Myanmar - uma celebração internacional de Don Giacomin

Sexta, 24 Agosto 2018 13:21 Escrito por  ANS
Há muitas figuras criativas salesianas, especialmente os missionários, que contribuíram com o seu testemunho de vida para as raízes do carisma salesiano em cada país. A Família Salesiana de Myanmar também está descobrindo o perfil espiritual de um excepcional missionário salesiano italiano - padre Fortunato Giacomin (1920-2000), que passou seus últimos 35 anos em Anisakan - a casa-mãe dos salesianos da Birmânia.  

Os rapazes das nossas escolas apostólicas Nazareth oram pelos oito Salesianos de Dom Bosco e uma irmã FMA, que descansam no cemitério ao lado do campo de futebol ocupado diariamente por 170 meninos.

 

No último dia do seminário da Família Salesiana EAO (20 de agosto), os 30 participantes rezaram e encontraram uma figura excepcional nos 80 anos de história da Birmânia, o padre Fortunato Giacomin, SDB.

 

Na ocasião, o vice-provincial do MYM, padre Bosco Nyi Nyi, leu o testemunho do Cardeal Charles Bo, Arcebispo de Yangon: "Meu pai morreu quando eu tinha dois anos (como Dom Bosco). Com o gentil e amoroso apoio do nosso pastor Monhla, padre Luwee, três de nossos irmãos foram admitidos na casa de Mandalay Lafon, administrada por salesianos. Tivemos o privilégio de ser educados por salesianos: além de alimentação e moradia, a educação foi-nos oferecida gratuitamente. Vivi durante quatro anos com 150 jovens pensionistas no caloroso ambiente familiar dos salesianos. O padre Giacomin era o Reitor e um pai para nós. Rigoroso com regras e disciplina, mas com o coração caloroso de um pai. Vi Dom Bosco nele.

 

Padre Giacomin era sempre o último a ir dormir, sempre após certificar-se de que os meninos estavam dormindo e bem cobertos, especialmente durante o inverno. Ele passava as pausas e os recreios sempre conosco e estava sempre disponível para nós, quando o procurávamos em seu escritório. No meu aniversário, 29 de outubro, e no feriado de 4 de novembro, ele sempre me presenteava com uma gravura sagrada ou uma medalha.

 

Antes das orações noturnas, ficávamos próximos a ele para ouvir a vida e os sonhos de Dom Bosco. Ele tinha um coração muito terno para os pobres, os órfãos e os meninos da aldeia; mas não tolerava aqueles que resmungavam, roubavam ou eram preguiçosos.

 

Quando o general militar Ne Win, planejando a Myanmar socialista, nacionalizou escolas, hospitais, bancos e empresas privadas em 1965-66, a Congregação Salesiana também sofreu uma crise. Foram expulsos os missionários estrangeiros, que tinham diploma superior e que chegaram após a Segunda Guerra Mundial. O padre Giacomin providencialmente foi autodidata, assim pôde permanecer no país! Muitos salesianos, em particular os irmãos leigos e clérigos, deixaram a Congregação ou ingressaram nos seminários diocesanos. O padre Giacomin permaneceu, não só por viver, mas também por morrer no campo".

Fonte: ANS

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Myanmar - uma celebração internacional de Don Giacomin

Sexta, 24 Agosto 2018 13:21 Escrito por  ANS
Há muitas figuras criativas salesianas, especialmente os missionários, que contribuíram com o seu testemunho de vida para as raízes do carisma salesiano em cada país. A Família Salesiana de Myanmar também está descobrindo o perfil espiritual de um excepcional missionário salesiano italiano - padre Fortunato Giacomin (1920-2000), que passou seus últimos 35 anos em Anisakan - a casa-mãe dos salesianos da Birmânia.  

Os rapazes das nossas escolas apostólicas Nazareth oram pelos oito Salesianos de Dom Bosco e uma irmã FMA, que descansam no cemitério ao lado do campo de futebol ocupado diariamente por 170 meninos.

 

No último dia do seminário da Família Salesiana EAO (20 de agosto), os 30 participantes rezaram e encontraram uma figura excepcional nos 80 anos de história da Birmânia, o padre Fortunato Giacomin, SDB.

 

Na ocasião, o vice-provincial do MYM, padre Bosco Nyi Nyi, leu o testemunho do Cardeal Charles Bo, Arcebispo de Yangon: "Meu pai morreu quando eu tinha dois anos (como Dom Bosco). Com o gentil e amoroso apoio do nosso pastor Monhla, padre Luwee, três de nossos irmãos foram admitidos na casa de Mandalay Lafon, administrada por salesianos. Tivemos o privilégio de ser educados por salesianos: além de alimentação e moradia, a educação foi-nos oferecida gratuitamente. Vivi durante quatro anos com 150 jovens pensionistas no caloroso ambiente familiar dos salesianos. O padre Giacomin era o Reitor e um pai para nós. Rigoroso com regras e disciplina, mas com o coração caloroso de um pai. Vi Dom Bosco nele.

 

Padre Giacomin era sempre o último a ir dormir, sempre após certificar-se de que os meninos estavam dormindo e bem cobertos, especialmente durante o inverno. Ele passava as pausas e os recreios sempre conosco e estava sempre disponível para nós, quando o procurávamos em seu escritório. No meu aniversário, 29 de outubro, e no feriado de 4 de novembro, ele sempre me presenteava com uma gravura sagrada ou uma medalha.

 

Antes das orações noturnas, ficávamos próximos a ele para ouvir a vida e os sonhos de Dom Bosco. Ele tinha um coração muito terno para os pobres, os órfãos e os meninos da aldeia; mas não tolerava aqueles que resmungavam, roubavam ou eram preguiçosos.

 

Quando o general militar Ne Win, planejando a Myanmar socialista, nacionalizou escolas, hospitais, bancos e empresas privadas em 1965-66, a Congregação Salesiana também sofreu uma crise. Foram expulsos os missionários estrangeiros, que tinham diploma superior e que chegaram após a Segunda Guerra Mundial. O padre Giacomin providencialmente foi autodidata, assim pôde permanecer no país! Muitos salesianos, em particular os irmãos leigos e clérigos, deixaram a Congregação ou ingressaram nos seminários diocesanos. O padre Giacomin permaneceu, não só por viver, mas também por morrer no campo".

Fonte: ANS

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