Este foi o último ato da vida pública de Jesus. Os romanos o condenaram como um perturbador indesejável. Jesus é morto por ser perigoso. O profeta do Reino de Deus foi morto pelo representante do Império Romano por instigação e iniciativa da aristocracia do templo. Em uma manhã de abril do ano 30, se encontram frente a frente um réu manietado e indefeso chamado Jesus de Nazaré e o representante do mais poderoso sistema imperial que a história conheceu, Pôncio Pilatos. Deus Pai enviou seu Filho ao mundo para que o mundo fosse salvo. Deus nos ama a ponto de entregar seu próprio Filho (Jo 3,16). A grande opção de Deus assumida por Jesus foi a salvação do mundo pelo serviço e não pela dominação. Esperava-se um Messias dominador, e veio um Messias sofredor, servidor. A vida de Jesus foi uma constante tentação entre o serviço e a dominação. O Evangelho da tentação de Jesus relata isto... Os discípulos também são tentados e tentam Jesus. Jesus morreu na cruz porque foi fiel à sua missão de servo e não de Senhor e dominador. A cruz de Jesus é consequência do estilo de vida que escolheu. A resposta foi a ressurreição de Jesus para a glória. Vida como Jesus viveu não pode morrer. A ressurreição de Jesus é a resposta do amor de Deus à entrega total de Jesus. A ressurreição de Jesus vem afirmar que Deus não se coloca do lado dos que crucificam, dos que excluem, mas sim ao lado dos crucificados, dos excluídos.   A cruz de Jesus e as cruzes do mundo No mundo há muitas cruzes que causam sofrimento. Há três tipos de cruzes, três tipos de sofrimento: - A cruz da condição humana: Como criaturas, somos limitados. Isto pode nos causar dor e sofrimento muitas vezes. A morte natural de um ente querido, a ansiedade de uma escolha, a fragilidade das amizades, tudo isso nos causa dor. Não há como se rebelar contra isso. Aceita-se. - A cruz da maldade humana. Há muito sofrimento inútil no mundo, fruto da injustiça. Uma criança que morre na fila do hospital, um adolescente drogado, um jovem sem emprego... tudo isso é uma cruz muito grande. Não se pode aceitar. Rejeita-se. - A cruz da solidariedade humana. Há muita gente que, além do seu sofrimento, procura ajudar os outros a carregar a sua cruz, sobretudo a da maldade humana. Não se conformam com o sofrimento inútil e buscam o sofrimento e a cruz como forma de solidariedade com quem sofre. Assim foi Jesus. Embora não tenha pecado, assumiu as consequências do pecado da humanidade e sofreu para tirar o sofrimento do mundo.   O jovem e a cruz Estas cruzes também estão presentes na vida dos jovens. Não existe vida fácil para ninguém. É gostoso ser jovem. É alegre ser jovem, mas também é um desafio ser jovem. No Brasil, por exemplo, há uma paridade entre meninos e meninas por ocasião do nascimento. No entanto, na adolescência e juventude, o número de rapazes é muito menor que o de meninas. A morte ronda os rapazes. São eles que mais morrem nos acidentes de trânsito, na overdose de drogas, nos homicídios e latrocínios, nos acidentes de trabalho... Estas cruzes são violentas e causam muita dor. A massa juvenil, sobretudo dos jovens cristãos, não pode ficar indiferente a essa situação. Um jovem ferido, injustiçado, desmoralizado, banalizado... é um desafio para os outros jovens. Antigamente se dizia que era preciso evitar as más companhias. Hoje, deve-se dizer que é preciso incentivar as boas companhias. Dom Bosco dizia que não são os bons que devem ter medo dos maus, mas justamente o contrário. Neste aspecto, Jesus é o nosso grande modelo. Assumiu as dores o mundo, não para se conformar com elas, mas justamente para tirá-las do mundo.   A cruz como símbolo As cruzes nos tribunais, nas casas de família, nas salas de aula, nos cemitérios, nas tatuagens, nos peitos das pessoas, é uma lembrança de que Jesus Cristo morreu na cruz para tirar as cruzes, o sofrimento do mundo. Jesus poderia ter salvo o mundo pela prepotência, pelo poderio, pela destruição poderosa do mal. O caminho assumido por ele foi o do serviço. A cruz de Jesus significa rebaixamento, humilhação, enfraquecimento de Deus para quebrar todas as prepotências do mundo. Um jovem prevalecido, prepotente, é um sinal de que o mundo não tem cura. Ao contrário, um jovem humilde sem ser subserviente, um jovem generoso sem se deixar explorar, é um sinal de que o mundo tem esperança, tem ressurreição.   Padre Marcos Sandrini, SDB, é diretor da Faculdade Dom Bosco de Porto Alegre, RS.
