Boletim Salesiano - Itens filtrados por data: Domingo, 09 Dezembro 2012
  Uma visão de quem está vivendo numa das maiores favelas da cidade de São Paulo: Ir. Maria Genoveva Correa, salesiana integrante da Comunidade Intercongregacional na Favela da Vila Prudente; André Delfino da Silva, coordenador do Movimento de Defesa dos Favelados (MDF) e Raimundo Delfim, advogado – vice-presidente da Associação Nova Heliópolis e coordenador geral da Central de Movimentos Populares do Estado de São Paulo (CMP-SP).     Estão se tornando rotina os incêndios nas favelas da cidade de São Paulo. É muito triste assistir às chamas destruindo lares simples, feitos de madeira, construídos com muito suor e sacrifício por famílias que não tiveram apoio do poder público no acesso à moradia digna. Os incêndios provocam efeitos nefastos. Além de deixar a família sem um teto, causam a perda de vaga nas creches e escolas dos filhos e, na maioria dos casos, a perda total dos bens materiais, conquistados, após muitos anos de trabalho. Até o mês de setembro, foram computados trinta e quatro incêndios em favelas, causando enorme angústia para aproximadamente dois milhões de pessoas que habitam as 1.565 favelas da cidade de São Paulo. É muita coincidência a existência de uma onda de incêndio em favelas paulistanas em um momento de enorme valorização imobiliária. E os incêndios ocorrem justamente nas proximidades das operações urbanas, nos locais mais cobiçados pelo mercado imobiliário.  
Publicado em Ação Social
  Evento esportivo salesiano realizado na Itália, em 1º de novembro, teve entidade social brasileira como beneficiária.   A quinta edição da Corrida dos Santos, realizada em Roma, Itália, dia 1º de novembro, apresentou muitas características salesianas: o esporte como meio de celebrar a vida, o clima de solidariedade e uma visão cristã do Dia de Todos os Santos. O primeiro evento do dia foi na Basílica de São Pedro, onde o padre salesiano Francesco Cereda, Conselheiro Geral para a Formação, celebrou a Eucaristia na Solenidade de Todos os Santos na presença de várias centenas de fiéis, atletas e jovens. “Assim como os santos, nós também estaremos sempre com Deus e o veremos como ele é, face a face”, explicou em sua homilia o padre Cereda. “Todos estamos caminhando na mesma direção. É importante ter em mente o sentido de nossa jornada, se não queremos nos perder na estrada, ser inconclusivos ou lutar em vão”, completou Em seguida, a atenção de todos foi para a Praça Pio XII, que fica entre a Praça São Pedro e a Via della Conciliazione. Do grande arco vermelho deram a largada, em momentos diferentes, as duas seções da Corrida dos Santos: a primeira, competitiva, com cerca de 3.100 atletas profissionais; e a amadora, com cerca de mil participantes entre crianças, jovens e famílias. O evento foi transmitido pelo Canal 5, a rede mais importante da televisão privada italiana.  
Publicado em Salesianidade
  Depois da invocação para remissão dos pecados, Jesus nos convida a suplicar ao Pai para que nos auxilie a superá-las.  
