“Certa vez, um guarda nos disse que não podíamos matar as baratas, porque a nossa vida valia menos do que a delas”, conta um presidiário há quatro anos na prisão de Pademba Road, Freetown, Serra Leoa. Ali, a vida dos presidiários, “homens sem rosto”, é uma experiência de sofrimento contínuo; não por acaso, aquela prisão é chamada de “inferno na terra”. Para quem passou por ali, porém, não é fácil viver quando sai. A não ser que haja alguém para ajudar.