“Proteger”, defender, “guardar” bem cada pessoa e toda a criação, com grande respeito, amor e ternura: esta a mensagem central da homilia do Papa Francisco na Missa de início do seu ministério petrino, na manhã de 19 de março, na Praça de São Pedro, na festa de São José, patrono da Igreja universal. “Uma coincidência densa de significado” – observou o Papa, que recordou ser esse o nome do seu “venerado Predecessor”: “acompanhamo-lo com a oração, cheia de estima e reconhecimento”. Toda a homilia se concentrou no modo como são José viveu a sua missão de proteger e defender Jesus. “Com discrição, com humildade, no silêncio, mas com uma presença constante e uma fidelidade total, mesmo quando não consegue entender.” Desde o casamento com Maria até ao episódio de Jesus…no templo de Jerusalém, ele acompanha com solicitude e amor cada momento. Permanece ao lado de Maria… nos momentos serenos como nos momentos difíceis da vida… assim como também na vida quotidiana da casa de Nazaré, na carpintaria onde ensinou o ofício a Jesus… … José a sua vocação de guardião de Maria, de Jesus, da Igreja… numa constante atenção a Deus, aberto aos seus sinais, disponível mais ao projecto d’Ele que ao seu… Nele, queridos amigos, vemos como se responde à vocação de Deus: com disponibilidade e prontidão; mas vemos também qual é o centro da vocação cristã: Cristo. Guardemos Cristo na nossa vida, para guardar os outros, para guardar a criação! – sublinhou o Papa. “Entretanto a vocação de guardião não diz respeito apenas a nós, cristãos, mas tem uma dimensão antecedente, que é simplesmente humana e diz respeito a todos: é a de guardar a criação inteira, a beleza da criação, como se diz no livro de Génesis e nos mostrou São Francisco de Assis: é ter respeito por toda a criatura de Deus e pelo ambiente onde vivemos. É guardar as pessoas, cuidar carinhosamente de todas elas e cada uma, especialmente das crianças, dos idosos, daqueles que são mais frágeis e que muitas vezes estão na periferia do nosso coração.” Proteger e “guardar” como José – advertiu Papa Francisco, é também “viver com sinceridade as amizades, que são um mútuo guardar-se na intimidade, no respeito e no bem. Fundamentalmente tudo está confiado à guarda do homem, e é uma responsabilidade que nos diz respeito a todos. Sede guardiões dos dons de Deus”. Quando o homem falha nesta responsabilidade, quando não cuidamos da criação e dos irmãos, então tem lugar a destruição, o coração fica ressequido… “Queria pedir, por favor, a quantos ocupam cargos de responsabilidade em âmbito económico, político ou social, a todos os homens e mulheres de boa vontade: sejamos «guardiões» da criação, do desígnio de Deus inscrito na natureza, guardiões do outro, do ambiente; não deixemos que sinais de destruição e morte acompanhem o caminho deste nosso mundo! Mas, para «guardar», devemos também cuidar de nós mesmos. Lembremo-nos de que o ódio, a inveja, o orgulho sujam a vida; então guardar quer dizer vigiar sobre os nossos sentimentos, o nosso coração, porque é dele que saem as boas intenções e as más: aquelas que edificam e as que destroem. Não devemos ter medo de bondade, ou mesmo de ternura.”   Papa Francisco insistiu: “cuidar, guardar requer bondade, requer ser praticado com ternura” São José é homem forte, corajoso, trabalhador, mas, no íntimo, sobressai uma grande ternura, que não é a virtude dos fracos, antes pelo contrário denota fortaleza de ânimo e capacidade de solicitude, de compaixão, de verdadeira abertura ao outro, de amor. Não devemos ter medo da bondade, da ternura! Neste contexto, o Papa fez uma referência – a única – ao “início do ministério do novo Bispo de Roma, Sucessor de Pedro”, que – reconheceu – “inclui também um poder… Jesus deu um poder a Pedro, mas de que poder se trata?”  “Não esqueçamos jamais que o verdadeiro poder é o serviço, e que o próprio Papa, para exercer o poder, deve entrar sempre mais naquele serviço que tem o seu vértice luminoso na Cruz; deve olhar para o serviço humilde, concreto, rico de fé, de São José e, como ele, abrir os braços para guardar todo o Povo de Deus e acolher, com afecto e ternura, a humanidade inteira, especialmente os mais pobres, os mais fracos, os mais pequeninos, aqueles que Mateus descreve no Juízo final sobre a caridade: quem tem fome, sede, é estrangeiro, está nu, doente, na prisão (cf. Mt 25, 31-46). Só quem serve com amor é capaz de proteger.” A concluir. Papa Francisco referiu ainda a segunda Leitura, em que São Paulo fala de Abraão, que acreditou «com uma esperança, para além do que se podia esperar». Hoje, em dia, perante tantas nuvens escuras, há muita necessidade de esperança! “Guardar a criação, cada homem e cada mulher, com um olhar de ternura e amor, é abrir o horizonte da esperança, é abrir um rasgo de luz no meio de tantas nuvens, é levar o calor da esperança!”  “Guardar Jesus com Maria, guardar a criação inteira, guardar toda a pessoa, especialmente a mais pobre, guardarmo-nos a nós mesmos: eis um serviço que o Bispo de Roma está chamado a cumprir, mas para o qual todos nós estamos chamados, fazendo resplandecer a estrela da esperança: Guardemos com amor aquilo que Deus nos deu!Peço a intercessão da Virgem Maria, de São José, de São Pedro e São Paulo, de São Francisco, para que o Espírito Santo acompanhe o meu ministério, e, a todos vós, digo: rezai por mim! Amém!”
Terça, 19 Março 2013 14:48

O Papa Francisco e os Salesianos

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  À medida que se passam os dias, emergem mais e mais episódios e aspectos da figura do Papa Francisco. Muitos deles se ligam ao mundo salesiano. Além da especial devoção a Nossa Sra. Auxiliadora – manifestada todo o dia 24 de cada mês, no Santuário mariano do Bairro Almagro, de Buenos Aires – há outros mais. O novo Papa é também um ex-aluno salesiano.   Em 1949, Jorge Mario Bergoglio frequentou, junto com o irmão menor, o colégio salesiano ‘Wilfrid Barón’, de Ramos Mejía, na classe de 6°B. Recebeu, como prova o elenco dos premiados daquele ano, também o 1º Prêmio de Comportamento e de Religião e Evangelho.   Uma acurada biografia, publicada pelo jornal argentino ‘La Nación’, conta que, além disso, o novo Papa, na idade de 17 anos, teve como Diretor espiritual o P. Enrico Pozzoli SDB, da comunidade salesiana de Almagro, sacerdote que, antes de levar o carisma de Dom Bosco até à Terra do Fogo, deixou nele um sinal indelével. Foi o P. Pozzoli que sugeriu ao jovem Bergoglio viajar até as montanhas de Tandil para recuperar os seus pulmões; foi com ele que o futuro Papa definiu a sua admissão ao seminário de Villa Devoto; e a ele é dedicada uma lembrança no prefácio do primeiro livro escrito pelo Cardeal Bergoglio – Meditações para os religiosos – devido à “forte incidência” que o salesiano exerceu em sua vida, e ao seu “exemplo de serviço eclesial e de consagração religiosa”.   Em Tandil, aos 18 anos, Bergoglio encontrou Roberto Musante, dois anos mais velho, que voltaria a reencontrar em outras ocasiões mais complexas, como quando Bergoglio, no período da ditadura, acolheu três seminaristas do bispo Enrique Angelelli.   Em Tandil, relembra o P. Musante, os dois puderam conhecer-se e falar, não obstante Bergoglio “ficasse antes silencioso e humilde”. Os dois jovens seguiram ao depois caminhos vocacionais diversos. Hoje o P. Musante, feito salesiano, encontra-se em Angola, onde toma conta e educa centenas de jovens no bairro da Lixeira. Bergoglio. ao invés, escolheu seguir Santo Inácio de Loyola.