Publicado em Oração do Senhor
O arcebispo de Salvador, Dom Murilo Krieger, junto com várias autoridades eclesiásticas, políticas e civis, inaugurou, no dia 03 de dezembro, um enorme presépio em uma das principais ruas da cidade de Salvador. Durante a cerimônia, o coro Dom Bosco realizou vários cantos natalinos. A iniciativa foi realizada graças à colaboração entre o Colégio Salesiano Dom Bosco e o Projeto ‘Salvador: Cidade Natal do Brasil’ promovido pela Arquidiocese de Salvador. O objetivo do presépio é o de redescobrir na cidade o autêntico espírito natalino centrado na figura do Deus-Menino, nosso Divino Salvador.   InfoANS
Publicado em Nacionais
    No dia 10 de dezembro de 1948, a Assembleia Geral da recém-nascida Nações Unidas adotava, em Paris, a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Pela primeira vez, na história da humanidade, tinha sido produzido um documento relativo aos seres humanos, sem qualquer distinção; pela primeira vez, se sancionava a existência de direitos dos quais todo ser humano deve poder gozar pela única razão de estar no mundo. Reconhece-se que cada pessoa, mesmo que culpada dos piores delitos, conserva seus direitos e deve ser respeitada.   O documento tem uma importância histórica fundamental: é o primeiro ato internacional que sanciona universalmente os direitos que competem ao ser humano enquanto tal. A Declaração Universal dos Direitos do Homem representa um texto comum aos países no que diz respeito a objetivos e aspirações, é uma visão compartilhada de como o mundo deveria se tornar segundo a comunidade internacional de então, um mundo onde a convivência humana é possível no desejo de paz e de respeito recíproco.   A Declaração afirma interdependentes e indivisíveis todos os direitos humanos, reconhecendo, em seu preâmbulo, a dignidade de todos os membros da família humana como fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo.   Desde 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos foi traduzida em mais de 3000 línguas e dialetos: o Escritório dos Direitos Humanos do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA) colaborou para apresentar a tradução da Declaração em língua Yanomami graças às nossas irmãs presentes em território venezuelano.   A Declaração é um dos mais conhecidos e mais vezes citado documento sobre direitos humanos no mundo e foi aplicada muitas vezes para a defesa e a promoção dos direitos dos povos. Seus princípios, inicialmente considerados não vinculantes juridicamente, com o passar do tempo, foram reconhecidos pela comunidade internacional como lei costumeira, para a qual não é necessária nem a firma, nem a ratificação por parte dos Estados, para que suas normas sejam reconhecidas como força de lei em todo o mundo. Os princípios expressos na Declaração continuam ainda hoje a inspirar as legislações nacionais, além das Constituições de muitos Estados de independência recente.   À Declaração se seguiram o Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais e o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos Humanos, ambos adotados unanimemente pela Organização das Nações Unidas (ONU), no dia 16 de dezembro de 1966, passando a vigorar em 1976.   A Declaração é um texto que está na base da vida civil, e mesmo que no texto não se fale da mensagem evangélica, por trás da proposta dos direitos do homem percebe-se o que Jesus viveu, anunciou, testemunhou. Todavia, hoje ainda, a Declaração não encontra a sua plena realização em uma humanidade que continua a aterrorizar a si mesma através de guerras, escravidão, violência, opressão, xenofobia, fome, analfabetismo, tortura, discriminações.   Parece que os direitos humanos estão hoje no centro de uma interminável conflitualidade por causa da falta de sua aplicação em tantas partes do mundo e pela multiplicidade dos sujeitos aos quais se referem. O verdadeiro desafio, para os anos futuros, permanece aquele de trabalhar incessantemente, recorrendo a todos os instrumentos colocados à disposição do direito, e do sistema ONU, para ver respeitados universalmente os direitos humanos e para obrigar os Estados a garantirem as liberdades fundamentais do homem de hoje e de amanhã.   Filhas de Maria Auxiliadora
Publicado em Educação
