Salesiano dedica a sua vida aos angolanos

Segunda, 22 Agosto 2016 14:12 Escrito por  InfoANS
Salesiano dedica a sua vida aos angolanos InfoANS
Andrés Randisi, 74 anos, vive em Angola há 29. Oriundo do Paraná, Argentina, desde muito cedo decidiu ser missionário salesiano, dedicando toda a sua vida à educar, oferecendo todos os seus dotes para um melhor porvir para milhares de jovens, primeiro na Argentina, depois na África devastada pelas cruéis guerras e pobreza. Voltou ao seu querido Paraná, desta vez para estar ao lado de sua mãe, de 95 anos, a qual, por uma queda, deverá permanecer recolhida por algum tempo.

Andrés reside em Kalulo, aldeia onde chegou faz pouco mais de um ano, depois de trabalhar em outros povoados da Angola. "Há muitos pássaros e matas, bananais e cafezais. Terra muito rica a de Angola", assegura. Foi colônia portuguesa até 1975. Embora ali se fale português, nas aldeias predomina o ‘kinbundu’. "Os primeiros 15 anos foram difíceis, sobretudo, por causa da guerra.

Éramos 10 missionários salesianos ao começar as obras. Todos estrangeiros. Hoje, somos 125, sendo que 25 vêm de fora e os demais, do lugar e fruto do trabalho: seguem nossos passos e isto é uma bênção de Deus".

 

Andrés garante que nunca se arrependeu da vida que escolheu, ainda que o medo alguma vez o tivesse feito duvidar: "Pensei em me mandar de Angola... Mas foi um pensamento passageiro", garante: inclusive quando quase perdeu a vida por ter contraído malária cerebral e teve de ficar 30 dias internado, 10 dos quais em terapia intensiva. Quando está em Kalulo, Andrés se levanta bem cedo, celebra a Santa Missa e logo inicia a manhã educando, na escola.

 

Lembrou os momentos tristes porque lhe coube atravessar: enterrar os mortos da guerra, porque o povo fugia das vilas; e, quando em uma aldeia que fora incendiada em um combate, deparar-se, depois de dois dias, com uma menina de 7 anos gravemente queimada, agonizante... Puderam resgatá-la, medicá-la, levá-la para um hospital de queimados em outra cidade, onde se recuperou depois vários meses. "Apenas dois dos momentos duros que me tocaram viver", garante.

 

Uma vez que sua mãe se restabeleça, voltará para seguir cultivando a esperança de um mundo melhor por entre os seus jovens angolanos.

 

InfoANS

 

 

 

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Última modificação em Segunda, 22 Agosto 2016 19:03

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Segunda, 22 Agosto 2016 14:12 Escrito por  InfoANS
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Andrés Randisi, 74 anos, vive em Angola há 29. Oriundo do Paraná, Argentina, desde muito cedo decidiu ser missionário salesiano, dedicando toda a sua vida à educar, oferecendo todos os seus dotes para um melhor porvir para milhares de jovens, primeiro na Argentina, depois na África devastada pelas cruéis guerras e pobreza. Voltou ao seu querido Paraná, desta vez para estar ao lado de sua mãe, de 95 anos, a qual, por uma queda, deverá permanecer recolhida por algum tempo.

Andrés reside em Kalulo, aldeia onde chegou faz pouco mais de um ano, depois de trabalhar em outros povoados da Angola. "Há muitos pássaros e matas, bananais e cafezais. Terra muito rica a de Angola", assegura. Foi colônia portuguesa até 1975. Embora ali se fale português, nas aldeias predomina o ‘kinbundu’. "Os primeiros 15 anos foram difíceis, sobretudo, por causa da guerra.

Éramos 10 missionários salesianos ao começar as obras. Todos estrangeiros. Hoje, somos 125, sendo que 25 vêm de fora e os demais, do lugar e fruto do trabalho: seguem nossos passos e isto é uma bênção de Deus".

 

Andrés garante que nunca se arrependeu da vida que escolheu, ainda que o medo alguma vez o tivesse feito duvidar: "Pensei em me mandar de Angola... Mas foi um pensamento passageiro", garante: inclusive quando quase perdeu a vida por ter contraído malária cerebral e teve de ficar 30 dias internado, 10 dos quais em terapia intensiva. Quando está em Kalulo, Andrés se levanta bem cedo, celebra a Santa Missa e logo inicia a manhã educando, na escola.

 

Lembrou os momentos tristes porque lhe coube atravessar: enterrar os mortos da guerra, porque o povo fugia das vilas; e, quando em uma aldeia que fora incendiada em um combate, deparar-se, depois de dois dias, com uma menina de 7 anos gravemente queimada, agonizante... Puderam resgatá-la, medicá-la, levá-la para um hospital de queimados em outra cidade, onde se recuperou depois vários meses. "Apenas dois dos momentos duros que me tocaram viver", garante.

 

Uma vez que sua mãe se restabeleça, voltará para seguir cultivando a esperança de um mundo melhor por entre os seus jovens angolanos.

 

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