Quase 1500 pessoas se reuniram no dia 10 de março, na matriz Nossa Senhora Auxiliadora, em Ponta Grossa, para acompanhar a celebração de Ordenação Diaconal dos, agora, diáconos Permanentes: Aluisio Macedo Rosa (Paróquia Imaculada Conceição); Augusto Rota e José Joanir Alves de Oliveira (Paróquia Nossa Senhor Auxiliadora); e Valdinei Antonio Miranda (Paróquia Senhor Bom Jesus).   A celebração foi presidida por Dom Sergio Arthur Braschi, bispo da Diocese de Ponta Grossa, padres diocesanos e seculares, padres salesianos, diáconos permanentes e candidatos ao diaconato, além das irmãs Franciscanas da Sagrada Família de Maria e fiéis. Após a celebração, que durou quase três horas, os novos diáconos recepcionaram os familiares e amigos no salão paroquial da matriz Auxiliadora.   Da Inspetoria Salesiana São Pio X estavam presentes os padres Leo Kieling, José Rodolpho Hess e João Pedro da Silva Peres, além dos padres Ademir Ricardo Cwendrych, Hermínio Tambosi  e Jaime Kniess.   A celebração foi organizada pelas mulheres dos quatro diáconos e marcou a primeira Ordenação de diácono Permanente da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora. Um dos pontos marcantes da celebração foi a hora do canto da ladainha, durante a qual os diáconos ficaram prostrados de rosto no chão.   Ao término da celebração, os filhos dos diáconos trouxeram objetos que simbolizavam um ponto marcante da vida de seus pais, e suas mulheres junto às mulheres dos diáconos presentes homenagearam Maria Santíssima, que está à frente da caminhada da Família Diaconal da Diocese de Ponta Grossa.   Inspetoria Salesiana São Pio X
Após a eleição do Papa Francisco, o reitor-mor dos salesianos, padre Pascual Chávez Villanueva, transmite à Congregação e à Família Salesiana (FS) uma nova mensagem, que confirma a grande ligação dos Filhos de Dom Bosco com o sucessor de Pedro.   "Tive a graça de estar na Praça de São Pedro repleta por milhares e milhares de pessoas, especialmente de jovens, no momento em que ouvimos a tão esperada mensagem:   “Annuntio vobis gaudium magnum; habemus Papam: Eminentissimum ac Reverendissimum Dominum, Dominum Georgium Marium Sanctae Romanae Ecclesiae Cardinalem Bergoglio qui sibi nomen imposuit   FRANCISCUM”.   Embora não mencionado entre os “papáveis” – e isto num primeiro momento causou uma certa perplexidade naqueles que não o conheciam –, o acolhimento ao novo sucessor de Pedro não se fez esperar: e a resposta foi um longo aplauso, expressão de uma grande alegria, acompanhada pelas primeiras aclamações: ‘Francesco, Francesco, Francesco, .... ’   Foi mais uma vez o Espírito Santo a guiar os cardeais na eleição do Homem que Deus mesmo havia escolhido para vigário de Cristo.   Unido a todos vós, caros irmãos e irmãs, membros todos da Família Salesiana e jovens, rendo graças e louvores a Deus pelo grandíssimo presente que Ele nos deu na pessoa do cardeal Jorge Mario Bergoglio, Jesuíta, arcebispo de Buenos Aires, que tive a graça de conhecer e com ele tratar pessoalmente na Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano em Aparecida e, posteriormente, por ocasião da beatificação de Zeferino Namuncurá.   A escolha do nome, Francisco, é significativa, porque de certo modo contém alguns dos traços mais característicos da sua pessoa – a simplicidade, a pobreza, a autenticidade – e, ao mesmo tempo, se torna programática porque realça elementos que devem hoje definir o semblante da Igreja e o seu relacionamento com o mundo.   Antes de dar a sua primeira bênção como Pontífice, ele nos pediu que o abençoássemos. Em profundo silêncio, cada qual o fez do mais fundo do seu coração, deixando-se guiar pelo Espírito. Convido-vos agora a invocar sobre ele a abundância dos dons do Espírito, a fim de que tenha a Luz com que discernir quanto Deus espera da Sua Igreja hoje, e encontre a energia para o concretizar.   Com espírito de fé, de grande estima e de devoção, acolhamos o Papa Francisco, como o faria Dom Bosco, e, enquanto o confiamos ao cuidado e à guia materna de Maria Auxiliadora, lhe asseguremos o nosso afeto, a nossa obediência e a nossa mais sincera e decidida colaboração, neste tempo de nova evangelização.   Padre Pascual Chávez Villanueva SDB Reitor-mor   InfoANS
Quinta, 07 Março 2013 15:29

A Sé Vacante

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A cadeira de Pedro está vazia. Seu último ocupante, nosso querido Bento XVI, às 20 horas do dia 28 de fevereiro, encerrou seu pontificado e recolheu-se ao palácio apostólico de Castelgandolfo, nas vizinhanças de Roma, para meditar e rezar pela Igreja. Esta decisão do Pontífice havia sido tomada após sua viagem ao México e a Cuba.... “depois de ter repetidas vezes examinado a própria consciência diante de Deus” – conscientia mea iterum atque iterum coram Deo explorata. Explicou que pela idade avançada, suas forças não são mais apropriadas “para governar a barca de Pedro e anunciar o Evangelho”.   No final do Concistório de 11 de fevereiro, o Santo Padre leu em latim um texto escrito de próprio punho: “Bem consciente da gravidade deste ato, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de bispo de Roma, Sucessor de São Pedro, que me foi confiado pelas mãos dos Senhores Cardeais em 19 de abril de 2005. Assim a Sé de Roma, a Sé de São Pedro, ficará vacante e deverá ser convocado por quem de direito o Conclave para eleição do novo Sumo Pontífice. Agradeço de coração o amor e a fadiga com que carregastes comigo o peso de meu ministério e peço perdão por todos os meus defeitos. ” Aos fiéis reunidos na audiência geral das quartas-feiras, ele repetiu: “Como sabeis, decidi renunciar ao ministério que o Senhor me confiou. Fi-lo em plena liberdade para o bem da Igreja, depois de ter longamente rezado e examinado minha consciência diante de Deus, bem ciente da gravidade de tal ato, mas igualmente ciente de já não ser mais capaz de desempenhar o ministério petrino com a força que o mesmo exige. Anima-me e ilumina-me a certeza de que a Igreja é de Cristo, o qual jamais lhe deixará faltar orientação e solicitude. Nestes dias, não fáceis para mim, senti quase fisicamente a força  que me proporcionam o amor da Igreja e a vossa oração. Continuai a rezar por mim, pela Igreja, pelo futuro Papa.” E acrescentou: “Eu sempre soube que naquela barca está o Senhor, e sempre soube que a barca da Igreja não é minha, não é nossa, mas é Sua, é Dele.” Na despedida aos cardeais, na manhã do dia da renúncia, ele afirmou: “Entre vós, no Colégio Cardinalício, está também o futuro Papa, ao qual desde hoje prometo minha incondicional reverência e obediência.” Palavras de um santo Pontífice.   