Entidades e organizações da sociedade civil, incluindo o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e a Comissão Pastoral da Terra (CPT), divulgaram uma nota de solidariedade ao bispo prelado emérito de São Félix do Araguaia, MT, Dom Pedro Casaldáliga.   A nota se refere à desocupação das terras indígenas Marãiwatsèdè  Xavante, após mais de 20 anos de invasão por fazendeiros, posseiros e pequenos produtores.   Segundo a nota, as entidades querem externar sua mais irrestrita solidariedade a Dom Pedro, que vem sofrendo ameaças por parte dos fazendeiros. “Desde o momento em que pisou este chão do Araguaia e mais precisamente, desde a hora em que foi sagrado bispo da Prelazia de São Félix do Araguaia, sua ação sempre se pautou na defesa dos interesses dos mais pobres, os povos indígenas, os posseiros e os peões. Todos sabem que Dom Pedro e a Prelazia sempre deram apoio a todas as ocupações de terra pelos posseiros e sem terra e como estas ocupações foram o suporte que possibilitou a criação da maior parte dos municípios da região”.   Ainda segundo as entidades que assinam a nota, a área reservada aos Xavante foi toda ocupada por fazendeiros, políticos e comerciantes. Muitos pequenos agricultores  foram incentivados e apoiados a ocupar algumas pequenas áreas para dar cobertura aos grandes. “O governo da República, porém estava agindo e logo, em 1993, declarou a área como Terra Indígena que foi demarcada e, em 1998 homologada pelo presidente FHC. Só agora é que a justiça está reconhecendo de maneira definitiva o direito maior dos índios. O que D. Pedro sempre pediu, em relação a esta terra, foi que os pequenos que entraram enganados, fossem assentados em outras terras da Reforma Agrária. Mas o que se vê é que, ontem como hoje, os pequenos continuam sendo massa de manobra nas mãos dos grandes e dos políticos na tentativa de não se garantir aos povos indígenas um direito que lhes é reconhecido pela Constituição Brasileira”.   Para o bispo de São Félix, dom Adriano Ciocca, “Estamos vivendo um momento de muita apreensão e tensão em nossa Prelazia por causa da retirada dos ocupantes não-indígenas das terras de Marãiwatsèdè. Sabemos que está havendo muito sofrimento, sobretudo, dos mais pobres, por causa desta retirada determinada pela justiça. Queremos lembrar que nós, bispos e agentes de pastoral, desde o início desta ocupação alertamos e sempre continuamos alertando para a possibilidade do atual desfecho por se tratar de terras cujo direito é garantido ao povo Xavante pela Constituição Federal de nosso país.   Lamentamos que pessoas humildes tenham se deixado levar pelas promessas de políticos e demais pessoas interessadas apenas em tirar proveito desta terra historicamente pertencente ao povo Xavante e que estão acostumadas a usar o povo para garantir os seus interesses. Repudiamos todas as ameaças que nosso bispo emérito Pedro vem sofrendo, bem como membros do povo Xavante. Alertamos para o fato de que nenhuma violência poderá reverter a decisão tomada pela justiça e que o atos criminosos só aumentarão o sofrimento de mais pessoas e suas consequências deverão cair também sobre as cabeças de quem os praticar”, disse Dom Adriano Ciocca em nota divulgada ao povo de São Félix.   Leia no site da CNBB a nota das entidades:
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Boletim Salesiano - Itens filtrados por data: Domingo, 09 Dezembro 2012
  Uma visão de quem está vivendo numa das maiores favelas da cidade de São Paulo: Ir. Maria Genoveva Correa, salesiana integrante da Comunidade Intercongregacional na Favela da Vila Prudente; André Delfino da Silva, coordenador do Movimento de Defesa dos Favelados (MDF) e Raimundo Delfim, advogado – vice-presidente da Associação Nova Heliópolis e coordenador geral da Central de Movimentos Populares do Estado de São Paulo (CMP-SP).     Estão se tornando rotina os incêndios nas favelas da cidade de São Paulo. É muito triste assistir às chamas destruindo lares simples, feitos de madeira, construídos com muito suor e sacrifício por famílias que não tiveram apoio do poder público no acesso à moradia digna. Os incêndios provocam efeitos nefastos. Além de deixar a família sem um teto, causam a perda de vaga nas creches e escolas dos filhos e, na maioria dos casos, a perda total dos bens materiais, conquistados, após muitos anos de trabalho. Até o mês de setembro, foram computados trinta e quatro incêndios em favelas, causando enorme angústia para aproximadamente dois milhões de pessoas que habitam as 1.565 favelas da cidade de São Paulo. É muita coincidência a existência de uma onda de incêndio em favelas paulistanas em um momento de enorme valorização imobiliária. E os incêndios ocorrem justamente nas proximidades das operações urbanas, nos locais mais cobiçados pelo mercado imobiliário.  
