Palestina: futuro e direitos negados a uma geração inteira de jovens

Quinta, 13 Setembro 2018 10:03 Escrito por  Vatican News
Palestina: futuro e direitos negados a uma geração inteira de jovens "Os palestinos encontram-se aprisionados em 760 quilômetros de muros, uma prisão que impede a liberdade de movimento, nega direitos e separa as famílias.” Reprodução Vatican News: AFP
Passados 25 anos da assinatura do primeiro dos Acordos de Oslo entre Israel e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), que se celebra nesta quinta-feira, 13 de setembro, “o que resta é uma lista de promessas não realizadas, que negou e está negando futuro e direitos a uma geração inteira de jovens palestinos”. É o que denuncia o relatório “Geração Oslo”, difundido pela Oxfam – confederação internacional de ONGs que se dedicam à redução da pobreza global, cuja sede se encontra em Oxford, na Inglaterra.  

Quase metade dos jovens não tem trabalho

Os jovens com menos de 29 anos representam mais da metade da população do Território palestino ocupado, e quase a metade deles não tem trabalho. Na maioria dos casos, jamais teve a possibilidade de votar, perdendo qualquer esperança de mudança.

 

Obrigados a viver na pobreza e no subdesenvolvimento

Segundo estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI), entre 1994 e 2014 a produção per-capita nos Territórios ocupados “cresceu” somente 0,1%, com um terço do povo palestino hoje obrigado a viver na pobreza, uma condição que em Gaza diz respeito a mais de 1 milhão de pessoas, entre as quais 400 mil crianças.

 

Liberdade e oportunidades negadas

“Mais da metade da população do Território palestino ocupado sofreu os efeitos das condições estabelecidas pelos Acordos de Oslo, obrigada a crescer sem liberdade e oportunidade e sem um plano para corrigir os danos dos quais é a primeira vítima”, disse o responsável pelas emergências humanitárias de Oxfam Itália, Riccardo Sansone.

 

Um terço deseja deixar a própria terra

Atualmente, 43,4% dos jovens palestinos entre os 15 e 29 anos não têm trabalho. Trata-se de uma situação que em Gaza diz respeito a 64,6% dos jovens. A consequência direta é que 1 milhão, 440 mil jovens palestinos sequer procuram trabalho, nem frequentam a escola, com 53% de neo-formados desempregados. Um terço deseja deixar a própria terra e 73% não tem esperança de melhorias. Registra-se a mais alta taxa de desemprego feminino no mundo: 47,4%.

 

Prisão a céu aberto

“Os Acordos prometiam o fim da ocupação, a estabilidade na região e um percurso rumo à paz, mas nada disso foi traduzido em realidade – acrescenta Sansone. Os palestinos encontram-se aprisionados em 760 quilômetros de muros, uma prisão que impede a liberdade de movimento, nega direitos e separa as famílias.”

 

Aprender das lições do passado e iniciar um novo caminho

“É de importância vital, tanto para os palestinos quanto para os israelenses, uma paz justa e sólida, baseada em igual dignidade e direitos para todos. É necessário aprender as lições do passado e iniciar um caminho totalmente novo”, conclui.

Fonte: Vatican News

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Palestina: futuro e direitos negados a uma geração inteira de jovens

Quinta, 13 Setembro 2018 10:03 Escrito por  Vatican News
Palestina: futuro e direitos negados a uma geração inteira de jovens "Os palestinos encontram-se aprisionados em 760 quilômetros de muros, uma prisão que impede a liberdade de movimento, nega direitos e separa as famílias.” Reprodução Vatican News: AFP
Passados 25 anos da assinatura do primeiro dos Acordos de Oslo entre Israel e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), que se celebra nesta quinta-feira, 13 de setembro, “o que resta é uma lista de promessas não realizadas, que negou e está negando futuro e direitos a uma geração inteira de jovens palestinos”. É o que denuncia o relatório “Geração Oslo”, difundido pela Oxfam – confederação internacional de ONGs que se dedicam à redução da pobreza global, cuja sede se encontra em Oxford, na Inglaterra.  

Quase metade dos jovens não tem trabalho

Os jovens com menos de 29 anos representam mais da metade da população do Território palestino ocupado, e quase a metade deles não tem trabalho. Na maioria dos casos, jamais teve a possibilidade de votar, perdendo qualquer esperança de mudança.

 

Obrigados a viver na pobreza e no subdesenvolvimento

Segundo estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI), entre 1994 e 2014 a produção per-capita nos Territórios ocupados “cresceu” somente 0,1%, com um terço do povo palestino hoje obrigado a viver na pobreza, uma condição que em Gaza diz respeito a mais de 1 milhão de pessoas, entre as quais 400 mil crianças.

 

Liberdade e oportunidades negadas

“Mais da metade da população do Território palestino ocupado sofreu os efeitos das condições estabelecidas pelos Acordos de Oslo, obrigada a crescer sem liberdade e oportunidade e sem um plano para corrigir os danos dos quais é a primeira vítima”, disse o responsável pelas emergências humanitárias de Oxfam Itália, Riccardo Sansone.

 

Um terço deseja deixar a própria terra

Atualmente, 43,4% dos jovens palestinos entre os 15 e 29 anos não têm trabalho. Trata-se de uma situação que em Gaza diz respeito a 64,6% dos jovens. A consequência direta é que 1 milhão, 440 mil jovens palestinos sequer procuram trabalho, nem frequentam a escola, com 53% de neo-formados desempregados. Um terço deseja deixar a própria terra e 73% não tem esperança de melhorias. Registra-se a mais alta taxa de desemprego feminino no mundo: 47,4%.

 

Prisão a céu aberto

“Os Acordos prometiam o fim da ocupação, a estabilidade na região e um percurso rumo à paz, mas nada disso foi traduzido em realidade – acrescenta Sansone. Os palestinos encontram-se aprisionados em 760 quilômetros de muros, uma prisão que impede a liberdade de movimento, nega direitos e separa as famílias.”

 

Aprender das lições do passado e iniciar um novo caminho

“É de importância vital, tanto para os palestinos quanto para os israelenses, uma paz justa e sólida, baseada em igual dignidade e direitos para todos. É necessário aprender as lições do passado e iniciar um caminho totalmente novo”, conclui.

Fonte: Vatican News

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