Um sentimento de profunda gratidão e reconhecimento de suas virtudes e dotes pessoais  como Sumo Pontífice foi o que marcou a avalanche de mensagens de afeto e gratidão vindas a Roma de todas as partes do planeta. Só para citar algumas: a carta escrita pelos Cardeais a Bento XVI, assinada e entregue a ele pelo Decano do Sacro Colégio Card. Sodano, os episcopados do mundo inteiro, entre os quais a nossa CNBB. Fora da Igreja Católica: a mensagem do arcebispo ortodoxo  de Constantinopla, Bartolomeu, e do metropolita Hilarion de Moscou; o secretário-geral do Conselho Mundial das Igrejas Fykse, o rabino-chefe de Israel, Metzger, o grão imã, do Islam sunita, o presidente israelita Shimon Peres; o Secretário Geral da ONU, Ban Ki-moon, o presidente dos Estados Unidos e sua mulher, o rei Juan Carlos, ressaltando a relação especial do Papa com a Espanha. O jornal do Vaticano fala, por último, de vários países da América Latina, sem citar especificamente algum.   Nosso reitor-mor, padre Pascual Chávez, dirigiu emocionada mensagem a toda a Família Salesiana, da qual distinguimos o seguinte trecho: “Ainda que profundamente surpresos pela decisão do Santo Padre de apresentar sua renúncia de continuar na guia da Barca de Pedro e na confirmação de seus irmãos na fé, por meio do anúncio do Evangelho, seu testemunho de vida, seu sofrimento e sua oração – nos tornam edificados  por este gesto exemplar e profético. Sua decisão é fruto de oração e sinal exemplar de obediência a Deus! Trata-se mais uma vez de um traço característico seu: a humildade que o torna livre perante Deus e os homens, e mostra claramente seu sentido de responsabilidade. Enquanto – como teria feito Dom Bosco – exprimimos ao Santo Padre toda nossa gratidão pela generosidade com que serviu à Igreja e fez sentir sua paternidade relativamente à nossa Família, o acompanharemos nesta nova fase de sua vida com nosso grande afeto e nossa oração.”   Os oito anos do pontificado do grande papa, teólogo esclarecido e pastor humilde - desde a eleição - marcam de dor e glória a bimilenar história da Igreja de Jesus.   Dom Edvaldo G. Amaral é  arcebispo emérito de Maceió, AL
Durante a reunião do Conselho Permanente, na tarde desta quarta-feira, dia 06 de março, o bispo auxiliar de Aparecida, SP, Dom Darci José Nicioli, apresentou aos bispos o projeto da celebração dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida. A proposta foi elaborada em conjunto pela Arquidiocese de Aparecida e Santuário Nacional, a pedido do cardeal Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida.   A programação, que já começou e deverá se estender até o ano de 2017, busca promover a evangelização e reavivar o sentimento de corpo eclesial no país, pela devoção a Nossa Senhora Aparecida, a partir do Santuário e das Igrejas Particulares. “Nosso povo tem grande devoção à Mãe de Deus. A oportunidade deste jubileu deve favorecer o agir missionário, o kerigma e o aprofundamento da fé”, afirmou Dom Darci.   A temática das novenas oficiais da Padroeira do Brasil, entre 2012 e 2015, são os mistérios do rosário. Em 2016, a proposta é de que seja refletido “Os rostos do Brasil – O Brasil se encontra em Aparecida”. No ano de 2017, em sintonia com o Santuário de Fátima – que celebra os 100 anos das aparições de Maria – as cerimônias ganharão caráter internacional.   Também há o desejo de se realizar uma peregrinação com a imagem da padroeira do Brasil pelas capitais do país, e uma conferência teológica sobre Nossa Senhora em Aparecida, no ano de 2017. “300 anos de bênçãos: esse será o lema das comemorações!”, afirmou Dom Darci. O projeto está aberto a sugestões e será oficialmente apresentado ao episcopado brasileiro na próxima Assembleia Geral dos Bispos, em abril.   CNBB
Boletim Salesiano
Segunda, 06 Mai 2013 16:56

A acolhida ao Papa Francisco

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  (...) acolhamos o Papa Francisco, como o faria Dom Bosco, e, enquanto o confiamos ao cuidado e à guia materna de Maria Auxiliadora, lhe asseguremos o nosso afeto, a nossa obediência e a nossa mais sincera e decidida colaboração, neste tempo de nova evangelização (Padre Pascual Chávez Villanueva, em mensagem aos salesianos e a toda a Família Salesiana).   A Igreja Católica conheceu no dia 13 de março o seu 266º Papa: o cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio. Jesuíta, com 76 anos de idade, o novo Sumo Pontífice é o primeiro Papa latino-americano e também o primeiro jesuíta da história da Igreja. Escolhido para suceder Bento 16, o cardeal argentino adotou o nome de Francisco em homenagem a São Francisco de Assis, um santo conhecido pela sua humildade e dedicação aos pobres. Logo após ser anunciado como o novo líder da Igreja, Jorge Mario Bergoglio apareceu na varanda central da Basílica de São Pedro, onde uma multidão de fiéis o aguardava para a sua primeira benção. No entanto, o Papa, em um gesto autêntico de humildade, pediu aos fiéis que primeiro o abençoassem no início de seu pontificado. “Antes de dar a sua primeira bênção como Pontífice, ele nos pediu que o abençoássemos. Em profundo silêncio, cada qual o fez do mais fundo do seu coração, deixando-se guiar pelo Espírito (...)”, relatou o reitor-mor dos salesianos, padre Pascual Chávez Villanueva, em sua mensagem à Família Salesiana.  