Publicado em Ação Social
  Evento esportivo salesiano realizado na Itália, em 1º de novembro, teve entidade social brasileira como beneficiária.   A quinta edição da Corrida dos Santos, realizada em Roma, Itália, dia 1º de novembro, apresentou muitas características salesianas: o esporte como meio de celebrar a vida, o clima de solidariedade e uma visão cristã do Dia de Todos os Santos. O primeiro evento do dia foi na Basílica de São Pedro, onde o padre salesiano Francesco Cereda, Conselheiro Geral para a Formação, celebrou a Eucaristia na Solenidade de Todos os Santos na presença de várias centenas de fiéis, atletas e jovens. “Assim como os santos, nós também estaremos sempre com Deus e o veremos como ele é, face a face”, explicou em sua homilia o padre Cereda. “Todos estamos caminhando na mesma direção. É importante ter em mente o sentido de nossa jornada, se não queremos nos perder na estrada, ser inconclusivos ou lutar em vão”, completou Em seguida, a atenção de todos foi para a Praça Pio XII, que fica entre a Praça São Pedro e a Via della Conciliazione. Do grande arco vermelho deram a largada, em momentos diferentes, as duas seções da Corrida dos Santos: a primeira, competitiva, com cerca de 3.100 atletas profissionais; e a amadora, com cerca de mil participantes entre crianças, jovens e famílias. O evento foi transmitido pelo Canal 5, a rede mais importante da televisão privada italiana.  
Publicado em Salesianidade
  Depois da invocação para remissão dos pecados, Jesus nos convida a suplicar ao Pai para que nos auxilie a superá-las.  
Publicado em Oração do Senhor
O arcebispo de Salvador, Dom Murilo Krieger, junto com várias autoridades eclesiásticas, políticas e civis, inaugurou, no dia 03 de dezembro, um enorme presépio em uma das principais ruas da cidade de Salvador. Durante a cerimônia, o coro Dom Bosco realizou vários cantos natalinos. A iniciativa foi realizada graças à colaboração entre o Colégio Salesiano Dom Bosco e o Projeto ‘Salvador: Cidade Natal do Brasil’ promovido pela Arquidiocese de Salvador. O objetivo do presépio é o de redescobrir na cidade o autêntico espírito natalino centrado na figura do Deus-Menino, nosso Divino Salvador.   InfoANS
Publicado em Nacionais
    No dia 10 de dezembro de 1948, a Assembleia Geral da recém-nascida Nações Unidas adotava, em Paris, a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Pela primeira vez, na história da humanidade, tinha sido produzido um documento relativo aos seres humanos, sem qualquer distinção; pela primeira vez, se sancionava a existência de direitos dos quais todo ser humano deve poder gozar pela única razão de estar no mundo. Reconhece-se que cada pessoa, mesmo que culpada dos piores delitos, conserva seus direitos e deve ser respeitada.   O documento tem uma importância histórica fundamental: é o primeiro ato internacional que sanciona universalmente os direitos que competem ao ser humano enquanto tal. A Declaração Universal dos Direitos do Homem representa um texto comum aos países no que diz respeito a objetivos e aspirações, é uma visão compartilhada de como o mundo deveria se tornar segundo a comunidade internacional de então, um mundo onde a convivência humana é possível no desejo de paz e de respeito recíproco.   A Declaração afirma interdependentes e indivisíveis todos os direitos humanos, reconhecendo, em seu preâmbulo, a dignidade de todos os membros da família humana como fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo.   Desde 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos foi traduzida em mais de 3000 línguas e dialetos: o Escritório dos Direitos Humanos do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA) colaborou para apresentar a tradução da Declaração em língua Yanomami graças às nossas irmãs presentes em território venezuelano.   A Declaração é um dos mais conhecidos e mais vezes citado documento sobre direitos humanos no mundo e foi aplicada muitas vezes para a defesa e a promoção dos direitos dos povos. Seus princípios, inicialmente considerados não vinculantes juridicamente, com o passar do tempo, foram reconhecidos pela comunidade internacional como lei costumeira, para a qual não é necessária nem a firma, nem a ratificação por parte dos Estados, para que suas normas sejam reconhecidas como força de lei em todo o mundo. Os princípios expressos na Declaração continuam ainda hoje a inspirar as legislações nacionais, além das Constituições de muitos Estados de independência recente.   