O processo de canonização do Papa João Paulo II está procedendo a passos largos e já se fala que ele poderá ser proclamado santo no próximo mês de outubro. Na semana passada, a consulta dos médicos da Congregação das Causas dos Santos reconheceu como inexplicável uma cura de uma mulher atribuída ao bem-aventurado João Paulo II.   O possível milagre deverá ser aprovado também pela comissão de teólogos e cardeais, levando o Papa polonês a ser reconhecido santo em tempo recorde, em apenas oito anos desde sua morte.   O processo é realizado com discrição. Em janeiro deste ano, o postulador da causa, monsenhor Slawomir Oder, apresentou para um parecer preliminar uma cura milagrosa à Congregação vaticana dos Santos. Dois médicos da consulta vaticana examinaram previamente este novo caso, dando ambos um parecer favorável. Então toda a prática foi apresentada oficialmente ao dicastério, que o inseriu imediatamente na agenda dos trabalhos.   Na semana passada, houve debate de uma comissão de sete médicos e o parecer foi favorável. É evidente a vontade da Congregação para as Causas dos Santos, que tem o aval também de Papa Francisco, em terminar todo o processo com a canonização do papa polonês.   Em maio, será realizada a congregação dos teólogos e dos cardeais da Congregação para as Causas dos santos e, em junho, o Consistório ordinário com a aprovação do Papa.   Canção Nova
O padre salesiano André Torres, pároco da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em São Paulo, foi nomeado pelo arcebispo de São Paulo, o cardeal Dom Odilo Scherer, como novo assessor do Setor Juventude da Arquidiocese de São Paulo. O ato de nomeação foi assinado no dia 31 de março e publicado no dia 4 de abril.   A primeira reunião oficial na nova função será realizada neste sábado, 6 de abril, no Centro Pastoral São José, na Região Episcopal Belém. Além da nova função de assessor do Setor Juventude da Arquidiocese de São Paulo, padre André continuará exercendo a função de referencial para a juventude no Regional Sul 1 (Estado de São Paulo) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).   A participação salesiana em serviços maiores não é nova. O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB, Dom Pinheiro, também é salesiano, assim como o padre Antônio Ramos do Prado (Pe. Toninho), assessor da mesma comissão. Dom Tarcísio Scaramussa, referencial para a juventude na Arquidiocese de São Paulo, e outros muitos religiosos no Brasil e mundo afora, mostrando a comunhão e o comprometimento com a Igreja e com os jovens, razão da existência da congregação.   Inspetoria Salesiana de São Paulo
Sábado, 23 Março 2013 15:48

A cruz de Jesus e as cruzes da juventude

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  O tempo da Quaresma e a Campanha da Fraternidade 2013, que este ano tem a juventude como tema, propiciam um momento especial para refletir sobre o significado da Cruz.   O Evangelho de Jesus foi escrito trinta anos após sua morte. Os discípulos anunciam Jesus e atraem mais seguidores em todas as partes do extenso império romano. Começam as perseguições. Assim como Cristo foi perseguido, torturado e crucificado, também muitos de seus discípulos passam pela mesma situação. Paulo (1Cor 1, 17ss) afirma que a cruz de Cristo é escândalo e loucura. Os romanos tinham três tipos de execução que eram considerados os mais aviltantes de todos: agonizar na cruz, ser devorado pelas feras ou ser queimado vivo na fogueira. A crucifixão não era uma simples execução, mas uma lenta tortura. A flagelação faz parte da execução. Ela era um ato público que não era aplicada aos cidadãos romanos. Havia crucifixões em massa. De acordo com a tradição dos judeus, um homem pendurado numa árvore é uma maldição de Deus. Assim, além da dor, acrescenta-se a maldição.   E Jesus, por que foi condenado e morto na cruz? Jesus foi condenado porque se insurgiu contra o templo. Este foi o último ato da vida pública de Jesus. Os romanos o condenaram como um perturbador indesejável. Jesus é morto por ser perigoso. O profeta do Reino de Deus foi morto pelo representante do Império Romano por instigação e iniciativa da aristocracia do templo. Em uma manhã de abril do ano 30, se encontram frente a frente um réu manietado e indefeso chamado Jesus de Nazaré e o representante do mais poderoso sistema imperial que a história conheceu, Pôncio Pilatos. Deus Pai enviou seu Filho ao mundo para que o mundo fosse salvo. Deus nos ama a ponto de entregar seu próprio Filho (Jo 3,16). A grande opção de Deus assumida por Jesus foi a salvação do mundo pelo serviço e não pela dominação. Esperava-se um Messias dominador, e veio um Messias sofredor, servidor. A vida de Jesus foi uma constante tentação entre o serviço e a dominação. O Evangelho da tentação de Jesus relata isto... Os discípulos também são tentados e tentam Jesus. Jesus morreu na cruz porque foi fiel à sua missão de servo e não de Senhor e dominador. A cruz de Jesus é consequência do estilo de vida que escolheu. A resposta foi a ressurreição de Jesus para a glória. Vida como Jesus viveu não pode morrer. A ressurreição de Jesus é a resposta do amor de Deus à entrega total de Jesus. A ressurreição de Jesus vem afirmar que Deus não se coloca do lado dos que crucificam, dos que excluem, mas sim ao lado dos crucificados, dos excluídos.   A cruz de Jesus e as cruzes do mundo No mundo há muitas cruzes que causam sofrimento. Há três tipos de cruzes, três tipos de sofrimento: - A cruz da condição humana: Como criaturas, somos limitados. Isto pode nos causar dor e sofrimento muitas vezes. A morte natural de um ente querido, a ansiedade de uma escolha, a fragilidade das amizades, tudo isso nos causa dor. Não há como se rebelar contra isso. Aceita-se. - A cruz da maldade humana. Há muito sofrimento inútil no mundo, fruto da injustiça. Uma criança que morre na fila do hospital, um adolescente drogado, um jovem sem emprego... tudo isso é uma cruz muito grande. Não se pode aceitar. Rejeita-se. - A cruz da solidariedade humana. Há muita gente que, além do seu sofrimento, procura ajudar os outros a carregar a sua cruz, sobretudo a da maldade humana. Não se conformam com o sofrimento inútil e buscam o sofrimento e a cruz como forma de solidariedade com quem sofre. Assim foi Jesus. Embora não tenha pecado, assumiu as consequências do pecado da humanidade e sofreu para tirar o sofrimento do mundo.   O jovem e a cruz Estas cruzes também estão presentes na vida dos jovens. Não existe vida fácil para ninguém. É gostoso ser jovem. É alegre ser jovem, mas também é um desafio ser jovem. No Brasil, por exemplo, há uma paridade entre meninos e meninas por ocasião do nascimento. No entanto, na adolescência e juventude, o número de rapazes é muito menor que o de meninas. A morte ronda os rapazes. São eles que mais morrem nos acidentes de trânsito, na overdose de drogas, nos homicídios e latrocínios, nos acidentes de trabalho... Estas cruzes são violentas e causam muita dor. A massa juvenil, sobretudo dos jovens cristãos, não pode ficar indiferente a essa situação. Um jovem ferido, injustiçado, desmoralizado, banalizado... é um desafio para os outros jovens. Antigamente se dizia que era preciso evitar as más companhias. Hoje, deve-se dizer que é preciso incentivar as boas companhias. Dom Bosco dizia que não são os bons que devem ter medo dos maus, mas justamente o contrário. Neste aspecto, Jesus é o nosso grande modelo. Assumiu as dores o mundo, não para se conformar com elas, mas justamente para tirá-las do mundo.   A cruz como símbolo As cruzes nos tribunais, nas casas de família, nas salas de aula, nos cemitérios, nas tatuagens, nos peitos das pessoas, é uma lembrança de que Jesus Cristo morreu na cruz para tirar as cruzes, o sofrimento do mundo. Jesus poderia ter salvo o mundo pela prepotência, pelo poderio, pela destruição poderosa do mal. O caminho assumido por ele foi o do serviço. A cruz de Jesus significa rebaixamento, humilhação, enfraquecimento de Deus para quebrar todas as prepotências do mundo. Um jovem prevalecido, prepotente, é um sinal de que o mundo não tem cura. Ao contrário, um jovem humilde sem ser subserviente, um jovem generoso sem se deixar explorar, é um sinal de que o mundo tem esperança, tem ressurreição.   Padre Marcos Sandrini, SDB, é diretor da Faculdade Dom Bosco de Porto Alegre, RS.
“Proteger”, defender, “guardar” bem cada pessoa e toda a criação, com grande respeito, amor e ternura: esta a mensagem central da homilia do Papa Francisco na Missa de início do seu ministério petrino, na manhã de 19 de março, na Praça de São Pedro, na festa de São José, patrono da Igreja universal. “Uma coincidência densa de significado” – observou o Papa, que recordou ser esse o nome do seu “venerado Predecessor”: “acompanhamo-lo com a oração, cheia de estima e reconhecimento”. Toda a homilia se concentrou no modo como são José viveu a sua missão de proteger e defender Jesus. “Com discrição, com humildade, no silêncio, mas com uma presença constante e uma fidelidade total, mesmo quando não consegue entender.” Desde o casamento com Maria até ao episódio de Jesus…no templo de Jerusalém, ele acompanha com solicitude e amor cada momento. Permanece ao lado de Maria… nos momentos serenos como nos momentos difíceis da vida… assim como também na vida quotidiana da casa de Nazaré, na carpintaria onde ensinou o ofício a Jesus… … José a sua vocação de guardião de Maria, de Jesus, da Igreja… numa constante atenção a Deus, aberto aos seus sinais, disponível mais ao projecto d’Ele que ao seu… Nele, queridos amigos, vemos como se responde à vocação de Deus: com disponibilidade e prontidão; mas vemos também qual é o centro da vocação cristã: Cristo. Guardemos Cristo na nossa vida, para guardar os outros, para guardar a criação! – sublinhou o Papa. “Entretanto a vocação de guardião não diz respeito apenas a nós, cristãos, mas tem uma dimensão antecedente, que é simplesmente humana e diz respeito a todos: é a de guardar a criação inteira, a beleza da criação, como se diz no livro de Génesis e nos mostrou São Francisco de Assis: é ter respeito por toda a criatura de Deus e pelo ambiente onde vivemos. É guardar as pessoas, cuidar carinhosamente de todas elas e cada uma, especialmente das crianças, dos idosos, daqueles que são mais frágeis e que muitas vezes estão na periferia do nosso coração.” Proteger e “guardar” como José – advertiu Papa Francisco, é também “viver com sinceridade as amizades, que são um mútuo guardar-se na intimidade, no respeito e no bem. Fundamentalmente tudo está confiado à guarda do homem, e é uma responsabilidade que nos diz respeito a todos. Sede guardiões dos dons de Deus”. Quando o homem falha nesta responsabilidade, quando não cuidamos da criação e dos irmãos, então tem lugar a destruição, o coração fica ressequido… “Queria pedir, por favor, a quantos ocupam cargos de responsabilidade em âmbito económico, político ou social, a todos os homens e mulheres de boa vontade: sejamos «guardiões» da criação, do desígnio de Deus inscrito na natureza, guardiões do outro, do ambiente; não deixemos que sinais de destruição e morte acompanhem o caminho deste nosso mundo! Mas, para «guardar», devemos também cuidar de nós mesmos. Lembremo-nos de que o ódio, a inveja, o orgulho sujam a vida; então guardar quer dizer vigiar sobre os nossos sentimentos, o nosso coração, porque é dele que saem as boas intenções e as más: aquelas que edificam e as que destroem. Não devemos ter medo de bondade, ou mesmo de ternura.”   Papa Francisco insistiu: “cuidar, guardar requer bondade, requer ser praticado com ternura” São José é homem forte, corajoso, trabalhador, mas, no íntimo, sobressai uma grande ternura, que não é a virtude dos fracos, antes pelo contrário denota fortaleza de ânimo e capacidade de solicitude, de compaixão, de verdadeira abertura ao outro, de amor. Não devemos ter medo da bondade, da ternura! Neste contexto, o Papa fez uma referência – a única – ao “início do ministério do novo Bispo de Roma, Sucessor de Pedro”, que – reconheceu – “inclui também um poder… Jesus deu um poder a Pedro, mas de que poder se trata?”  “Não esqueçamos jamais que o verdadeiro poder é o serviço, e que o próprio Papa, para exercer o poder, deve entrar sempre mais naquele serviço que tem o seu vértice luminoso na Cruz; deve olhar para o serviço humilde, concreto, rico de fé, de São José e, como ele, abrir os braços para guardar todo o Povo de Deus e acolher, com afecto e ternura, a humanidade inteira, especialmente os mais pobres, os mais fracos, os mais pequeninos, aqueles que Mateus descreve no Juízo final sobre a caridade: quem tem fome, sede, é estrangeiro, está nu, doente, na prisão (cf. Mt 25, 31-46). Só quem serve com amor é capaz de proteger.” A concluir. Papa Francisco referiu ainda a segunda Leitura, em que São Paulo fala de Abraão, que acreditou «com uma esperança, para além do que se podia esperar». Hoje, em dia, perante tantas nuvens escuras, há muita necessidade de esperança! “Guardar a criação, cada homem e cada mulher, com um olhar de ternura e amor, é abrir o horizonte da esperança, é abrir um rasgo de luz no meio de tantas nuvens, é levar o calor da esperança!”  “Guardar Jesus com Maria, guardar a criação inteira, guardar toda a pessoa, especialmente a mais pobre, guardarmo-nos a nós mesmos: eis um serviço que o Bispo de Roma está chamado a cumprir, mas para o qual todos nós estamos chamados, fazendo resplandecer a estrela da esperança: Guardemos com amor aquilo que Deus nos deu!Peço a intercessão da Virgem Maria, de São José, de São Pedro e São Paulo, de São Francisco, para que o Espírito Santo acompanhe o meu ministério, e, a todos vós, digo: rezai por mim! Amém!”