À Declaração se seguiram o Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais e o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos Humanos, ambos adotados unanimemente pela Organização das Nações Unidas (ONU), no dia 16 de dezembro de 1966, passando a vigorar em 1976.   A Declaração é um texto que está na base da vida civil, e mesmo que no texto não se fale da mensagem evangélica, por trás da proposta dos direitos do homem percebe-se o que Jesus viveu, anunciou, testemunhou. Todavia, hoje ainda, a Declaração não encontra a sua plena realização em uma humanidade que continua a aterrorizar a si mesma através de guerras, escravidão, violência, opressão, xenofobia, fome, analfabetismo, tortura, discriminações.   Parece que os direitos humanos estão hoje no centro de uma interminável conflitualidade por causa da falta de sua aplicação em tantas partes do mundo e pela multiplicidade dos sujeitos aos quais se referem. O verdadeiro desafio, para os anos futuros, permanece aquele de trabalhar incessantemente, recorrendo a todos os instrumentos colocados à disposição do direito, e do sistema ONU, para ver respeitados universalmente os direitos humanos e para obrigar os Estados a garantirem as liberdades fundamentais do homem de hoje e de amanhã.   Filhas de Maria Auxiliadora
Publicado em Educação
Entidades e organizações da sociedade civil, incluindo o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e a Comissão Pastoral da Terra (CPT), divulgaram uma nota de solidariedade ao bispo prelado emérito de São Félix do Araguaia, MT, Dom Pedro Casaldáliga.   A nota se refere à desocupação das terras indígenas Marãiwatsèdè  Xavante, após mais de 20 anos de invasão por fazendeiros, posseiros e pequenos produtores.   Segundo a nota, as entidades querem externar sua mais irrestrita solidariedade a Dom Pedro, que vem sofrendo ameaças por parte dos fazendeiros. “Desde o momento em que pisou este chão do Araguaia e mais precisamente, desde a hora em que foi sagrado bispo da Prelazia de São Félix do Araguaia, sua ação sempre se pautou na defesa dos interesses dos mais pobres, os povos indígenas, os posseiros e os peões. Todos sabem que Dom Pedro e a Prelazia sempre deram apoio a todas as ocupações de terra pelos posseiros e sem terra e como estas ocupações foram o suporte que possibilitou a criação da maior parte dos municípios da região”.   Ainda segundo as entidades que assinam a nota, a área reservada aos Xavante foi toda ocupada por fazendeiros, políticos e comerciantes. Muitos pequenos agricultores  foram incentivados e apoiados a ocupar algumas pequenas áreas para dar cobertura aos grandes. “O governo da República, porém estava agindo e logo, em 1993, declarou a área como Terra Indígena que foi demarcada e, em 1998 homologada pelo presidente FHC. Só agora é que a justiça está reconhecendo de maneira definitiva o direito maior dos índios. O que D. Pedro sempre pediu, em relação a esta terra, foi que os pequenos que entraram enganados, fossem assentados em outras terras da Reforma Agrária. Mas o que se vê é que, ontem como hoje, os pequenos continuam sendo massa de manobra nas mãos dos grandes e dos políticos na tentativa de não se garantir aos povos indígenas um direito que lhes é reconhecido pela Constituição Brasileira”.   Para o bispo de São Félix, dom Adriano Ciocca, “Estamos vivendo um momento de muita apreensão e tensão em nossa Prelazia por causa da retirada dos ocupantes não-indígenas das terras de Marãiwatsèdè. Sabemos que está havendo muito sofrimento, sobretudo, dos mais pobres, por causa desta retirada determinada pela justiça. Queremos lembrar que nós, bispos e agentes de pastoral, desde o início desta ocupação alertamos e sempre continuamos alertando para a possibilidade do atual desfecho por se tratar de terras cujo direito é garantido ao povo Xavante pela Constituição Federal de nosso país.   Lamentamos que pessoas humildes tenham se deixado levar pelas promessas de políticos e demais pessoas interessadas apenas em tirar proveito desta terra historicamente pertencente ao povo Xavante e que estão acostumadas a usar o povo para garantir os seus interesses. Repudiamos todas as ameaças que nosso bispo emérito Pedro vem sofrendo, bem como membros do povo Xavante. Alertamos para o fato de que nenhuma violência poderá reverter a decisão tomada pela justiça e que o atos criminosos só aumentarão o sofrimento de mais pessoas e suas consequências deverão cair também sobre as cabeças de quem os praticar”, disse Dom Adriano Ciocca em nota divulgada ao povo de São Félix.   Leia no site da CNBB a nota das entidades:
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