Terça, 19 Março 2013 14:48

O Papa Francisco e os Salesianos

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  À medida que se passam os dias, emergem mais e mais episódios e aspectos da figura do Papa Francisco. Muitos deles se ligam ao mundo salesiano. Além da especial devoção a Nossa Sra. Auxiliadora – manifestada todo o dia 24 de cada mês, no Santuário mariano do Bairro Almagro, de Buenos Aires – há outros mais. O novo Papa é também um ex-aluno salesiano.   Em 1949, Jorge Mario Bergoglio frequentou, junto com o irmão menor, o colégio salesiano ‘Wilfrid Barón’, de Ramos Mejía, na classe de 6°B. Recebeu, como prova o elenco dos premiados daquele ano, também o 1º Prêmio de Comportamento e de Religião e Evangelho.   Uma acurada biografia, publicada pelo jornal argentino ‘La Nación’, conta que, além disso, o novo Papa, na idade de 17 anos, teve como Diretor espiritual o P. Enrico Pozzoli SDB, da comunidade salesiana de Almagro, sacerdote que, antes de levar o carisma de Dom Bosco até à Terra do Fogo, deixou nele um sinal indelével. Foi o P. Pozzoli que sugeriu ao jovem Bergoglio viajar até as montanhas de Tandil para recuperar os seus pulmões; foi com ele que o futuro Papa definiu a sua admissão ao seminário de Villa Devoto; e a ele é dedicada uma lembrança no prefácio do primeiro livro escrito pelo Cardeal Bergoglio – Meditações para os religiosos – devido à “forte incidência” que o salesiano exerceu em sua vida, e ao seu “exemplo de serviço eclesial e de consagração religiosa”.   Em Tandil, aos 18 anos, Bergoglio encontrou Roberto Musante, dois anos mais velho, que voltaria a reencontrar em outras ocasiões mais complexas, como quando Bergoglio, no período da ditadura, acolheu três seminaristas do bispo Enrique Angelelli.   Em Tandil, relembra o P. Musante, os dois puderam conhecer-se e falar, não obstante Bergoglio “ficasse antes silencioso e humilde”. Os dois jovens seguiram ao depois caminhos vocacionais diversos. Hoje o P. Musante, feito salesiano, encontra-se em Angola, onde toma conta e educa centenas de jovens no bairro da Lixeira. Bergoglio. ao invés, escolheu seguir Santo Inácio de Loyola.
Quase 1500 pessoas se reuniram no dia 10 de março, na matriz Nossa Senhora Auxiliadora, em Ponta Grossa, para acompanhar a celebração de Ordenação Diaconal dos, agora, diáconos Permanentes: Aluisio Macedo Rosa (Paróquia Imaculada Conceição); Augusto Rota e José Joanir Alves de Oliveira (Paróquia Nossa Senhor Auxiliadora); e Valdinei Antonio Miranda (Paróquia Senhor Bom Jesus).   A celebração foi presidida por Dom Sergio Arthur Braschi, bispo da Diocese de Ponta Grossa, padres diocesanos e seculares, padres salesianos, diáconos permanentes e candidatos ao diaconato, além das irmãs Franciscanas da Sagrada Família de Maria e fiéis. Após a celebração, que durou quase três horas, os novos diáconos recepcionaram os familiares e amigos no salão paroquial da matriz Auxiliadora.   Da Inspetoria Salesiana São Pio X estavam presentes os padres Leo Kieling, José Rodolpho Hess e João Pedro da Silva Peres, além dos padres Ademir Ricardo Cwendrych, Hermínio Tambosi  e Jaime Kniess.   A celebração foi organizada pelas mulheres dos quatro diáconos e marcou a primeira Ordenação de diácono Permanente da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora. Um dos pontos marcantes da celebração foi a hora do canto da ladainha, durante a qual os diáconos ficaram prostrados de rosto no chão.   Ao término da celebração, os filhos dos diáconos trouxeram objetos que simbolizavam um ponto marcante da vida de seus pais, e suas mulheres junto às mulheres dos diáconos presentes homenagearam Maria Santíssima, que está à frente da caminhada da Família Diaconal da Diocese de Ponta Grossa.   Inspetoria Salesiana São Pio X
Após a eleição do Papa Francisco, o reitor-mor dos salesianos, padre Pascual Chávez Villanueva, transmite à Congregação e à Família Salesiana (FS) uma nova mensagem, que confirma a grande ligação dos Filhos de Dom Bosco com o sucessor de Pedro.   "Tive a graça de estar na Praça de São Pedro repleta por milhares e milhares de pessoas, especialmente de jovens, no momento em que ouvimos a tão esperada mensagem:   “Annuntio vobis gaudium magnum; habemus Papam: Eminentissimum ac Reverendissimum Dominum, Dominum Georgium Marium Sanctae Romanae Ecclesiae Cardinalem Bergoglio qui sibi nomen imposuit   FRANCISCUM”.   Embora não mencionado entre os “papáveis” – e isto num primeiro momento causou uma certa perplexidade naqueles que não o conheciam –, o acolhimento ao novo sucessor de Pedro não se fez esperar: e a resposta foi um longo aplauso, expressão de uma grande alegria, acompanhada pelas primeiras aclamações: ‘Francesco, Francesco, Francesco, .... ’   Foi mais uma vez o Espírito Santo a guiar os cardeais na eleição do Homem que Deus mesmo havia escolhido para vigário de Cristo.   Unido a todos vós, caros irmãos e irmãs, membros todos da Família Salesiana e jovens, rendo graças e louvores a Deus pelo grandíssimo presente que Ele nos deu na pessoa do cardeal Jorge Mario Bergoglio, Jesuíta, arcebispo de Buenos Aires, que tive a graça de conhecer e com ele tratar pessoalmente na Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano em Aparecida e, posteriormente, por ocasião da beatificação de Zeferino Namuncurá.   A escolha do nome, Francisco, é significativa, porque de certo modo contém alguns dos traços mais característicos da sua pessoa – a simplicidade, a pobreza, a autenticidade – e, ao mesmo tempo, se torna programática porque realça elementos que devem hoje definir o semblante da Igreja e o seu relacionamento com o mundo.   Antes de dar a sua primeira bênção como Pontífice, ele nos pediu que o abençoássemos. Em profundo silêncio, cada qual o fez do mais fundo do seu coração, deixando-se guiar pelo Espírito. Convido-vos agora a invocar sobre ele a abundância dos dons do Espírito, a fim de que tenha a Luz com que discernir quanto Deus espera da Sua Igreja hoje, e encontre a energia para o concretizar.   Com espírito de fé, de grande estima e de devoção, acolhamos o Papa Francisco, como o faria Dom Bosco, e, enquanto o confiamos ao cuidado e à guia materna de Maria Auxiliadora, lhe asseguremos o nosso afeto, a nossa obediência e a nossa mais sincera e decidida colaboração, neste tempo de nova evangelização.   Padre Pascual Chávez Villanueva SDB Reitor-mor   InfoANS
Quinta, 07 Março 2013 15:29

A Sé Vacante

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A cadeira de Pedro está vazia. Seu último ocupante, nosso querido Bento XVI, às 20 horas do dia 28 de fevereiro, encerrou seu pontificado e recolheu-se ao palácio apostólico de Castelgandolfo, nas vizinhanças de Roma, para meditar e rezar pela Igreja. Esta decisão do Pontífice havia sido tomada após sua viagem ao México e a Cuba.... “depois de ter repetidas vezes examinado a própria consciência diante de Deus” – conscientia mea iterum atque iterum coram Deo explorata. Explicou que pela idade avançada, suas forças não são mais apropriadas “para governar a barca de Pedro e anunciar o Evangelho”.   No final do Concistório de 11 de fevereiro, o Santo Padre leu em latim um texto escrito de próprio punho: “Bem consciente da gravidade deste ato, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de bispo de Roma, Sucessor de São Pedro, que me foi confiado pelas mãos dos Senhores Cardeais em 19 de abril de 2005. Assim a Sé de Roma, a Sé de São Pedro, ficará vacante e deverá ser convocado por quem de direito o Conclave para eleição do novo Sumo Pontífice. Agradeço de coração o amor e a fadiga com que carregastes comigo o peso de meu ministério e peço perdão por todos os meus defeitos. ” Aos fiéis reunidos na audiência geral das quartas-feiras, ele repetiu: “Como sabeis, decidi renunciar ao ministério que o Senhor me confiou. Fi-lo em plena liberdade para o bem da Igreja, depois de ter longamente rezado e examinado minha consciência diante de Deus, bem ciente da gravidade de tal ato, mas igualmente ciente de já não ser mais capaz de desempenhar o ministério petrino com a força que o mesmo exige. Anima-me e ilumina-me a certeza de que a Igreja é de Cristo, o qual jamais lhe deixará faltar orientação e solicitude. Nestes dias, não fáceis para mim, senti quase fisicamente a força  que me proporcionam o amor da Igreja e a vossa oração. Continuai a rezar por mim, pela Igreja, pelo futuro Papa.” E acrescentou: “Eu sempre soube que naquela barca está o Senhor, e sempre soube que a barca da Igreja não é minha, não é nossa, mas é Sua, é Dele.” Na despedida aos cardeais, na manhã do dia da renúncia, ele afirmou: “Entre vós, no Colégio Cardinalício, está também o futuro Papa, ao qual desde hoje prometo minha incondicional reverência e obediência.” Palavras de um santo Pontífice.   Um sentimento de profunda gratidão e reconhecimento de suas virtudes e dotes pessoais  como Sumo Pontífice foi o que marcou a avalanche de mensagens de afeto e gratidão vindas a Roma de todas as partes do planeta. Só para citar algumas: a carta escrita pelos Cardeais a Bento XVI, assinada e entregue a ele pelo Decano do Sacro Colégio Card. Sodano, os episcopados do mundo inteiro, entre os quais a nossa CNBB. Fora da Igreja Católica: a mensagem do arcebispo ortodoxo  de Constantinopla, Bartolomeu, e do metropolita Hilarion de Moscou; o secretário-geral do Conselho Mundial das Igrejas Fykse, o rabino-chefe de Israel, Metzger, o grão imã, do Islam sunita, o presidente israelita Shimon Peres; o Secretário Geral da ONU, Ban Ki-moon, o presidente dos Estados Unidos e sua mulher, o rei Juan Carlos, ressaltando a relação especial do Papa com a Espanha. O jornal do Vaticano fala, por último, de vários países da América Latina, sem citar especificamente algum.   Nosso reitor-mor, padre Pascual Chávez, dirigiu emocionada mensagem a toda a Família Salesiana, da qual distinguimos o seguinte trecho: “Ainda que profundamente surpresos pela decisão do Santo Padre de apresentar sua renúncia de continuar na guia da Barca de Pedro e na confirmação de seus irmãos na fé, por meio do anúncio do Evangelho, seu testemunho de vida, seu sofrimento e sua oração – nos tornam edificados  por este gesto exemplar e profético. Sua decisão é fruto de oração e sinal exemplar de obediência a Deus! Trata-se mais uma vez de um traço característico seu: a humildade que o torna livre perante Deus e os homens, e mostra claramente seu sentido de responsabilidade. Enquanto – como teria feito Dom Bosco – exprimimos ao Santo Padre toda nossa gratidão pela generosidade com que serviu à Igreja e fez sentir sua paternidade relativamente à nossa Família, o acompanharemos nesta nova fase de sua vida com nosso grande afeto e nossa oração.”   Os oito anos do pontificado do grande papa, teólogo esclarecido e pastor humilde - desde a eleição - marcam de dor e glória a bimilenar história da Igreja de Jesus.   Dom Edvaldo G. Amaral é  arcebispo emérito de Maceió, AL
Durante a reunião do Conselho Permanente, na tarde desta quarta-feira, dia 06 de março, o bispo auxiliar de Aparecida, SP, Dom Darci José Nicioli, apresentou aos bispos o projeto da celebração dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida. A proposta foi elaborada em conjunto pela Arquidiocese de Aparecida e Santuário Nacional, a pedido do cardeal Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida.   A programação, que já começou e deverá se estender até o ano de 2017, busca promover a evangelização e reavivar o sentimento de corpo eclesial no país, pela devoção a Nossa Senhora Aparecida, a partir do Santuário e das Igrejas Particulares. “Nosso povo tem grande devoção à Mãe de Deus. A oportunidade deste jubileu deve favorecer o agir missionário, o kerigma e o aprofundamento da fé”, afirmou Dom Darci.   A temática das novenas oficiais da Padroeira do Brasil, entre 2012 e 2015, são os mistérios do rosário. Em 2016, a proposta é de que seja refletido “Os rostos do Brasil – O Brasil se encontra em Aparecida”. No ano de 2017, em sintonia com o Santuário de Fátima – que celebra os 100 anos das aparições de Maria – as cerimônias ganharão caráter internacional.   Também há o desejo de se realizar uma peregrinação com a imagem da padroeira do Brasil pelas capitais do país, e uma conferência teológica sobre Nossa Senhora em Aparecida, no ano de 2017. “300 anos de bênçãos: esse será o lema das comemorações!”, afirmou Dom Darci. O projeto está aberto a sugestões e será oficialmente apresentado ao episcopado brasileiro na próxima Assembleia Geral dos Bispos, em abril.   CNBB